Excelente ensaio breve sobre Zola como repórter (mesmo sem dizê-lo). Conti evoca pelo exemplo aquela raça de jornalistas de amplo espectro cultural. Já andava alto no despovoado pedestal das figuras que não perderam a cabeça na política e na cultura, e ora sobe um íngreme degrau. Dá-lhe!

Trazer a discussão sobre a análise de Zolá para o presente representa um anacronismo desnecessário. É o mesmo que criticar Alencar como "machista" com os olhos de hoje. Tais observações não contribuem para com a quebra de preconceitos existentes na atualidade.

Cada vez mais raros, jornalistas que dialogam com a literatura, Conti, ao lado de Ruy Castro, ainda nos alimentam do prazer diário de ler a Folha. Como nos anos 90, em que tínhamos por aqui escritores do calibre de Otto Lara Resende, Antonio Callado e Carlos Heitor Cony