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  1. Hernandez Piras Batista

    Impressionante que a autora não perceba o sectarismo lamentável de que padece seu artigo. A Revolução Cultural maoísta debatia as questões com o mesmo nível de "pluralismo" para terminar, como sempre, "cancelando" os inimigos de Mao, verdadeiros e imaginários. Ao invés do "cânone ocidental", defende-se o "cânone africano" com o mesmo grau de intolerância. Como se fosse preciso adotar as referências literárias da autora para se chegar a conclusões "corretas".

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    1. Hernandez Piras Batista

      Assim, o "lugar de fala", ao invés de qualificar o discurso do oprimido, torna-se instrumento de censura contra quem não faz uso das "referências intelectuais corretas" ou chega a conclusões diversas daquelas aceitas pelo grupo que se considera qualificado para pontificar no debate. E quem não se enquadra é logo desqualificado como "branquitude" alguma coisa. Não me parece o tipo de discussão que termina numa sociedade pluralista igualitária.

  2. Adriana Justi Monti

    Como poderemos sair deste debate mais fortes e unidos, na direção de uma sociedade mais igualitária e, acima de tudo, antirracista?

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  3. Wagner de Campos Sanz

    Que as duas vão pros quintos .... Trololó de branca hipócrita querendo posar de progressista e parda ressentida. As oncinhas da Beyoncé servem pra ganhar dinheiro em cima dos tolos. Única comparação bem-vinda é a dos Orixás com os deuses helênicos (sem que se possa dizer quem copiou quem).

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  4. Jackson Brito

    A branquitude não se pensa de forma racializada. A branquitude acredita ser o modelo universal que representa a condição humana. Como aponta Djamila Ribeiro, já existe um regime de autorização discursiva que ao longo da História silencia a fala, as vozes e produções intelectuais de pessoas negras. O modelo de produção do conhecimento valorizado é branco, eurocentrico e masculino. Portanto, é preciso parar com essa fragilidade branca de não aceitar críticas.

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    1. Adriano Ferreira

      Jackson... Como o discurso identitário está indo pelo mesmo caminho (politicamente, só leem e citam a si mesmos), pelo seu raciocínio, posso interpretar que os identitários também são frágeis? Pra mim, esse sectarismo só serve para nos enfraquecer e, como já apontou Flávio Pierucci, se trata de uma enorme cilada (A cilada da diferença, Editora 34). A luta deve ser de todos, com todos e para todos. Sem sectarismos de qualquer cor.

  5. Flávio Sousa

    O suco de referências essencialistas testemunha o compromisso inconsciente do identitarismo com uma sociedade racializada, em busca da imagem de si própria. De todo modo, é um periscópio para o mar de ressentimentos em que se funda essa nova política. No mais, concordo com a citada estudante Natália Oliveira: a grande traição de Schwarcz foi ao seu próprio rigor intelectual.

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    1. Jackson Brito

      A branquitude não se pensa de forma racializada. A branquitude acredita ser o modelo universal que representa a condição humana e o paradigma do conhecimento epistêmico, científico e moral. Não existe nada mais identitário do que manifestações políticas de Homens Brancos. Apenas lêem a si mesmos, citam a si mesmos e sentem si injustiçados quando outros grupos fazem o mesmo. É preciso parar com essa fragilidade branca e masculina que não aceita críticas

  6. RENATO CRUZ

    O artigo é racista com sinal trocado. Me ofendeu.

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  7. SILVIO LUHM

    "Estudante negro,antropóloga branca,cantora negra ,etc...".Será que ninguém vê a quantidade de preconceito num texto desses?Cultura ,educação e respeito não deve ter cor !!!

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  8. HELIO TAVARES LUZ

    Enfim percebe-se luz no fim do túnel da escravidão, quer gostem os brancos ou não. Aproximamo-nos da realidade, a existência e manutenção de privilégios, acumulados ao longo dos séculos nesse Brasil (juros sobre juros), através de narrativas "corretas" em todos campos, inclusive do pensamento, decorre do poder exercido pelo 1% do topo acrescido, a partir de 1988, dos 15% da classe média branca, agora percebido e denunciado por integrantes da maioria da população, no conteúdo desse ótimo artigo.

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  9. José Felipe Ledur

    Essa disputa ao redor do que Beyoncé representa, disse ou faz já cansou. Os intelectuais, sejam pretos, pardos ou brancos, deveriam se ocupar de saídas para as massas empobrecidas deste país. Ou será que são incapazes disso?

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  10. Eugenio Ibiapina

    A elite intelectual discuta internamente espaços de atenção do pequeno público que lê no Brasil. Vejam essa briguinha exposta pela articulista Marilene Felinto, entre intelectuais de pele preta x intelectuais de pele branca. Leio histórias escritas por historiadores pretos e brancos de acontecimentos que ocorreram com pessoas brancas e pretas. Me declaro branco no censo e na minha história incluo Machado de Assis, Zumbi, Comandante Negro, Garrincha, Obidúlio, Obama e outros pretos.

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  11. Osame Kinouchi

    Desde 1998, por falta de ativistas pretos, sou responsável na FFCLRP por atividades culturais na Semana da Consciência Preta. Meus colegas brancos de direita não gostam disso e me questionam. Mas agora uma jovem neofeminista (branca) me disse que nao é meu lugar de fala, que eu deveria organizar uma Semana da Cultura Nipo-Brasileira. Meu único "pecado" era passar filmes em meu cineclube na USP tipo: Pantera Negra, Estrelas Além do Tempo, O Grande Desafio... Terei que passar só animes?

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    1. Vera Queiroz

      Muito boa pergunta! Vai no cerne de um dos problemas do identitarismo.

  12. Giovani Misses

    Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.

    1. Giovani Misses

      E aí Leonardo, Bolsonaro é genocida? Quantos ele matou? Então você pode também incentivar o ódio e a vio.lência, ou será que vem aprendendo com a FSP, especificamente Hélio Schwartsman e tantos outros jornalistas psi.copatas que desejaram a morte do presidente? Bolsonaro é o primeiro genocida que ajuda quem está matando? Liberando mais de 200 bilhões para ajudar na pandemia. Já os governadores e prefeitos que roubaram esse dinheiro enviado, você os apoia não é? Clipei também teu comentário! Kkkk

    2. Giovani Misses

      Fez denúncia foi Leonardo? Então processe a Folha de São Paulo e o Datafolha também seu militonto! Se a pesquisa diz que são os negros que mais matam no Brasil, qual é o erro em falar que existe um genocídio e que eles tem que parar de matar a população? Não é assim que vocês fazem quando usam casos isolados da polícia para dizer que os militares exterminam negros? Cuidado que o processo pode se reverter! Kkkkkk - Quer levar isso para a questão racial? Então os negros tem tudo a perder!

    3. RENATO CRUZ

      Procure um psiquiatra. Você é louco.

    4. Leonardo Silva

      Esse seu comentário foi o mais racista que já li aqui nesse jornal. Fiz a denúncia do seu racismo explícito e também tirei print da tela para medidas judiciais cabíveis. Vocês racistas saíram de uma vala moral e ganharam asas com o atual genocida que se intitula presidente da nação.

  13. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

    Apostar no identitarismo de matriz pós miderna para supostamente criticar o capitalismo é um equívoco, o capitalismo em sua trajetória tende subverter os estamentos, os identitários que aspiram se constituir numa burguesia preta, a exemplo de Beyoncé, se nutrem do racismo para escalarem o topo da pirâmide, serão exploradores de pretos,brancos e pardos, pobres, darão sobrevida ao capitalismo fragmentando a classe trabalhadora pelo viéis da racialização, intelectuais financiados pelo capital.

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    1. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

      O sucesso da luta identitária se constituirá no seu próprio fracasso, quando minorias se constituírem em classe dominante, as maiorias estarão na base da pirâmide, pisadas,da mesma forma, sem dó nem piedade, será a hora de acordar, espero que não demore!

    2. Jackson Brito

      A branquitude não se pensa de forma racializada. A branquitude acredita ser o modelo universal que representa a condição humana e o paradigma do conhecimento epistêmico, científico e moral. Não existe nada mais identitário do que manifestações políticas de Homens Brancos. Apenas lêem a si mesmos, citam a si mesmos e sentem si injustiçados quando outros grupos fazem o mesmo. É preciso parar com essa fragilidade branca e masculina que não aceita críticas

  14. JANE TADEU SILVA

    Por ai mesmo, sou Preto e leva na vida o estigma de ser Negro onde as portas pra abrirem pra nós em um mudo de branco é de muita luta pra sobreviver nos meios deles, porque sempre somos renegados ao segundo plano, mesmo sendo talentosos, eu falo por mim, quando fui estudante desde o Grupo Escolar eu via falarem dos Livros do Monteiro Lobato e outros brancos, mais do Machado de Assis nunca falaram pra mim que ele era Preto, fui saber como adulto e já fora das escolas,vejam as Feiras de Livros.

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    1. Paulo César de Oliveira

      Aprender a escrever direito já seria meio caminho andado para ter mais sucesso na vida. E Machado de Assis não é negro e sim mulato claro, 1/4 negro e 3/4 brancos.

  15. José Ricardo Braga

    Em um lugar tão miscigenado como o Brasil, esse negócio de 'lugar de fala' vai acabar deixando todo mundo falando sozinho... ;)

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  16. MARCELO ROCHA

    Parabéns pelo artigo. Lembro-me quando ainda assinante do Jornal OGlobo (livre graças a Deus), havia a coluna do João Ubaldo Ribeiro e um de seus ótimos artigos foi intitulado " O conselheiro também come", frase proferida pela esposa após inúmeros pedidos de artigos e elogios sem a contraprestação. Todos comem sabemos disso e por isso estamos vivos, mas o apego ao luxo trás a tragédia. Como acreditar nos jornais, panfletos, telejornais, escritores se todos colocarem o dinheiro acima de tudo?

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  17. Matheus Ruffino

    Nessa mesma Folha, o professor Wilson Gomes, negro, criticou o pedido de desculpas da Schwarcz. Ela não deveria ter se desculpado, escreve. Não acho que por ter a pele de tal cor, automaticamente, lhe é dado a totalidade certeira do assunto: negros, brancos, asiáticos (...) podem escrever/falar as piores baboseiras, ainda que leiam Fanon.

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  18. LEONARDO LORENA

    Manchete Racista e Sectária!

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  19. ADONAY ANTHONY EVANS

    O sectarismo nunca foi bom conselheiro. Esse o erro que o racista não compreende. E o que esses movimentos negros também não. Quando um racista branco, ou um militante negro ao se afogar recebe uma corda para o salvar, não olha a cor de quem lançou. A metáfora ocorreu todos os dias nas UTIs da Pandemia, na Bahia ou no Alabama. Nelas, o que importou, foram a dedicação e o carinho, não a cor da pele. O que Lilia destacou, e não importa sua cor, é que a estratégia na luta negra pode ser melhor.

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  20. Adriano Alves

    Texto arguto. Muito bom! Parabéns!

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  21. Ayer Campos

    Quando foi que o políticamente correto trocou o tradicional 'negro' por 'preto'? Sempre me achei atento para essas sensibilidades, mas desta vez perdi o bonde... A linguagem anda cheia de casca de banana em matéria identitária.

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  22. Adriano Ferreira

    Já vi argumentos fracos nessa cilada identitária, mas igual a esse não. Ainda fico com a análise do prof. Wilson Gomes.

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    1. Adriano Ferreira

      Jackson.... Como o discurso identitário está indo pelo mesmo caminho (politicamente só leem e citam a si mesmos) pelo seu raciocínio posso interpretar que os identitários também são frágeis. Reconheço e valorizo a importância da luta que é de todos e para todos. Sem sectarismos que servem apenas para nos enfraquecer. Abraços fraternos!

    2. Jackson Brito

      A branquitude não se pensa de forma racializada. A branquitude acredita ser o modelo universal que representa a condição humana e o paradigma do conhecimento epistêmico, científico e moral. Não existe nada mais identitário do que manifestações políticas de Homens Brancos. Apenas lêem a si mesmos, citam a si mesmos e sentem si injustiçados quando outros grupos fazem o mesmo. É preciso parar com essa fragilidade branca e masculina que não aceita críticas.