Não há uma visão consistente sobre qual nível de sofrimento mental por parte da mãe é necessário para justificar o aborto. No entanto, quase todos os rabinos concordariam que se a continuação gravidez levasse a mãe ao suicídio, então o aborto seria justificado. Mas isso presumivelmente exigiria que a ação apropriada para combater o sofrimento mental fosse considerada antes da permissão do aborto. É improvável que níveis menores de angústia mental justifiquem um aborto para maioria dos rabinos.

O grande comentarista judeu Maimônides, que também era médico, escreveu: "É um mandamento negativo (Dt 25:12) não ter pena da vida de um agressor (rodef). É por isso que os Sábios determinaram que se uma mulher está em trabalho de parto, o embrião é removido, seja por drogas ou cirurgia: porque é considerado como alguém que a persegue e tenta matá-la". Maimonides, MT, Hilkhot Rotzeah 1.9. Este argumento justifica destruir algo de alto valor, o feto, porque está colocando em perigo a vida da mãe.

Ótimo texto!!!

Caro Hélio, poucas vezes me vi na posição de dizer o que digo, mas acho que hoje o seu texto é bastante inócuo. Quem não liga para Deus, não vai usar essa litania como matéria-prima; quem liga, vai manter a imagem que tem do pecado da coisa, e segue a vida. Esse cara do velho testamento é raivoso como qualquer Bozófilo bem infeccioso, mas não vai surpreender nenhum crente. Nem a mim, que ganhei de um amigo um velho testamento quadrinizado pelo Crumb, e nem assim consegui deglutir o bagulho

Há no mundo muita ignorância sobre a vida e suas leis. Nada acontece ao acaso, mas há leis lógicas e coerentes, as leis da Criação que existem desde sempre, muito antes de a Bíblia ter sido escrita pelo homem. O ser humano é dotado de livre resolução, mas tem de responder por elas, mas age com displicência sem se esforçar para compreender essas leis e se adaptar a elas para não ter de arcar com as consequências maléficas de seus atos.