Maria Herminia Tavares > A conversa necessária Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Nestes tempos sombrios, um texto lúcido e inteligente é um alento. Ainda hoje, no contexto, acessei perplexo à s recentes manifestações anti-vacina e anti-máscara em Roma. A proximidade delas com o obscurantismo e negacionismo, oriundos da esfera polÃtica do governo federal e apoiadoras, é assustadora.
O problema da oposição é exatamente esse. Conversa demais. Muito manifesto, artigos de jornais e revistas, blá, blá, blá. O povão não vê nada disso. Não parafraseando J. Carville completamente, pois não quero chamar ninguém de estúpido. Mas é rua, são as redes sociais, é gritaria. O resto é conversa de chá das cinco.
HermÃnia parabéns pela posição. Renato Janine Ribeiro é sábio, ponderado e democrata. Tem que haver conversa. A esquerda tem que ter mais humildade, aceitar conversar e aceitar que ideias de centro esquerda são mais plausÃveis do que ter um desgoverno como estamos tendo. Se estamos nessa situação 80% é porque o PT NUNCA aceitou qualquer opinião que não fosse a deles próprios. Olha onde chegamos.
Esquerda democrática? Centro? etc. Quem ganha eleição é que gasta mais dinheiro na campanha; podem conferir.
Só que a conversa deve ser consequente e não um papo furado. A retórica negacionista em relação à nossa situação fiscal tem sido a marca da esquerda ultimamente. O PT nas eleições de 2018 se posicionou contra a reforma da previdência por exemplo, e essa postura de avestruz não mudou. Tentar cultivar os ignorantes com promessas ilusórias é a especialidade tradicional da direita, vide aquela frase do Trump: I love the uneducated!
Esquerda democrática? Se ela existe,ainda não fui apresentado.
Talvez seja porque o prezado viva fechado na sua bolha ideológica. Aponte, por exemplo, um ato anti-democrático nos governos do PT.
Muito prazer, eis-me aqui... Defendemos justiça social, educação, saúde, emprego digno e oportunidades para todos, preservação do meio ambiente e respeito para as minorias, além de multilateralismo e um mundo mais justo, com respeito a ciência... Não somos nós que pedimos golpe militar, tortura, assassÃnio em massa ou submissão aos EUA!
Vai ser difÃcil convergência, pois o programa seguido pelo centro é igual ao da extrema direira, antipopular e quer retirar o pouco que foi conquistado na redemocratização, não se pode deixar o povo fora do acordo. Muitos falam em congresso, eleitoral, mas esquecem de movimentos sociais, só na arena montada para a direita se dar bem, nao há futuro.
Herminia, parece haver um contrassenso no seu grupo autodenominado " defensores da democracia ". Esta se define como o governo do povo, pelo povo e para o povo". Bem, vcs mesmo concordam (ufa!) que são minoria. O presidente atual foi eleito pela maioria, no entanto essa minoria que aparelhou nossas universidades, sindicatos, redações, classe artÃstica, etc, exercem um patrulhamento crÃtico "nunca antes visto". Sejam democratas, respeitem a maioria. Cansamos de vocês, a "vanguarda do atraso".
Bem, os petistas supostamente pagos que perambulam por aqui, tardam mas aparecem.. Deixem de retórica vazia. Queridos, ele venceu as eleições, as propostas dele, queiram ou não são referendadas pela vontade das urnas. Lamento, voces perderam, o povo cansou de populismo irresponsável, incompetência e corrupção. Democracia é assim, deixem o presidente governar...
A maioria não votou no bolsonaro.
João , uma aula de matematica não faria mal a vc. Qual "maioria"? 47 milhoes de votos em 221 milhoes de habitantes são suficientemente explicativos para que eu não precise mostrar todos os fatos e nújmeros que vc insiste em "contradizer", por simples ranço ideológico autóritario. abc
A sua maioria quer o que? Mais armas e menos livros? Mais desigualdade e concentração de renda? Golpes militares e ditadura? Fechar o Congresso e o STF e Bolsonaro governando sozinho com sua famÃlia que enriqueceu sem nunca trabalhar (e com repasses de Queiroz?), Apoio de milÃcias, filho de presidente que nem sabe inglês como embaixador nos EUA, combate a medidas contra a pandemia e número enorme de mortes? Alianças com o centrão? Perseguição de LGBTs? Fanatismo religioso?
Você está escolhendo o caminho do atraso: se estivesse no século XIX você defenderia a permanência da escravidão... Bolsonaro é corrupto, está envolvido com milÃcias e acabou de se aliar ao centrão... Você não pode ou não quer enxergar?!
A maior parte da população não elegeu Jair Bolsonaro - foi uma diferença de 10% entre Haddad e Bolsonaro com um número absurdo de brancos e nulos - e mesmo que a maioria estivesse com ele: isso não dá direito de imporem nada perante os demais! O Projeto Bolsonarista é retrógrado e autoritário... Eu como esquerda democrática defendo um paÃs desenvolvido e democrático... Você defende a militarização da sociedade, armas, fundamentalismo religioso e retirada de direitos civis, sociais e humanos!
Zorra, d. HermÃnia, a senhora é soda. Ontem fiquei meditando naquela penumbra do pré-sono na questão dos enfrentamentos que temos, progressistas e conservadores, aqui nos fóruns desta Folha. E eu, na minha aproximação aos 50, vem ficando mais marcial, ao invés de mais prudente e tolerante. O colega leitor Ayer, dÃa desses me chamou de iracundo, o que melhorou o aspecto dos meus dentes à mostra. Mas minha preocupação é mais miúda: (continua)
(Cont. 1) refere-se, simplesmente, como manter aqui próximo ao chão, algum diálogo proveitoso com quem se encontra em campo oposto do pensamento ético-polÃtico e, talvez, de um conjunto de práticas do dia a dia que deste substrato deriva. É uma preocupação mais rasteira, muito aquém desta noção de coalizão de forças para a grande mudança polÃtica. É a questiúncula de quem se vê desancando o concidadão porque perdeu a paciência de percorrer com ele alguns caminhos do pensamento e obter entendimen
O coletivo adequado não é alcateia, mas vara.
Que sutileza, Fernando, excelente. Mas cuidado: daqui a pouco vão reclamar que você tá escrevendo pornografia aqui nos fóruns!
Estimada Professora, nesse campo a filosofia e a ciência polÃtica vão precisar encurtar a distância que as separa de outros saberes. Os pressupostos da nova perspectiva, que prescreve a substituição do debate público (que visa a vitória) pelo agonismo cooperativo, é objeto do excelente livro 'O Palhaço e o Psicanalista', fruto da colaboração entre o Christian Duncker e Claudio Thebas. Segundo os autores, a mudança exigiria muito mais do que empatia, boa vontade e respeito ao interlocutor.
Ah, Ayer, eu sei que a gente pode procurar umas linhas gerais sobre a coisa, mas faça essa gentileza pra nós... Que tanto mais? Eu palpito uma racionalidade básica, um senso de agência - de que existe em nossas ações algum grau de controle sobre o futuro - um pensamento antecipatorio de boa qualidade... Mas isso são especulações do coleguinha leitor. Você teria paciência para nos dar uma micro geral?
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Avaliar comentário como .
Avaliar comentário como .
Confirmar