Esporte > Indignação nos EUA é espelho distante para atletas brasileiros Voltar
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Infelizmente, desde sempre, os mais destacados atletas negros brasileiros, especialmente os do futebol, com rarÃssimas exceções, não se veem como negros. E muitos deles só vão descobrir isto na marra, quando xingados, em alto e bom som -- e gestos, por irados e estridentes torcedores na Europa, ou por torcedores daqui mesmo, algo que vem acontecendo cada vez mais. Tais jogadores vivem mais preocupados é em alisar ou colorir de loiro suas madeixas a cada vez que entram em campo.
E outra, o apoio de ligas como a NBA são a exceção, da exceção, nos mesmos Estados Unidos, o Kaepernick foi praticamente banido da NFL por se manifestar contra o racismo. A hipocrisia da FIFA, da Conmebol, da UEFA e da CBF então, é notória... E os atletas são submissos pq precisam sobreviver e não tem formação suficiente para questionar o problema do racismo, novamente, os craques da NBA e do esporte americano são exceção da exceção...
O Diogo Silva foi muito lúcido nas suas análises, e tem outros motivos: O atleta no Brasil, em geral, quando alcança o sucesso, sustenta toda a famÃlia (pais, irmãos, avós, tios, primos, agregados, parças, etc.) e para alcançar a glória, fica muito restrito ao mundo esportivo e a quebra de recordes e busca por tÃtulos e medalhas e quando estuda, muitas vezes é em escolas ruins e mesmo quando está nas boas, a prioridade é a prática esportiva, por isso esse distanciamento do mundo...
O problema é grave e antigo. E pessoas atuais no Brasil, em pleno século XXI, fortalecem a violência, o preconceito e o racismo, alcançando cargos altos na sociedade pelo apoio que sua estupidez conquista. A violência lá tem resposta das organizações e do povo. A violência aqui contra um rapaz negro só faz a mãe e os amigos se esconderem para não sofrerem represálias. Quando dão entrevista se escondem atrás de imagens distorcidas e vozes camufladas. Lamentável. Isto é um paÃs?
A última frase do Diogo diz tudo. O problema não são os atletas, é a sociedade. Estamos a anos luz de distância em termos educacionais e sociais para tentar algo do tipo. Por aqui, 90% das pessoas estão mais preocupadas em garantir o almoço do dia seguinte e não tem a menor noção histórica ou senso crÃtico.
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