E o que dizer da comissão técnica montada pelo "professor" Tite, mesmo num esporte que conta com a presença de tantos profissionais negros? Há algum fiapo de diversidade ali? Poderia, perfeitamente, ser a comissão técnica da seleção da Dinamarca! E o que dizer dos tais programas de debates esportivos transmitidos nos canais abertos e fechados da televisão brasileira? Nada contra, mas a presença de mulheres loiras nesses insossos programas parece ser a regra, o padrão.

Esqueceu dos comentaristas e jornalistas esportivos, dominado pelos brancos.

Parece que o pessoal do Erramos está dormindo... ainda de madrugada apontei que Juca Kfouri de esqueceu de Roger, do Bahia, técnico negro que tem se levantado contra o racismo dentro e fora do campo.

Ronaldo Fenômeno e Rivaldo se tornaram cartolas e Romário foi senador da Republica, cargo de maior prestígio que treinador.

Parece que Juca segue o "not one drop" dos racistas americanos. Com a exceção de Didi e Pelé, o resto dos "negros" listados não são negros. São mulatos brasileiros miscigenados.

Juca, inclua Roger, treinador do Bahia, além de Wanderlei e Jair Ventura.

Às vezes, o óbvio precisa ser dito. E o texto de Juca torna o óbvio um grito para mudança. Por mais imperceptível que seja aos nossos olhos, a sociedade muda. Há menos de vinte anos, a narrativa predominante era que todos são iguais e sutilmente imputavam ao negro o seu insucesso individual. Atualmente, ganha cada vez mais espaço o racismo estrutural como causa da desigualdade entre negros e brancos.

Confesso que perdi, apostei comigo mesmo que até o final do artigo você daria um jeito de dizer que a culpa era do Bolsonaro. Tinha certeza que esse seu fanatismo irracional pela esquerda, "vanguarda do atraso" iria se manifestar. Perdi, confesso, mas porque não sei ler pensamentos...

Seria interessante considerar a hipótese que as habilidades necessárias para ser um bom dirigente ou ou bom técnico são diferentes das habilidades encontradas num grande jogador.