Ana Cristina Rosa > 'A gente é negro' Voltar
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A invisibilidade racial só interessa ao racismo estrutura e aos racistas brasileiros.
Raça não é problema quando os integrantes daquela etnia conseguem alcançar espaços no poder e nos negócios. Já viram racismo contra Japonês ou Alemão ? Em resumo, estudemos, empreendamos e ao subir acaba a separação. Paremos de chorar.
Imagine as crianças e adolescentes homossexuais, meninos e meninas, que não podem muitas vezes buscar essa identificação com os próprios pais, nem revelar sua orientação sexual, e ainda enfrentam, muitas vezes também, discriminação na escola, ou na igreja, ou em qualquer outro cÃrculo social que frequente. É difÃcil ser gay ou lésbica, é difÃcil ser negro, é difÃcil fazer parte de uma minoria social ainda no século XXI.
A questão racial deixará de ser um problema quando a qualidade e não a temática de raça for o alvo. Machado se destacou pela grandeza literária e pouco ou nada falou de raça em sua obra. Aos 60 anos, e leitor do nosso maior autor desde a juventude, só ultimamente ouço dizer que ele era negro. Para mim, ele foi sempre o imortal Machado.
"Pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são"...é muita gente exigindo tudo , é muita corrupção , muito coitadismo , muito intelectual que copia ideias alheias , muito cientifismo fajuto desqualificado que nada .. absolutamente nada cria .. e agora veem estes modismos fora de época a perturbar as mentes ...
Apenas um comentário sobre a foto da Avenida Adolfo Pinheiro que já apareceu em 5 ocasiões na FSP. A Avenida Adolfo Pinheiro fica em Santo Amaro, que NÃO fica no centro de São Paulo.
Eis aà mais uma melancólica demonstração da profundidade do poço em que o Brasil se encontra. E já estávamos nele 10 anos atrás, só cavamos um pouco mais o seu fundo. Precisamos aprender a escalar suas paredes logo, antes que elas colapsem sobre nossas cabeças e o poço vire catacumba!
Recomende a ele a leitura de A Estrada da Liberdade, acho difÃcil achar. e o filme A Cor Púrpura de Spielberg, que como judeu, entende como poucos o sofrimento que negros enfrentam. Paulo Francis dizia que só negros e judeus sabem cantar souls, por que tiram o canto do útero. No filme, a mulher negra não sofre apenas pelos brancos, mas também pelos machos negros. A luta da raça negra, não se fará por concessões. Se fará por conquistas. Contra a Sociedade e o Estado. Organizem-se. E vençam!
Ana Cristina Rosa, diga ao seu filho que tive alunos brilhantes, que continuam a brilhar no mercado de trabalho, que são negros (com orgulho!) e que fazem um professor sentir que, apesar do descaso que muitos neste paÃs tem pela Educação ( alguns têm descaso intencional), valeu a pena. E ainda vale a pena. Espero vê-lo brilhando mais ainda! #SemEducacaoNãoHáSolução
Puxa vida.
Mais um excelente texto. Mais um “soco no estômago”. Parabéns.
Não há justificativa plausÃvel para as atrocidades que acontecem aos negros. Corta-me o coração ler tanta injúria (travestida de racismo para aplacar a pena aos ofensores) e violência praticada contra os negros. Coloco-me no lugar deles e juro que não acredito que ainda há tanta miséria humana nas pessoas a ponto de achar que são superiores aos seus semelhantes. Somos todos iguais e diferentes ao mesmo tempo e é isso que alimenta e diversifica a natureza, tornando-a bela.
Bem vinda querida!! Vou acompanhar com carinho seus textos!!
Me doeu o coração ler sua matéria...
Precisamos de um movimento Black Power, ainda que com 50 anos de atraso, que foi importante para que os negros ganhassem autoestima e se sentissem empoderados.
O povo precisa parar de incentivar o coitadismo e ir atras dos seus direitos que é o salario minimo constitucional que está valendo R$4.277,04 suficiente para dar todo conforto a familia e morar numa casa confortável longe da favela. É ridÃculo um faxineiro, Gari, ajudante e muitos outros receber merreca de R$1.045 e um vereador receber R$15 mil e uma leva de outros beneficios. O trabalho do faxineiro é muito mais importante do que o trabalho do vereador.
Um relato verdadeiro e corajoso como esse ajuda as pessoas a conhecerem a realidade dessa parcela do povo. Isso serve para construir a empatia, da qual nasce a união de propósitos. Devagar e com bom senso, podemos contribuir para a melhoria da situação reclamada pelos negros.
Não consigo distinguir o que é mais grave: se discriminação de cor ou a não aceitação de si mesmo. As pessoas deveriam ser incentivadas a acreditar em si mesmas e lutar para ocupar o espaço pelos seus méritos.
A discriminação da cor é mais grave. A "não aceitação de si" é patologia gerada pela discriminação social. DifÃcil é calçar o sapato dos outros e caminhar por onde eles caminharam.
É longa a jornada! Mas sem esmorecer. Um dia nossa sociedade chega lá.
Essa máquina da inferiorização do preto, do miscigenado, é tão perversa justamente porque não é reconhecida como tal. O menino que reconhece está um passo à frente da geração dos seus pais, que cresceram acreditando que o racismo era uma ilusão da própria cabeça. Ao tomar consciência, ele não está se inferiorizando, mas reagindo.
Acabo de ir para a "moderação" da Folha por falar da pouca representatividade de pretos no Brasil. Especialmente nos meios de comunicação.
"Apesar de estar crescendo em uma famÃlia de classe média, de ter o privilégio de estudar em boas escolas". A colunista não proporcionou o mesmo ao filho de doze anos? Não deveria precisar de tantos "sics". Ou é apenas para reforçar os argumentos? Que são absolutamente válidos.
Se o ensino for assim ruim para todos, então não tem nada a ver com ser branco ou negro. Foge ao assunto que a colunista aborda.
Ficou claro no texto que o filho estuda em boas escolas e tem acesso a lazer e cultura e apesar disso comete erros como qualquer pré adolescente de classe média, ou você acha que a má qualidade da educação é privilégio das escolas públicas? Não sabe que os alunos brasileiros que vão mal no PISA também incluem os das escolas privadas? Ou está insinuando algo que não teve coragem de dizer?
Parabéns pelo texto. Continue sendo este exemplo para seu filho, pois, com pessoas como vocês, ainda faremos deste mundo um lugar melhor.
Seu filho só não soube separar o caso concreto da realidade. Veja quantos colunistas, diretores pretos existem nas colunas de jornais. E de revistas! Veja quantos apresentadores de programas de televisão aberta/fechada são pretos! Veja quantos ministros do STF/STJ/Executivo são pretos! Vejam quantos protagonistas de novelas, filmes são pretos! Veja quantos diretores de empresa aparecem no "Brasil Solidário"! Veja, até, quantos vencedores de BBB são pretos! Quantos... quantos...
Como leitor da Folha, acho que representatividade importa e o jornal ainda está muito atrasado no tema. De ter mais jornalistas negros e para falar de diferentes assuntos, não só o tema racial. Em pequenos (mas lentos) passos, as coisas vão avançando. Parabéns Ana! Sua presença e lugar de fala é muito importante para todos nós - brancos, negros, todes!
Simples assim... Esta é a batalha que enfrentamos ao sair de casa todos os dias. Além das inseguranças normais que atingem qualquer ser humano, temos que ser fortes para suportar toda a estrutura social construÃda para nos oprimir, sufocar, insensibilizar, invisibilizar ao ponto de não sentirmos dignos de merecer um espaço em um ambiente melhor aos que historicamente nos tem sido permitido... É cansativo, é doloroso, é perturbador, mas continuemos firmes, em busca de mais representatividade.
As vezes essa condição me lembra um pouco a do judeu antes da criação de Israel. Como um pertencimento a uma nação que não existe, mas que esvazia a nacionalidade real. O indivÃduo era judeu russo, ou judeu francês e não plenamente russo ou francês.
Coragem e perseverança.
A gente é negro! Essa afirmação deveria ser motivo de orgulho para nós, para nossos filhos e para nossos netos. Resistência é a nossa palavra de ordem. Onde nos encontrarmos, é preciso resistir e jamais desistir.
Quando seremos apenas gente?!
Obrigado, Ana Cristina! E... Perdão!
Nasci branca, muito branca. Mas sou negra, muito negra, a gente só se reconhece qdo toma as dores e engustias do outro...nunca sofri preconceito de cor de origem, mas o preconceiro sofrido pelo seu descendente de pai negro é tao dolorido que te faz chorar. Imagina a dor então, do negro de pele! Imagine entao... Sou negra sim!
Doloroso saber que esse diálogo existiu e que pode representar uma realidade maior. Triste. Não sou negro, mas me é possÃvel compartilhar desse sentimento. Que bom que podemos ler isto aqui na FSP e vindo da Ana Cristina. Ela e demais articulistas podem ajudar a tornar esse diálogo apenas um material cada vez mais do passado.
Você traz um conceito importante " a máquina de inferiorização". Em nosso caso ela é um agente triturador da cultura. Nos leva a crer que nossas opiniões não têm valor. O efeito colateral para seus emuladores é que a desigualdade leva ao empobrecimento, os investidores migram destes ambientes.. A Cultura, o Respeito equipam a máquina mais poderosa para produzir a riqueza abrangente, enquanto a discriminação é a forma individual imediata para revelar a pobreza interior.
Parabéns e seja bem-vinda e, acredito, isso seja normal porque acontece até na mais barulhenta das famÃlias, aquela que não tem vergonha de ser feliz e ainda diz: grande bosta!
O menino precisa ler o artigo de Thiago Amparo publicado hoje aqui na Folha.
Parabéns pela clareza e acima de tudo coragem!
Parabéns, Ana Cristina, pela conquista como colunista e pela coragem em se expor! Esse conceito de auto-estima muitas vezes se sobrepõe a um outro, que talvez abra mais possibilidades: a auto-consciência. A consciência de ser capaz liberta da expectativa do olhar do outro.
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