Vera Iaconelli > De que vale ter filhos? Voltar
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O texto é coerente e trata de um delicado assunto. A maternidade (na forma tradicionalmente posta) acaba se tornando um instrumento para perpetuação de formas antiquadas de vida social, ao mesmo tempo surge uma romantização, o filho vira um "projeto", uma forma de investimento (quase sempre sem retorno financeiro), deixando mais evidente o desastre da modernidade em observar o mundo de uma forma real.
Peço a Deus que dê para cada um dos meus cinco filhos uns 7 filhos em média. Todos bonitos e saudáveis!
nao se esqueça de faze-lo em aramaico - lingua morta que vc diz dominar - senao Ele nao vai entender ...
Já ouviu falar em superpopulação?
Grata, Vera, pelo artigo extremamente sensato!
Questionável... em Vera?! Ah quanta bobagem em um texto! Uma mulher e mãe escrevendo. Uma mulher que quer ser profissional, mãe, errar e aceitar.
Só posso falar por mim. Amo cuidar, educar, dar banho, ensinar, alimentar, criar, estar ao lado dos meus filhos. Nesta pandemia estamos tendo grandes momentos de convivência. O artigo tenta tornar universal uma visão de mundo egocêntrica e fantasiosa. Melhor coisa que fiz na vida: formar uma famÃlia com minha esposa e filhos.
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''Não tive filhos; não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria''. A frase foi posta na boca de Brás Cubas, ao final do romance, por Machado de Assis, em sua obra mais conhecida: ''Memórias Póstumas de Brás Cubas''. 'Summerhill - Liberdade sem Medo', de A. S. Hill, também é digno de leitura e crédito. A sociabilidade e liberdade combinadas com destemor. Sem a obsedante encubação no cÃrculos familiar sanguÃneo e a sufocante subordinação parental sanguÃnea.
''Não tive filhos; não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria''. A frase foi posta na boca de Brás Cubas, ao final do romance, por Machado de Assis, em sua obra mais conhecida: ''Memórias Póstuma de Brás Cubas''. Summerhill - Liberdade sem Medo, de A. S. Hill, também é digno de leitura e crédito. A sociabilidade e liberdade combinadas com destemor. Sem a obsedante encubação no cÃrculos familiar sanguÃneo e a sufocante subordinação parental sanguÃnea.
Vera....qto lucidez! Obrigada pela leitura e força na peruca!
Agora entendo porque os "progressistas" têm uma obsessão tão grande pelo aborto...
Claro, como gosto de crianças, e especialmente de meus filhos, certamente sou um idiota, né? Evidente! Faz todo sentido!
Desavisado
E eu, por que os reacionários varrem obsessivamente para baixo do tapete os assuntos que não gostam de discutir com coragem.
Excelente texto. O retrato perfeito de como a questão é. Parabéns pela coragem.
Texto de uma pessoa amargurada. Sem mais.
Não é no Eclesiastes que está escrito que quem aumenta seu conhecimento aumenta sua dor? O remédio é parar de questionar muito, hein? Talvez seja mais negócio repetir platitudes como ser mãe é padecer no paraÃso, mãe é a palavra mais linda que o poeta um dia escreveu, se eu pudesse eu queria outra vez, mamãe, começar tudo, tudo de novo. Hein? Ah!, como seria lindo.
Meus pêsames aos pobres filhos da dona Vera. Torço para que na próxima encarnação tenham mais sorte na aterrissagem.
Claro, afinal, crianças são sempre indesejadas, né? Acidentes da contracepção!
Que idiotice Alexandre!
HONRAR a paternidade e a maternidade requer responsabilidade ante o ato de geração. Os bebes e cianças até a adolescência precisam de carinho e proteção, mas não podem achar que os pais tem de resolver tudo, precisam retribuir pelo que recebem com pequenas tarefas no lar, para se tornarem independentes na fase adulta. O descuido na geração e preparo dos filhos para a vida está formando uma geração fraca para os desafios da vida, inclusive para a nação.
Ótimo e esclarecedor texto sobre o mito do amor materno! Tenho 2 filhos e concordo integralmente, a maternidade não é, e nunca será a realização da mulher.
Tenho 5 filhos maravilhosos, graças a Deus! Sinto como se a Vera Iaconelli vivesse em outro planeta.
Puxa, quanta coragem! Agora entendo que aborteiros são na verdade grandes heróis!
No planeta Vera, ouvi dizer que as pessoas pensam com coragem, discutem assuntos espinhosos, questionam e ouvem, digerem o que ouvem com destemor e humanidade, encaram verdades dolorosas, dizem o que sentem, esse tipo de coisa.
Matone, se tivesse lido o texto entenderia que não ''tem'' 5 filhos, apenas cuidou deles. Ou será que, como em quase toda famÃlia brasileira, quem cuidou deles foi a mãe e os profissionais pagos para isso, como babás, escolas e cursos de inglês ou de música?
Li Elisabeth Badinter na adolescência. Li a coluna da Vera hoje. Minha filha de 18 anos está neste momento aqui do meu lado, digitando no celular. Olho para ela, sinto o cheiro do seu cabelo e um prazer me invade. Mesma sensação eu tinha quando ela era bebê e me fitava ao mamar. Dizem que é efeito da ocitocina. Não sei explicar. Só sei que a presença dela me preenche. Chamo isso de amor.
Não ter filhos é o zeitgeist. E tem tudo a ver com o alto custo, em tempo e dinheiro. Vivemos em uma época em que trabalhamos muito mais que nossos antepassados, em constante insegurança, para garantir o mÃnimo da subsistência: comida e moradia. O orçamento das famÃlias vai quase inteiro nisso aÃ. Quem destrói a famÃlia é o capitalismo, e essa tendência é mundial. As coisas só vão piorar com a automação, software e a destruição dos empregos menos qualificados.
Um amigo da famÃlia explicou a paternidade/maternidade da melhor forma possÃvel: sabe quando vc pula em uma piscina e a água está tão absurdamente gelada que vc quase grita? Chega um desinformado e pergunta ''a água está boa?''. Então vc responde ''está ótima, pula aÃ!''.
Ótima analogia, pena que contradiz seus demais comentários, MaurÃcio!
Se passar os dias cuidando e alimentando filhos fosse algo agradável e prazeroso, os homens teriam ficado com essa incumbência. Sair de casa pela manhã para um trabalho remunerado, sem ter que passar o dia interagindo com crianças, com conversas infantilizadas, abrindo mão de vida própria e um cansaço interminável é fácil. Já está na hora das mulheres repensarem a questão.
e o que pensar ainda Dea, das mães negras domésticas e babás,deste paÃs escravocrata!!
Toda e qualquer racionalização feita em cima do não querer ter filhos com rarÃssimas exceções, escondem a infantilização do falante. É normal adultos infantilizados que, não tendo capacidade de se relacionar com outros humanos, são "mães de pet"
Ser mãe de pet é muito melhor que ser mãe de humanos. E não é nem falta de capacidade de se relacionar, é falta de vontade mesmo. Filho coloca a mulher em situações de muita fragilidade, principalmente financeira. É aguentar emprego ruim, violência doméstica, ameaça de perder a guarda dos filhos, tudo por conta desse "amor". Como alguém disse aà em outro comentário, se cuidar de criança fosse bom, isso seria tarefa de homem. Assim como, se homem engravidasse, aborto seria legal e obrigatório.
Vera, você poderia inserir dados estatÃsticos (sobretudo idade) cientiÃficos para a parte do texto em que filhos desejam permanecer afastados dos pais? Ou é uma opinião e não uma informação? Fiquei curioso
A propósito, os filhos dados para terceiros criarem eram só os filhos da nobreza e burguesia ou tambem os filhos dos menos afortunados? Nos dias de hoje, sem pandemia, por óbvio, persiste a terceirização da criação dos filhos, seja nas mãos das empregadas da casa, ou nas escolinhas com suas multiplas atividades, enquanto os pais, frutos de uma sociedade consumista e egóica fazem das tripas coração, para enriquecerem o manterem o status, ou para sobreviverem, se não forem burgueses ou nobres.
Os camponeses precisavam de muitos filhos para ajudar a lavrar a terra. E todos precisavam ter muitos porque a mortalidade infantil era alta. A nobreza precisava de filhos para as alianças...
Foi o que pensei também, e na minha opinião a resposta é óbvia. A esmagadora maioria da população vivia no campo e os filhos eram criados junto aos pais (e galinhas e porcos etc). Mandar os filhos para outros criarem era para quem tinha dinheiro.
Execelente!!! Obrigada Vera!
Filhos... Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos como sabê-los? Não tinha... agora tenho e é do coração... amo demais! Me preocupo? Muito!... Fico muito bravo com ela as vezes? Sim!!! Mas o amor é muito grande... e a preocupação que tenho é a seguinte, o que recebi dos meus pais... dar uma boa educação pra que consiga se virar no mundo...
Olá. Me parece um texto antes de desabafo do que informativo. O pessimismo encontra espelho nos comentários. "Amém Dra. Vera, este mundo é horrÃvel e ter filhos é inversamente proporcional ao nosso 'ideal' e felicidade"... Tudo bem. Chutar cachorro morto é fácil, mas e agora. Depois do desabafo: que famÃlia devemos cultivar para ajudar a fomentar uma sociedade melhor? Em que tipo de sociedade gostarÃamos de inserir nossos filhos (pois os temos e continuaremos a tê-los)?
O texto é muito bom. Desmistifica a questão da maternidade e da paternidade. No entanto, acho simplório demais dizer que a única satisfação em ter filhos se dá quando eles vão embora de casa. Para falar a verdade, essa frase é bem absurda. Imagino que os pais da colunista devem ter muito orgulho da filha ter se tornado doutora pela USP. Enfim, nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno.
Eu ainda não tem coragem suficiente para publicar esse texto em uma rede social e dizer que ele me representa. Mas a verdade é que sim. Obrigada, Vera, por fazer eu me sentir uma pessoa “normal”.
Coaduno-me com vc, Monica!
Ai dos Pais que não amarem seus filhos, ai dos filhos que não amarem seus pais, estão condenados anos fios ao divã do analista, antes da danação eterna, por suposto.
Fico com a frase de Machado de Assis em sua obra-prima: Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.
filho é bicho que não vale nada. sou filho, sei o que estou dizendo.
Assunto delicado, complexo e base para os doutores psicólogos! Realmente, pais desenvolvem a mais difÃcil missão que o criador nos deixou: amor incondicional!
De vez em quando é preciso que apareça um ser pensante como Vera Iaconelli para dizer essas verdades nas quais os pais teimam em passar verniz de satisfação social. A pandemia foi devastadora para milhões, mas também trouxe um bem inestimável: o da verdade. Oxalá todos os aspirantes a criar rebentos lessem essa coluna.
Casais sempre querem filhos. A consequência disso, boa ou ruim, é incerta. Evidentemente que o texto é ficção.
Sempre nesse caso é a maioria.
Sempre? Premissa falsa.
Ainda bem que temos Vera para declarar as verdades inconvenientes... Mas a nova geração já não se deixa iludir tão facilmente assim pelo “nirvana” da parentalidade. Preferem consumir e serem felizes, mundi afora... Mas isso é conversa para outra coluna...
Dona Vera, é evidente que a senhora conhece muito mais do assunto do que um homem, 50, sem filhos. Entretanto, compartilho minha burice, na esperança de obscurecer um pouco o panorama com a transparência da minha estultice: filhos, nesse mundinho de Erda, nemfú. Delegar a uma criança a responsa de sobreviver nesse contexto poluÃdo por ideias e práticas desumanas, compartilhando escrotidões infindas, feiúras demasiadas, cheiros fétidos? É muito desamor, Jesus da Goiabeira...
Essa condição imaginária a que a autora se refere nunca existiu, seja na Europa dos séc. 17 e 18 ou em qualquer outra época ou lugar: a maioria das mães humanas nunca abandonou os seus filhos ao cuidado de terceiros. Ao contrário, as fêmeas de mamÃferos sempre cuidaram dos filhotes(por motivos óbvios) desde antes dos primatas existirem. Na quase totalidade das especies de aves também são as mães que cuidam dos filhotes Conversa de feminista que não conhece biologia evolutiva.
Que falta de leitura, hein? Nem a curiosidade de dar uma pesquisada antes de publicar?
Conversa de homem que não lê. Basta ter opção, isto é, dinheiro. Quanto mais rica a mulher, mais terceirização existe. Hoje e sempre. Mas é bom vender essa ideia de "instinto", ajuda a não ter que acordar à noite e trocar fralda. Aliás, eu sou fã da máxima: quer conhecer o quão machista um homem é: tenha um filho com ele. Nem todos são, é claro, mas em muitos só aparece depois que o filho nasce.
Provavelmente, vc. não é adepto de literatura. Em clássicos dos séculos XVII e XVIII entregar bebês para serem criados e amamentados por mulheres do campo, era absolutamente normal. Se sobrevivessem tudo bem, senão, não tinha problema. Era uma questão encarada com naturalidade.
Ninguém em sã consciência deveria ter mais de um filho, num mundo tão difÃcil em que estamos vivendo, onde já se nasce com um fardo enorme para levar a vida toda, como sub empregos, instabilidade, falta de educação, segurança, saúde! Os desejosos em ser paÃs deveriam se colocar no lugar dos futuros filhos e se perguntar se esses querem uma vida tão atribulada! Cuidar de um já é difÃcil! Poupem seus filhos de tanto sofrimento, se não tem condições financeiras e tempo para dedicação!
Maravilha de texto. 'Não temos filhos, cuidamos de filhos' - frase eterna. Obrigada, Vera. Solteira e sem filhos por opção, faço parte das milhares de mulheres que se sentiram 'fora do circulo' por essa escolha. Mil vezes obrigada por me ajudar a abrir essa janela.
Coaduno-me com vc, Eleny! Artigo sensato da Vera Iaconelli!
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