Juliana de Albuquerque > Quais são as fronteiras entre o literário e o filosófico? Voltar
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O mais importante é desconstruir a noção de fronteira que impede a compreensão de que a literatura carrega em si cientificidades e filosofias. ImpossÃvel apartar literatos como Clarice Lispector e Lima Barreto, por exemplo, do que chamamos de pensamento social, e, mais profundamente, de cosmopercepções que nos ensinam o mundo e elabora a vida em dimensões da individualidade e da coletividade. Essas fronteiras , muitas vezes, funcionam como reserva de mercado.
Grato pelo belo texto, Juliana. Como você, acredito que a filosofia e a literatura são duas asas que nos elevam de nossa condição terrena, em direção a algo mais alto e além. A Arte, porém, sendo a perfeição numa vida imperfeita, inspira a filosofia, como reconheceu Nietzsche (a vida sem a Música seria um erro). Sabe o que é o mais incrÃvel? Os meus heróis literários, como Stendhal e Goethe, inspiraram meus heróis filosóficos, como Nietzsche. De fato, a vida imita a arte.
Impactante, instrutivo, alentador! Mesmo gostando de estudar a psicologia humana por meio da Logosofia, mas sendo algo como um simples diletante, consegui perceber o valor de seu escrito e amei! Mais que parabenizar, quero agradecê-la por um texto tão rico e enriquecedor! Certamente vale um livro! Obrigado!
... estas entidades bailando em 'Paso Doble' de repente apareceu esta imagem na minha frente! ... gostei muito d texto!
A literatura pode nos levar a desenvolver um tipo de conhecimento impossÃvel de ser alcançado pela razão, talvez até de ser explicitado. Por isso, a literatura também pode ter um objetivo ou impacto filosófico, que consiste em fazer progredir a lucidez sobre nossa condição existencial por meio da interação de subjetividades.
Excelente! O final escolhido foi brilhante. Obrigado.
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