Marcos Lisboa > Benefícios privados, custos coletivos Voltar
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nosso baixo crescimento econômico têm lastro nessa ideologia neoliberal Ricardiana... vantagens comparativas. Cartilha de Washington. Um processo acelerado de desindustrialização... a reforma tributária é extremamente importante, porém, se continuar essa cartilha, voltaremos ao Brasil colônia... simples.
Muito blábláblá, mas nenhuma palavra sobre a regressividade do nosso sistema tributário. Os mais ricos pagam pouquÃssimos impostos: aplicações pagam 15%, jatinhos e iates são isentos de ipva, fazendas enormes pagam itr ridÃculo. Lucros e dividendos são isentos, ações são isentas de IR. Os mais pobres pagam 46% da renda em impostos, os mais ricos pagam 26%. Mas o Lisboa fica falando de livros, de água, de luz... Que tal falar do que interessa? Bilionários que não pagam M nenhuma?
Falta cobrança de R$ 100 bilhões do Imposto sobre Grandes Fortunas. R$ 140 bilhões de dividendo e juro do capital próprio. R$ 100 bilhões de renúncias fiscais. Pode-se até cobrar tributos sobre livros de quaisquer natureza. Desde que se ofereça uma cesta básica cultural de livros, revista e jornais subsidiados a todos os estudantes em todos os nÃveis, da pré-escola à universidade. Lisboa sempre fez cara de paisagem a cobrar tributo do Brasil de Cima, seu paraÃso fiscal e favores tributários.
o economista deu um volteio, mas não justificou porque livros devem ser tributados. o que é que o excesso de anistias, subsÃdios, isenções e outros têm a ver com o livro? porque, especificamente, o livro tem a ver com o descalabro tributário, em que os detentores da maior parte da renda e do patrimônio do pais simplesmente não pagam impostos, embora usufruam de muitos dos benefÃcios daà decorrentes?
Ele falou. Um dia problemas de não se ter uma regra uniforme é que todos querem uma regra de exceção, e aà temos a bagunça do nosso sistema tributário, com diferentes alÃquotas e milhares de regras distintas.
O problema não é os impostos caros. O problema é que a metade da população paga muito impostos para subsidiar a outra metade que não conseguem nem o sustento da famÃlia. O problema está no baixÃssimo salario dos trabalhadores que não dá nem para comer quanto mais para comprar livros. O salario merreca do governo vale menos de 20% do valor legal que está na constituição.
Cristina Dias. Você esta certa. O faxineiro, o servente, o gari e pelo menos 50% dos trabalhadores pagam muito caro pela educação, Saúde e tudo o que dizem que eles recebem de graça porque quem trabalha e recebe um salario merreca do governo deixa mais de 80% do seu salario nas mãos do governo e do patrão. Se o salario minimo fosse o que está na constituição, R$4.277,04 nenhum trabalhador precisaria morar na favela e mandar o filho na escola para comer porque em casa não tem o que comer.
O João leite jamais vai compreender que moradores de rua pagam mais de 50% de sua renda (irrisória) em impostos, enquanto os mais ricos pagam em torno de 26%. Esse é o sistema regressivo brasileiro, que taxa pesadamente o consumo e os produtos mais básicos, como gasolina, água, luz, celular pré-pago e cesta básica. Já dividendos de ações são isentos, e jatinho não paga ipva!
Errado! A metade que não consegue nem o sustento da famÃlia é a que paga mais tributos, pois a tributação sobre o consumo é que é muito alta no Brasil. Já a tributação sobre o patrimônio e a renda é mais baixa que na maioria dos paÃses.
Um exemplo de desoneração que distorce decisões de investimentos é a zona franca de Manaus. Acho até que teria sentido uma zona franca para exportações. Ou seja, apenas os produtos fabricados lá e exportados teria incentivo fiscal.
Prof Drº Marcos, nossa sociedade precisa urgentemente fazer uma reforma tributária de qualidade. Caso contrário com o fim do bônus demográfico e a baixa produtividade o sistema econômico esta fardado ao colapso estrutural.
O autor está buscando ser didático? Poderia se esquivar do discurso chato. Um imposto único e razoável sobre o consumo me parece interessante. O paÃs se perde fazendo concessões aqui e ali e a conta é dividida pela sociedade. Antes de começar a argumentação, seria possÃvel elencar numa planilha e nos mostrar claramente onde estão as maiores renúncias e seus impactos negativos/positivos? Onde o estado deve começar a cortar o custo da renúncia fiscal? Nos livros?
Os dois últimos parágrafos estão perfeitos e explicam o nosso gigantesco atraso. Se tivéssemos instituições inclusivas [definição de Acemoglu e Robinson] haveria uma convergência de interesses e aceitação coletiva de renúncias entre os diversos segmentos da sociedade. Mas, infelizmente, nossas instituições são absurdamente extrativistas e cada grupo só enxerga a si próprio, mesmo já estando claro que os incêndios, efetivos e simbólicos, estejam atingindo extensões e velocidades cada vez maiores.
As inúmeras "reformas" implementadas no Brasil só não entregam o que prometem, porque deixam de fora as verdadeiras raÃzes do problema.
Uma reforma tributária que torne arrecadação progressiva é necessária. O neoliberal primeiro apoia reforma com argumentos de razoáveis, a distorções e mentiras desbotadas. Depois, ele faz uma reforma regressiva até o osso, na esperança que, com mais dinheiro, o rico invista na produção, o que nunca aconteceu em lugar nenhum no mundo. O neoliberal vive de esperança e a fomentar confiança. Sempre pedindo mais um sacrifÃcio, inteminavelmente, mesmo que sofrendo derrota reforma após reforma.
O colunista simplifica tanto certos temas , dando a sensação de que os trata de uma forma que se esgota numa narrativa sem consequência prática. Para ele, vale o texto da Folha de hoje em que se afirma a falta ou a descuidada leitura que os economistas fazem dos filósofos sobre tais assuntos.
Seu Marcos, reconheço que há aspectos interessantes no seu argumento. Contudo, certos benefÃcios privados, de alto custo público, passam longe da crÃtica de seu artigo - não são tão claramente impostos, conquanto "impostos" pelo modelo produtivo. Um exemplo muito relevante é o processamento de proteÃna animal, linha produtiva que produz funcionários lesionados em série, que caem no colo do INSS à s pencas. Os JBS enriquecem e nós pagamos a conta da aposentadoria precoce dos trabalhadores.
Nosso sistema tributário disfuncional possui vários efeitos colaterais adversos; um deles é o padrão de qualidade principalmente dos produtos de consumo que produzimos, aliás, é um dos motivos pelos quais não somos competitivos nos mercados internacionais. Para compensar o cipoal de impostos, o produtor tem que exagerar na redução de custos e o resultado são embalagens que não desempenham, produtos que não entregam 100% do que prometem tanto do ponto de vista de qualidade como de segurança.
Mas não rola nem um impostinho sobre os 1% + ricos nessa reforma? Ou então sobre lucros e dividendos? Colunista fala de reforma tributária mas não ataca o problema principal: sua regressividade.
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