Ilustríssima > Origem social, raça e repúdio modernista moldaram visões sobre Machado Voltar
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Parabéns, Alcir Pécora, pelo artigo sobre o imenso Machado de Assis. E, de passagem, pela crÃtica corajosa aos modernistas. "Não havia alternativa: para que o modernismo pudesse realmente valorizar a obra machadiana, havia de abandonar a visão paroquial que tinha da evolução literária brasileira, mas acho que disso nunca chegou a abrir mão". Isso vai dar samba.
Pensando em modernidade a partir do modo Luiz Costa Lima a define, como "mÃmesis da produção" em vez de "mÃmesis da representação", Machado é mais moderno que toda literatura feita por aqui até a década de 40. Ele entendeu a arte como produção, obra que desvela seus próprios recursos expressivos. Os modernistas de 22 passaram ao largo de Joyce, Woolf, Proust, Hesse, Kafka e insistiam numa linguagem nacional mal elaborada, em narrativas convencionais que ignoravam o que ocorria ali do lado.
Corrigindo: "modo como". O fato é que, mesmo quando alguém se aproximava da modernidade, como Graciliano, em "Angústia" ou nos contos de "Insônia", alguém sempre batia na tecla da representação da realidade nacional e via nessa literatura que se enxergava como arte uma limitação. Machado é moderno ao trabalhar com pontos-de-vista e focos narrativos inéditos na nossa literatura de folhetins e na sua representação do tempo. Sterne era mais moderno que nossos modernistas. Machado soube entendê-lo.
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