Joel Pinheiro da Fonseca > Magazine Luiza não está segregando, e sim misturando Voltar
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Quando se utiliza critério racial para fazer qualquer tipo de seleção, não deixa de ser racismo. Se o objetivo é fazer um reparo social, utilize critérios sociais para seleção, e, sendo uma raça predominante na classe que se quer favorecer, esta será beneficiada justamente, na proporção da sua participação.
Em princÃpio não se vislumbra nenhuma ofensa ao princÃpio de isonomia racial que deve orientar qualquer processo de seleção de colaboradores por uma empresa. O que faltou, ao que parece, foi a empresa esclarecer que ela mesma, ao analisar a fotografia interna do seu quadro de colaboradores, constatou a enorme desproporcionalidade entre brancos e negros em seus quadros e decidiu, neste momento, buscar um equilÃbrio mÃnimo, como já apontado por um dos comentaristas.
O brasileiro é o povo mais hipócrita que existe. Obviamente existem rÃgidas regras sociais implÃcitas que privilegiam absurdamente os brancos. Obviamente também, a única forma de minimizar estas regras implÃcitas é criando regras explÃcitas que venham de encontro à quelas. Mas o brasileiro, hipócrita, prefere continuar sendo regido pelas mesmas regras implÃcitas que mantêm tudo como sempre foi: todos iguais, porém uns mais iguais que os outros.
Parabéns pelo artigo e parabéns à empresa Magazine Luiza pela iniciativa !
A segregação do passado se combate com segregação no presente? Não sei e não vou discutir, mas o que o articulista não percebe é que legitimando essa segregação contra os brancos, outras empresas poderão fazer contratações segregando negros. E a� Vão falar o que? Que não pode? Que é ilegal? Me ensina, por favor.
O texto do colunista foi absolutamente didático, só faltou desenhar...
A sociedade brasileira precisa criar um modelo preciso de vida onde os diferentes tons de pele vivam em harmonia, nesta sociedade digital, e que nosso modelo de convivência seja exportado para os Estados Unidos e Europa, que vivem segregando imigrantes atualmente. Esse modelo tem que ser pragmático e sujeito a correções ao longo do caminho. A mesma trilha percorrida pela jornada cientÃfica do homem até aqui.
Seremos felizes fazendo todos os seres humanos do planeta felizes. Tolerando o outro da mesma forma como gostarÃamos de ser tolerados se vivéssemos num outro planeta, Vênus, por exemplo, onde uma possÃvel forma embrionária de vida pode indicar que não estamos sózinhos no universo. Quanta estupideza a nossa em presumirmos que somos superiores, quando no fundo, somos todos iguais: meros seres humanos.
Erra o colunista, reservar uma parte das vagas (cotas) pode ser chamado de ação afirmativa. Outra coisa bem diferente e ilegal é proibir outros que não negros no processo seletivo, nesse caso é flagrantemente ilegal, a constituição é clara com relação a isso. Façam a seguinte pergunta, e se o processo exigisse somente louras de olhos azuis ?
E quem disse que o a empresa vai proibir pessoas de outras raças em seus processos seletivos? Ela apenas afirmou que iria fazer um processo seletivo para pessoas negras. Os demais obviamente serão abertos. E mesmo com este processo exclusivo a esmagadora maioria dos seus dirigentes continuará sendo branca. Se você acha que isto não é ação afirmativa é porque não sabe o que é ação afirmativa.
A raça humana é uma só. A ciência mostra isso. Não há sentido entrar em guerra , uns contra os outros, por causa dos tons da nossa pele. Provavelmente, a primeria mãe da raça humana tinha a pele escura e teve inÃcio na Africa do Sul e seus filhos ao irem rumo ao Pólo Norte foram tendo a pele mais clara. A dispersão dos genes sobre nosso planeta mostra esse caminho no tempo.
Acho hipocrisia do Joel querer que a população pague uma dÃvida histórica enquanto ele, que se beneficiou muito, fica intocado.Defendo que essas polÃticas sejam aplicadas em tudo, inclusive na Folha, que tem a maioria dos colunistas brancos.Portanto, super defenderia a demissão do Joel e quem apoia essa medida para promover uma maior diversidade, espero que ele mantenha a coerência e apoie sua demissão para promover a diversidade.O egoÃsmo e hipocrisia dos privilegiados reinam no Brasil.
Concordo. Boa linha de partida: começar a troca por quem defende segregação no ambiente empresarial, por exemplo, o colunista. E ir mais além: abrir processo seletivo em concursos públicos só para negros também. Olha que "maravilha" de paÃs estamos criando. Diversificar segregando, espetáculo. Será que alguém já se perguntou o que um descendente de Ãndios está achando disso?
1) O importante é que a empresa dê lucro . Essa é a tônica principal do capitalismo . 2) O que o cliente prioriza quando compra ? ( ) o menor preço ( ) o vendedor e suas caracterÃsticas sócio-culturais-religiosas-econômicas-raciais-polÃticas .
Esse tipo de coisa que desperta reações do conservadorismo deve ser feito de forma branda e discreta. Ao invés de anunciar em alto e bom som que está abrindo vagas só para negros, podia ter selecionado discreta e preferencialmente os trabalhadores dessa condição racial e ninguém poderia saber nem reclamar. Quis aparecer. Vamos ver até onde vai essa bondade.
Aparecer promovendo a segregação que é pior.
A Magazine LuÃza é uma sociedade anônima. Como empresa, as decisões, mesmo as ligadas ao RH, devem maximizar seu lucro. Limitar a busca dos melhores profissionais somente entre negros não seria uma medida racional. Portanto, os ganhos dessa ação social são ganhos de marketing e propaganda. É capitalismo puro. Com mais da metade da população brasileira parda ou negra, a Magazine LuÃza vai vender mais. Suas ações vão subir. Só por isso essa ação foi aprovada pelo Conselho da empresa.
Quanta maldade e preconceito.
É a opinião do articulista. E se fosse somente para brancos ou para outra minoria. Cairiam matando!
Foi somente para brancos durante séculos.
Em meu 1º emprego(1968), uma moça foi procurar emprego. E a gerente disse que não precisava.Ao sair, disse para a subgerente:Idelma, precisa!, ela é bonita, elegante bem vestida,Mas, é negra.Dias depois, pegou :branca que vivia com coriza, alergia a chocolate(?) Anos mais tarde,1972, fui procurar emprego numa Loja(que ainda existe!) Estava vestida humildemente. E a recrutadora(Rua Cons. Crispiniano), disse: volte quando estiver melhor trajada...Pobre é humilhado,imagino o negro!
Infelizmente redução de custos, simples assim.
Se a empresa desconfia do julgamento de seus recrutadores, que tenderiam a preterir candidatos negros mesmo sendo evidentemente melhores, esse é um caminho. O ideal entretanto seria selecionar melhor os recrutadores.
Não me parece discriminação de maneira nenhuma. Quando, no passado, as empresas faziam recrutamento e seleção, lia-se nas entrelinhas que negros não seriam bem vindos para determinados casos. Magazine LuÃza fazer uma seleção exclusiva para negros, para determinados cargos, reflete apenas uma mudança que de fato está acontecendo. Na TV, anúncios já trazem negros em quantidade nunca vista, também em editoriais de moda isso já acontece.
Concordo, Joel, trata-se de iniciativa importante. Ressalto que o Magazine, empresa de capital aberto, teve prejuÃzo no primeiro semestre deste ano (ao contrário de outras que obtiveram lucro, ainda que modesto), e essa decisão de abrir seleção para contratar exclusivamente negros com certeza advém desse fato: a empresa quer suplantar o prejuÃzo. Para crescer e se tornar lucrativa como empresa do varejo, ela tomou decisão que une sensibilidade e estratégia.
Cumprimentos, ao Joel pelo artigo, ao Magazine Luiza pela iniciativa.
Quando paro para ler os comentários fica ainda mais claro os motivos pelos quais ações como esta são importantes.
Meu caro José Eduardo, sou. Algum problema com a cor da minha pele?
Não, Carlos. O problema não é com a cor da sua pele, mas sim com o lugar de fala. Mas você nem deve saber o que é isso.
Unir os diferentes... Há outras maneiras de fazê-lo ao invés de racializar o problema. Como não se dão condições iguais a todos lá no começo, tenta-se resolver o problema na outra ponta usando o atalho. Cotas e as medidas dessas empresas só aumentam o ressentimento e só fazem a insularização entre raça e gênero - para citar os mais notáveis - crescerem. Arrisco-me a dizer que essas empresas adotam essa polÃtica muito mais por questões de marketing do que para promover igualdade de raça.
Quando uma empresa resolve contratar trainees usando o critério idade, não há insurgência. Ainda que as vagas pudessem ser bem ocupadas por pessoas de idade mais avançada. Quando uma empresa coloca no anúncio que é necessário "ter boa aparência", também, não há a menos resignação. Mas quando uma empresa resolve realizar ações de inclusão cujo critério é cor da pele, dando preferência aos claramente preteridos, pronto! Aà o povo começa a surtar! Impressionante.
Quando a esmagadora maioria dos cargos de liderança são ocupados por brancos numa sociedade de maioria negra e mestiça, o problema já está racializado. Brancos também devem se enxergar de maneira racializada.
Você é branco.
Se um processo seletivo for aberto a todas as raças e a seleção feita de forma justa e objetiva, sem discriminação racial, não existe problema se nem todas as raças estiverem representadas entre os contratados. O questão é o Magazine Luiza fazer recrutamento para apenas uma raça. Aberto o precedente, quem poderá impedir, por exemplo, que uma empresa coreana contrate apenas coreanos ou que um empresário branco racista aceite apenas brancos?
Sim, senhor Max. Mas dá para perceber que alguns homens não são sapiens também.
E quando multinacionais abrem filiais no paÃs, recebendo uma série de benefÃcios tributários e empregam a mão de obra local para o chão de fábrica, mas, os cargos de direção são ocupados somente por estrangeiros? Isso para não falar do lucro remetido para a matriz. Não é um precedente que já foi criado e com o qual ninguém nunca deu a mÃnima?
Você não entendeu. A empresa branca só contrata branco há 250 anos. Não vejo vc reclamar que na empresa X só tem brancos.
Suponhamos o anuncio: "O Magulu abre inscrições para Trainee na área de Administração. Interessados deverão procurar o RH no horário comercial. Esclarecemos que as vagas são apenas para brancos, de modo que orientais, negro e indÃgenas não serão aceitos". Esse anúncio seria obviamente ilegal porque a CF proibe discriminação racial. Pergunto: substituir a palavra "branco" por "negro" faria com que recrutamento discriminatório deixasse de ser ilegal?
Paulo César chegou de Marte hoje. Nunca soube da expressão ''boa aparência'' em anúncios de emprego!
Já é assim, mas escamoteado. Substituem a palavra branco por capaz para perpetuar a desigualdade, tentando apagar todos os privilégios que brancos têm em sua formação. Argumento fake, pelo que esconde. ;)
A discriminação é contra minoria e não maioria. Leia o dicionário antes de se manifestar.
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