Vera Iaconelli > Meninas aprendem a se deixarem abusar Voltar

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  1. Paloma Fonseca

    O mais doloroso, numa psicanálise acerca desse trauma, é reconhecer que "aconteceu comigo". Essa é a parte mais dolorosa: dizer pra mim mesma que algo tão aviltante ocorreu comigo. Depois vem a raiva: por que ele fez algo para seu bel-prazer e meu total mal-estar? Qual o sentido nisso? Dor, humilhação e intimidade violada são palavras que tentam dar conta da violência e terror experimentados, e mesmo assim elas me parecem inúteis para descrever o inenarrável.

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  2. Rodrigo De Souza

    Não há um erro nesse título da matéria? O segundo verbo fica no infinitivo.

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    1. João Gaspar Farias

      Flexionar é opção do autor.

    2. JOSÃ OLIVEIRA

      É isso mesmo. Há um crasso erro gramatical!

    3. Marina Gutierrez

      Rodrigo: há um erro e obrigada por aponta-lo.

    4. IZILDO CORR A LEITE

      Rodrigo, há, sim, um erro no título. O segundo verbo está no infinitivo, mas no infinitivo inadequado para esse caso, que é o infinitivo pessoal ("deixarem"). O correto seria o uso do infinitivo impessoal ("deixar").

    5. Júlio Pedrosa

      Está no infinitivo, mas flexionado; não precisa estar: Meninas aprendem a se deixar abusar. Ou, mais ao gosto dos gramáticos: ... a deixar-se abusar.

  3. JOSE RAMOS VIEIRA

    Essa fragilidade psicológica se aplica aos curandeiros , pastores , padres , pais , tios , irmãos ,amigos da família , esposas e companheiras que suportam abusos psicológicos e físicos e maridos e companheiros manipulados por esposas e companheiras . Depois de alguns anos os abusos que estão no subconsciente afloram levando à depressão e/ou outros estados mentais de infelicidade . O homem /mulher não evoluíram , principalmente no extinto sexual e na violência . Freud explica mas não resolve !

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  4. Chang Up Jung

    Os casos de João de Deus têm direta relação com as incertezas sobre a existência de Deus. As pessoas atraídas pela fama do JD sofreram, bem ou mal, do sonambulismo religioso. A lição que fica é: os pais que não tiverem certeza da existência de Deus não devem transmitir essa fragilidade psicológica e filosófica aos filhos que de seus pensamentos e posturas dependem a aprendem.

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    1. Marina Gutierrez

      Eu acredito que transmitir ao filhos a incerteza da existência de um deus não causa fragilidade psicológica e filosófica.Conheço filhos de casais ateítas e são pessoas normais, sem fragilidade nenhuma, muito ao contrário.

    2. Everson Ferreira Martins

      Caro Manoel, você resumiu e acertou em cheio.

    3. manoel Albuquerque

      É exatamente o contrário meu caro. Se Deus não existe, João não é de Deus e portanto não tem poder sobrenatural e por consequência as vítimas não precisam se sujeitar aos abusos. Não crer em Deus é não dar "poder" aos que dizem falar em nome Dele. E por isso o ateísmo é tão combatido e temido.

  5. Bruno Andreoni

    A maioria das pessoas nascidas, digamos, a partir de 1980 valoriza a mulher inteligente e capaz. O artigo dá a entender que esse ponto de vista é muito minoritário na sociedade. Não é.

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    1. Rosane Aubin

      Gostaria de viver neste mundo imaginário em que vc vive, Bruno.

  6. Rodrigo Monteiro Mamede Vaz

    A irremediabilidade da contingência... Quem nunca buscou uma forma qualquer para se proteger dela? As mulheres chegam no limite da fragilidade às mãos de um predador porque acreditaram em seu pretensioso “poder”, porque contra a contingência busca-se qualquer coisa. O fato mais simples da vida - podemos morrer a qualquer momento e nada poderá nos proteger -, nos enlouquece a conta-gotas. E quando nossa fé não nos salva, escamoteamos o óbvio “silêncio das estrelas” com algum “desígnio” oculto...

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  7. edilson borges

    será que já houve algum que se disse médium que não era mal intencionado, que apenas ouvia vozes e acreditava em magia, mas fazia o bem?

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  8. Flávia Masetti de Oliva

    Na leitura a compreensão de muitas falas que me eram sem entendimento. Inda ontem escutei uma colega de trabalho questionando as mulheres que demoram anos para delatar um estrupador. A fala era recheada de preconceito, dizendo que aquelas mulheres, na realidade eram erradas, porque se não denunciaram no momento do estrupo era porque, de alguma forma sentiram prazer naquilo. A conversa me fez muito mal e nem pude argumentar. Percebi que seria inútil.

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    1. Marina Gutierrez

      Flávia: essa sua colega deu sua opinião porque na verdade não deve saber nada sobre o trauma que involve as vítimas e as razões porque não denunciam na hora a violência sofrida, talvez ainda há tempo de educar a colega sobre o assunto, mas como você afirmou, talvez seria inútil.

    2. Enoque Sabino

      Não se cale jamais. Outro dia minha cunhada fez a mesma objeção, não me contive, sou leitor dos dois volumes O segundo sexo da Simone, tentei expor as mesmas explicações da Vera (claro que sem o requinte que ela escreveu), percebi o preconceito em não querer buscar conhecer a própria condição social que a mulher está submetida.

    3. Werner Mitteregger

      Pois elabore e argumente, cara Flávia. É por essas e outras que pessoas como sua colega continuam espalhando esse raciocínio absurdo para quem quiser ouvir. Vai lá, tenha coragem que vc será apoiada por muitos, tenha essa certeza! Boa sorte!

  9. ELENY Corina Heller

    Perfeito, Vera, mais uma vez. A expressão que você nos dá: "Deixar-se capturar pelo desejo do outro" é um universo em si. Obrigada!

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