Jorge Abrahão > Os 60 dias que desenharão nosso futuro começam hoje Voltar
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O problema não está nos candidatos mas no eleitor, que não se envolve o suficiente, não busca informações e se deixa levar facilmente por ondas e manipulações de toda ordem. Isso se aplica a qualquer classe social. Como se explica eleger um incapaz, incompetente, chucro, grosseiro, obscurantista, ignorante, de quem eram notoriamente conhecidas todas as suas posições e atitudes anacrônicas e indefensáveis, além da evidente falta de senso coletivo?
O debate é importante para que o eleitor conheça as reais capacidades, o caráter, as noções de polÃticas públicas do candidato, mas não é por meio dele que vamos conhecer o seu programa de governo. Assim como nós EUA, onde 87% dos eleitores não pretendem mudar o voto em razão dos debates, por aqui também não é diferente , ao contrário, o debate pode revelar apenas uma maior capacidade midiática do candidato, o que nada tem a ver com melhores projetos ou capacidade de governar.
Sim, porém a diferença nas intenções de voto nos EUA é de apenas 8% - de acordo com as mais recentes pesquisas, e caso o Trump consiga conquistar os 13% de indecisos, ele levará a eleição.
Jorge Abrahão aponta com lucidez o único caminho para sairmos do atoleiro em que estamos metidos: exigir o debate dos candidatos em torno dos problemas que temos que resolver. A escolha dos candidatos por parte do eleitor pressupõe o princÃpio básico da democracia representativa: nós entregamos a eles o poder para decidir politicamente. Votaremos em quem se recusa a debater? O que pensam os candidatos sobre as soluções para a educação, a saúde, o transporte público, a habitação popular?
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