Há espaços em que outros critérios são tão ou mais relevantes. Um instituto de ponta (cito aqui o IMPA na área da Matemática no RJ) que busca a excelência em sua área de atuação possivelmente teria algo a perder se nos critérios de seleção de seus pesquisadores houvesse alguma cota imposta para esta ou aquela identidade. Porém, como disse, isto não impede que haja um estímulo cultural massivo para que + mulheres se sintam à vontade para tornar este campo das ciências menos masculino.

Eventual cota feminina para premiações que recompensassem a criatividade e alguma descoberta genial, a exemplo do Nobel, aí é que seria contra mesmo, pois isto desconfiguraria a natureza da premiação, que, deixaria de pautar-se pelos critérios já mencionados (criatividade, genialidade etc.) para se pautar por critérios de igualdade de gênero. E, convenhamos, diferentemente do que alguns identitários pensam, a igualdade imposta não pode ser o principal critério em todos fenômenos humanos.

Neste caso, o componente cultural é bastante forte, não havendo no meu entender um processo intencional de excluir a mulher do campo das exatas, especialmente nos dias atuais. Nesse sentido, até penso que seria providencial a adoção de incentivos culturais, através de palestras e uma divulgação massiva do trabalho feminino, mostrando que exatas também são lugar de mulher. Discordaria, no entanto, de eventual medida que impusesse uma cota feminina nas ciências onde sua presença é baixa

A história de Rosalind está mal contada. Ela mudou o foco de sua pesquisa e morreu bem antes 1962 quando o prêmio Nobel foi dado. Sem dúvida Crick e Watson chupinharam do trabalho dela. Basta ler o livro de Watson.

Mérito da astrofísica americana Andrea Ghez, pois, se Alfred Nobel estivesse vivo, assinava embaixo.

E agora FOLHA, oque dizer, as mulheres não gostam ou tem sucesso na área de exatas, culpar a quem ? Inventem alguma coisa, culpem alguém, inventem um slogan ou lacração qualquer, a realidade desagrada os identitários esquerdistas !