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• Uma sociedade de liberais e modernos

1. ALEXANDRE HENNE

   7.out.2020 às 16h51

   As duas principais preces do cristianismo, até os dias atuais, o "Pai Nosso" e a "Ave Maria" só dizem "nós", não falam "eu": Pai nosso que estais no céu, [...] Venha a nós o vosso Reino, [...] O pão nosso de cada dia nos dai hoje, Perdoai-nos as nossas ofensas Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido E não nos deixeis cair em tentação. Mas livrai-nos do mal. Ave Maria, cheia de graça [...] Rogai por nós, pecadores, Agora e na hora de nossa morte

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   1. MARCOS BENASSI

      7.out.2020 às 18h07

      Talvez, justamente, por serem primevas, mantenham esse teor menos individual, não? Não sei como fariam se tivessem sido redigidas originalmente pelo Edir Macedo...

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2. MARCOS BENASSI

   7.out.2020 às 4h44

   Caro Serge, lindo texto, esse seu. A língua conforma o pensamento, e é a expressão de como esse pensamento está constituído, junto com outros componentes sociais. Quando você indica que ela expressa uma certa percepção de empreendedorismo, complemento dizendo que há também algo de muito retrógrado, chamado coronelismo, expresso nesse "ballyhoo" do restaurante. É a expressão do dono do poder local, pergunte aí na Paraíba, não só do poder econômico mas de um poder familiar, de sangue. [Cont.]

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   1. MARCOS BENASSI

      7.out.2020 às 4h53

      [cont.] E, curiosamente, quando o Paraibano ou Pernambucano vem a São Paulo, falando seu português rico, de maravilhoso sotaque, com expressões linguísticas peculiares, carrega um certo desvalor. O Nordeste, empobrecido economicamente, que durante o século 20 providenciou para o Sudeste uma enorme quantidade de trabalhadores desqualificados, marca seus filhos com sua linguagem, que aqui é recebida com desdém, ainda que riquíssima. Seu texto, muito sutil, ilumina o poder embutido no dizer. Grato!

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