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Fernanda Ribeiro
Pretos como a militante colunista são menos de 10% da populaçäo brasileira.
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Vera Queiroz
Denunciar racismo no Brasil sempre foi tarefa urgente, mas nesse momento político, especialmente, tornou-se demanda pela vida, pelo direito de viver, num sistema opressivo que se estende por séculos. Djamila pontua a questão racial como parâmetro que deve nortear o voto consciente dos que, há séculos, continuam sendo pretos, ou seja, estão fora dos espaços de poder, não decidem políticas públicas. Essa parece ser também a tarefa urgente dessa geração hoje: ocupar os espaços, intervir para mudar.
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Chang Up Jung
Continuo lendo a colunista em razão do interesse que seu artigo anterior despertou. Embora eu não possa compreender tudo o que ela disse na coluna de hoje, ela tem mais um leitor em mim para seus escritos futuros e dentro do mesmo tema social. É o mínimo que posso fazer para tentar entender as dificuldades que a negritude fala. Neste momento, lembro dos atletas negros que buscam competir onde seus atributos físicos falam mais alto.
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José Cardoso
Marx, Engels, Lassale, Bakunin ou Lenin eram homens de sua época, talvez racistas ou pelo menos davam pouca ênfase à questão racial. A revolução Haitiana por exemplo, onde os 99% da classe trabalhadora derrotaram a elite dos 1% de proprietários de terra merece quando muito umas notas de pé de página de Marx. A esquerda se empolga ao ler esse pessoal datado e não vê o que está na cara num país como o nosso.
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José Oliveira
Será que é a mesma Revolução Haitiana em que a senzala depois de vitoriosa vestiu o manto da casa-grande e depois foi enviado de volta a ela?
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Cloves Oliveira
Todos, não apenas os negros, seguem sobrevivendo num país que nunca deixou de ser colônia. Reclamar contra o racismo é a mesma coisa que reclamar do tempo; ajuda o ego, mas não resolve o problema. A discriminação baseada em qualquer coisa é crime no Brasil. Ninguém sai pelas ruas reclamando sobre as várias modalidades de crime. As pessoas acionam a justiça, adotam medidas de prevenção e buscam meios de se proteger. Por que agir diferente contra o crime de discriminação? Por sobrevivência?
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Vera Queiroz
Com todo esse background de pessoas negras na família, devia ter feito o dever de casa de quem vive num dos países mais atrasados quanto à garantia dos direitos básicos de populações pobres, negras, quilombolas etc, e me chamar de patricinha é só o menor dos seus erros. Você precisa tomar tento, e por mãos e cérebro pra trabalhar, na e pela causa.
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Cloves Oliveira
Vera, minha mãe era descendente de escravos e apesar de ter nascido branco, herdei dela o cabelo crespo. Portanto não preciso de lição de moral de uma patricinha de ocasião para me ensinar o que é racismo, pois isso eu aprendi na prática e lutei contra a vida inteira. Só que diferente de você nunca deixei que isso atrapalhasse os meus anelos. Em vez de me fazer de vítima e passar por coitadinho decidi assumir minha identidade para provar o meu valor. O sonho não reside na vitimização.
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Vera Queiroz
Reclamar do racismo não é a mesma coisa que reclamar do tempo, Cloves, leia melhor! Djamila está denunciando uma situação de opressão e discriminação que se estende por séculos, e não precisa você dizer uma bobagem dessa quando talvez os filhos e os netos dela, e os nossos, ainda precisem por muitos anos fazer o mesmo tipo de demanda e de denúncia, jamais escutada como precisa ser, num país colonizado, injusto e atrasado como o Brasil.
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Wil Prado
Mais um brilhante texto de Djamila. Consciência negra não tem partido, concordo. Contudo, acho que no fim das contas a esquerda é menos preconceituosa. Brizola como governador do Rio nomeou Secretário Abadias Nascimento, um grande intelectual negro. Lula indicou Joaquim Barbosa para o STF. Os homens não devem ser distinguidos pelo invólucro, e sim pelo conteúdo. E assim deveria caminha a humanidade...
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José Oliveira
legal: "pois entre esquerda e direita, seguem sobrevivendo num país que segue como uma colônia." entretanto não devemos nos esquecer, uma colônia de novo tipo, ou quase novo. aqui, como aconteceu com o nosso grande irmão do norte, os EUA, a colonização se dá sobretudo internamente e não é só os brancos que exploram os negros e os índios. ou não? o novo tipo exibe uma complexidade inaudita e inédita, não brancos também colonizam os não brancos e brancos e um detalhe, fora da casa-grande...
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Sergio Caldas
Este governo possui alguns negros que se prestam ao papel de algozes de negros. Não chegam sequer a ser carneirinhos indo candidamente ao matadouro. Assumem de peito aberto uma atitude fascista. É impossível não associar esse pesadelo à extrema direita que tomou o poder de assalto no Brasil. Ser de esquerda para os negros deveria ser questão indiscutível e urgente. O resto é balela, conversa para vou dormir.
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