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Se eu fosse empregador,jamais contrataria alguém que mente num currÃculo.Ao mentir no C V ,deve mentir na atuação pela empresa.Se bem que,em 1972,preenchi ficha para trabalhar num hospital(escriturária):escolaridade,não tive dúvida, escrevi colegial.(À época não tinha nem o ginásio!)A recrutadora disse: colegial com J?Respondi de bate pronto: meu g é semelhante ao J!Trabalhei na experiência,quando o Pessoal me chamou para registrar: agradeci e não quis! Continuei desempregada.Nunca mais menti.
Não é diferente com o economista. Costuma embelezar a macroeconomia selvagem da qual participou ao lado de Palocci com microeconomia cosmética. A tributação de lucros e dividendos de sócios seria bitributação segundo Lisboa. Dados disponÃveis refutam a bitributação segundo a Receita Federal e mostram que existe uma 'dupla não tributação do lucro'. O lucro lÃquido é menor que o tributado.Foram R$ 5 trilhões entre 2009/2019. RACHADINHA de sócios sem pagar IR. Embelezamento fiscal!
Ao que tudo indica, a falsificação curricular é pré-requisito para ser indicado por ele governo.
Entendo que Marcos Lisboa presta um relevante serviço ao lançar luz sobre a mistificação a que é submetida a titulação acadêmica neste paÃs de analfabetos funcionais - em que as melhores ideias e práticas tendem a cair no vórtice da vulgaridade e do oportunismo. O melhor ministro do STF nos últimos 50 anos não tem titulação de pós-graduação - somente uma vasta produção cientÃfico-doutrinal no campo do Direito.
Por que não se inverte a ordem das coisas: primeiro se afere as realizações e inovações que o trabalho produziu, passados alguns anos, consolidado o efetivo proveito do trabalho se deferirá o titulo de doutor....
Correto: "notório saber"
Isto já existe sob o nome de "saber notório".
Aproveitando a menção à ligação do Freeman Dyson com o IAS, consultei a lista de professores (eméritos ou não) daquela instituição. Não encontrei o nome do senador José Serra, ao contrário do que consta na biografia de sua página na internet. Um lapso a ser corrigido pela instituição...
"o que vale é a produção intelectual". Última atualização de Marcos Lisboa em seu currÃculo Lattes foi em outubro de 2017. E a produção intelectual, cadê?
Ótimo artigo. O posdoc é uma espécie de estágio. Não leva a tÃtulo algum. O mais interessante aqui é o fascÃnio de Dyson pela compreensão dos problemas, natureza e ciências. Um agregador, sem dúvidas. É dele essa frase? “”Em uma sociedade sem justiça social e com uma ideologia de livre mercado, armas, ganância e prisões certamente vencerão.””
É de muita estreiteza intelectual dizer q o pós-doutorado é uma pinguela. Muitos doutores jovens, mesmo já contratados, optam por fazer um pós-doutorado. No pós-doutorado, eles tem a oportunidade de fazer um projeto de alto nÃvel, em um centro de pesquisas avançado, aproveitando-se da experiência de outros pesquisadores. É comum q no seu retorno esses profissionais tragam novos conhecimentos e linhas de pesquisa para seus paÃses. Mas o presidente do Insper desdenha dessa experiência.
Dyson é uma exceção, reservada aos gênios. Um doutorado é uma formação exigente. Implica em obter conhecimentos e maturidade relevantes, e passar por avaliações rigorosas. Lisboa fala em produção intelectual, mas não consegue pensar fora da caixa: nem todos os doutores permanecerão na Academia, muitos irão para outros setores onde o conceito acadêmico de produção intelectual não faz sentido. Mas nem por isso um doutorado deixa de ser relevante para a performance do profissional.
Concordo com o seu último comentário Ricardo, mas perceba que ele não se contrapõe ao meu argumento, e também não reforça o seu.
Vitor, discordo do seu comentário. A razão do artigo é a falsificação de CV de candidatos a ministros e juÃzes do Supremo, q na maioria dos casos não estão na Academia, nem precisariam estar.
Freeman Dyson*
Com todo o respeito, penso que sua interpretação do artigo está equivocada. O articulista apenas disse que, na seara acadêmica, um doutorado é apenas um bom indÃcio, sendo o mais importante a produção intelectual do doutor. Feynman personifica esse argumento, ao se tornar academicamente relevante pelo que produziu, não pelo seu tÃtulo. O artigo não aborda o mercado profissional fora das universidades, e também não desmerece a qualidade técnica dos doutores em trabalhos externos.
Isto vem de longe. Por que todo delegado de polÃcia é doutor.? Consta nas placas das escrivaninhas nas delegacias.
A crise é cultural, que impõe o transplante da titulação acadêmica para áreas a que não pode servir. A titulação cada vez mais atesta o dominÃo de 'muito conhecimento sobre cada vez menos', e seu mérito é antes o de atestar proficiência em pesquisa - e não a capacidade cientÃfica ou cognitiva em relação ao um assunto. O serviço público, no Judiciário e no Legislativo usa mais esse recurso para criar penduricalhos, chegando ao ponto de desprezar a correlação entre tÃtulos e área de atuação.
É o bacharelismo oitocentista em seu paroxismo 'pós-moderno' (na verdade, jeca). Certa vez li um relatório sobre recursos humanos no Legislativo federal que dava conta de um exemplo inacreditável; um sujeito com doutorado em metalurgia no exterior, em universidade de primeira linha, que exercia função de redação de discursos parlamentares (acesso por concurso). Percebia adicional remuneratório pela titulação, uma forma estupefaciente de agravar o desperdÃcio de talento e de investimento público.
Enganam a si mesmos. Mentir sobre a trajetória académica é como mentir sobre o conhecimento de idiomas. Quando alguém refere-se ao pós doutoramento como um tÃtulo, é possÃvel que nem mestrado tenha. É possÃvel reconhecer um doutor com alguns minutos de conversa sobre ciência. Fascistas são o que são, desqualificam o que não conseguem ser, e revelam seu recalque nas mentiras.
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