O comentador é frequentador assíduo nos debates neste e em outros espaços da Folha. Como no comentário da coluna de hoje, manipula versões sem o menor acanhamento.

Caro Cloves, por essas você pediu, o argumento foi meio infame...

Cara, você não consegue nem estar errado tamanha a es.tu.pi.dez do que vc escreveu. A colunista não está falando de esquerda ou direita, e, sim, de tortura! O meu verdadeiro pânico é que há milhões iguais a vc e que vão votar na próxima eleição. E dizem que Deus é brasileiro. Talvez seja mesmo.

Você atribui aos outros uma qualidade que é sua: a ignorância. É uma estratégia típica de nazi-fascistóides...você exibe com arrogância a sua ignorância da história política brasileira e repete esse chavão da época da guerra fria de ameaça comunista...e defende com cinismo um torturador covarde e pusilânime como esse Ustra...defende a tortura de Estado. Precisamos dar nomes aos bois: você é um fascitóide à moda brasileira, desses que exibem sua ignorância nas redes sociais!

Entendi. Se eu tenho culpa em cartório, não posso almejar ser preso depois de julgado e condenado por um juiz natural. O correto, justo e merecedor é receber nos porões do Exército a tratamento indigno e desrespeitoso por seus valerosos operadores. E também não posso sequer estranhar essa visão de mundo, pois isso demonstra impressionante ignorância e desrespeito em relação aos militares. No seu dicionário tem a palavra estupidez, Cloves? E boçal, tem?

Acho que a ignorância está entre aqueles que acreditam que houve uma tentativa de implantação do comunismo no Brasil. Isso foi apenas a justificativa para a mão pesada contra aqueles que se opunham ao regime ditatorial que se instalava. Felizmente, documentos que comprovam essa farsa já vieram à luz e indicam que as organizações de esquerda se organizaram melhor para reagir aos ataques do governo ditatorial, e não ao contrário. E nacionalismo e antiglobalismo não definem ser de esquerda.

Pois é, a desumanização extrapola os porões, caro Ruy, e excede a fronteira do mero corporativismo. Aquelas pessoas - e nós, seus "descendentes ideológicos" - também não somos pessoas, somos "comunas", infectos, sub-humanos. Basta ver como os Bozofrênicos tratam, aqui mesmo, aqueles que são incluídos nas categorias "comunistas", "esquerdistas", "petralhas" etc.: nem milicos nem Bozólatras coram enquanto desejam seus desprezo, morbidez, ameaças.

Pois é, Marcos. Doloroso é ver no governo adoradores de bestas como Ustra. Pimpões, gordachos, luzidios, ousados e arrogantes, e rindo de nós e de nosso medo à luz do dia. Governo de covardes que se escondem atrás de armas e vocabulário curto e tosco como sua visão de mundo. Pena, isso vai demorar a passar.

[cont.] ... de todos, ainda que sem punição. Determinar quem fez o quê, sob quais ordens, advindas de onde, é o básico quando se fala em justiça. Sim, a anistia negociada preserva os dois lados de encarceramentos e outras punições, mas não apaga aquilo que foi feito com as pessoas. Os executores e mandatários, especialmente os últimos, não deveriam ficar anônimos. O escrutínio público é desinfetante fundamental na educação para do comportamento democrático e em sua manutenção.

Caro Jaques, sua afirmação é verdadeira, mas falta uma dimensão. No ato de confinamento e tortura, está contida a desumanização da vítima, em que lhe são retirados atributos humanos de igualdade que, em princípio, impediriam a tortura. Um igual não pode sofrer o que sofriam as vítimas; contudo, um "comunista" não é um igual, é algo de menos, é o inimigo. Uma "terrorista", mesmo que não tenha feito nada, pode ser exposta à degradação vil de ser exposta seviciada e nua a seus filhos, desumanizada.