Conheci o rei num jantar na sede do Bid em Washington. Ele foi o convidado de honra e deixou todos os convivas encantados. Na saída, todos achávamos que éramos seu melhor amigo. Pedi um autógrafo para meus filhos e ele, humilde pediu seus nomes e deu dois.

Por que esse mesmo homem que andou com tanta gentileza com a filha de outros não agiu assim com a própria filha?

Não se fale coisa alguma do homem. Mortal, falível e imperfeito, com mais pecados que virtudes na vida pessoal; igualmente a cada um de nós. Fale-se do maior de todos os tempos, absoluto e insuperável, exclusivamente nos gramados e com a bola. Falarei do Rei dos reis, porém, SEM A BOLA. São Paulo X Santos. Morumbi. Vitória do tricolor por 3 a 2. Toninho Guerreiro faz o gol vitorioso. Uma pintura de bicicleta! Pelé, no círculo central, aplaude o camisa 9 tricolor. Um Rei à vera. Isso é Pelé!

(1) O que disse o próprio craque holandês Johan Cruyf: "Posso ser um novo Di Stéfano, mas não posso ser um novo Pelé. Ele é o único que ultrapassa os limites da lógica. " (2) De mim, um poemeto para o Rei: O dia de celebrar os 80 de Pelé há de servir para resgatar o que ele representou em altivez e vitória, ideais que então se irradiavam e quem dera se encaixassem no Brasil de agora.

Parabéns pelo texto, PVC. Sua memória fica em evidência e mostra-nos, a nós seus leitores, que não é feita só de números (estatísticas, dribles, jogadas), mas de belas memórias afetivas. Fico feliz em ser seu leitor. Abraço do Beto

Realeza? Tremo de indignidade considerar isso por um homem que renegou paternidade. Reis são os milhões de pais anônimos que não medem esforços para assumirem todos os seus filhos.

PVC quando escreve é muito bom e está comentando muito bem também. Lembro quando o Trajano ficava bravo com o excesso de estatística de po r ra nenhuma, que PVC falava. Parabéns