Estudo da Unicamp mostra que 50% de todo imposto do Brasil vem do consumo, nos EUA é 17%. Nos Estados Unidos, 49% do que é arrecadado vem da tributação da renda, no Brasil cai para 18%. Ou seja, o imposto sobre consumo no Brasil aumenta a pobreza, simples assim. Falar sobre subsidio a livros, em um país que consome tão poucos livros, é irrelevante e hipócrita.

Qualquer incentivo concedido tem potencial de tornar-se um monstro impossível de ser retirado. Vejam os incentivos à exportação de produtos agrícolas pela indústria (soja processada, p. ex.). Apesar dos recordes de safra soja, produtividade e preço, o incentivo não é retirado. Quem aproveita? Os chineses, grandes produtores rurais e indústrias moedoras. Quem paga? Isso não importa, não é? kkk

Surpreendente! O suposto economista, embora tenha participado da equipe do delinquente Palocci, não menciona o fato ululante de que existia, desde 1999, um 'Orçamento de Gasto Tributário'' - nome técnico que se dá àquilo que Lisboa chama de 'renúncia fiscal' -, do qual não se deu conta enquanto secretário de política econômica do alcagueta do PT. Lisboa não fustigou as 'renúncias' quando se encontrava em condições de fazê-lo; eliminá-las ou reduzi-las. O uso do cachimbo faz a boca torta.

A isenção tributária mais inepta e desonesta no Brasil é a Lei Kandir. Precisamos tributar fortemente as exportações de commodities agrícolas e minerais não só para o equilíbrio fiscal dos estados agrícolas, mas principalmente pela redução de efeito de doença holandesa que tira nosso câmbio do nível de competitividade econômica internacional e desindustrializa o país.

Que os grupos proponham jabutis é compreensível. Mas que a maioria dos deputados os aprove mostra como nossos legisladores são fracos e nosso sistema é disfuncional.. É difícil conseguir milhares de votos, e aprovar uma isenção não deixa de ser um modo de comprar votos de algum nicho. Você vota pelo meu subsídio que eu voto pelo seu.

o que é que os livros têm a ver com boa parte dessa picaretagem? livros gozam de imunidade tributária, ou seja, prevista em CF, e isso existe para estimular a educação, que se baseia em livros. se o articulista acha isso 'interesses menores', fica dificil argumentar. o que ele faz é apoiar uma medida absurda de paulo guedes, que não se preocupa, por exemplo, em taxar os jet skis.

Excelente artigo de um grande e lúcido economista, como dizia o papa Roberto Campos: "Subdesenvolvimento não se improvisa, é obra de séculos". Complemento que no Brasil depois da constituição de 1988 isso foi acelerado em fast foward.