Rodrigo Zeidan > Reabrem as escolas públicas Voltar
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Não podemos nos apoiar em estudos de paÃses europeus ou EUA, onde o transporte público não é o principal meio de aceso à escola. E não há testagem por aqui, nem federal, nem estadual, nem municipal. Não vamos detectar casos em escolas públicas. Estão sim colocando em risco a vida de professores e profissionais da educação e de toda a comunidade escolar. Que se exija testagem. Isso vocês articulistas não fazem. Imagino porque seus filhos são testados pela rede particular se for necessário.
De um modo geral me identifico com o texto do colunista, mas no caso da desse artigo não. Europa e Brasil tem realidades muito distintas, a começar pelo negacionista terraplanista que governa o Bras. Fora isso tem o calendário escolar que na Europa está começando mais um ano e no Brasil estamos as vésperas do fim do ano letivo. Não seria mais adequado se organizar pra recuperar essa perda (não desmereço tal perda embora considere a Pandemia uma possibilidade também de rico aprendizado). Cont.
Digo... não seria mais adequado se organizar pra recuperar essa perda ao longo do ano que vem, se preparando tanto pedagogicamente quanto em termos sanitários pra tal desafio ?(reconheço que não é uma tarefa simples mas a Pandemia não pediu autorização pra vim e nem deu tempo pra gente se preparar).
Falo rico aprendizado em termos emocionais, de valores humanos, de solidariedade e noção de bem comum e vida coletiva...e não em termos de darwinismo social de fundo eugênico que sugere que o destino de todo mundo é morrer e daÃ, a vida é risco, sobrevive os mais fortes (os supostos atletas) e outras aberrações anti humanistas e anti pacto civilizatório.
Ademais, e aqui o mais importante, o quadro geral do ensino público entre AL e Europa é incomparável. No Brasil em regra (RJ em particular) a escola pública se encontra vilipendiada, com salas lotadas de alunos, sem condições adequadas de aprendizado e cuidado em tempos normais imagine em tempos de Pandemia em que certos protocolos sanitários precisam ser seguidos à risca! Basta conhecer essa realidade pra concluir que vai dar mer... a volta às aulas! Ps. Tenho 30 anos de escola pública.
Li em reportagem do El PaÃs que na Espanha chegou-se à conclusão que o que estaria levando à segunda onda seria exatamente a volta à s aulas: tanto do público infantil quanto de universitários. Neste ponto, os números espanhois parecem contradizer os estudos citados pelo colunista. Mesmo assim, o problema permanece. E, em famÃlias de menores renda, pior, pois os pais, além de coabitar em espaços menores com as crianças, precisam trabalhar.
Deveria haver, então, soluções alternativas para não penalizar as crianças menores: usar a estrutura privada para oferecer a elas as aulas que não estão mais tendo em troca de subsÃdios governamentais ou isenções tributárias para as instituições privadas (onde acessÃveis), uso de TVs públicas com conteúdo escolar padronizado e tantas outras que seriam viáveis caso houvesse aptidão e vontade polÃtica.
Defender a abertura das escolas públicas apenas sob risco zero de contaminação não faz o menor sentido. O risco é inerente à vida.
DifÃcil comparar escola pública do Brasil com as da Europa. Aqui são 30 a 40 alunos apertados nas salas, onde nessa condição a disciplina é difÃcil. Quer reabrir escolas públicas, precisamos repensar o ensino, menos alunos por sala, mais professores, mais conforto nas salas (geralmente quentes demais - como forçar esses jovens a usar máscara). Espalhariam o vÃrus para regiões pobres já sofrÃveis. Quer reabrir, temos que adotar nÃvel Europa de escolas.
Isso sem falar na estrutura adjacente: transporte até a escola, condições de higiene etc.
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