Demétrio Magnoli > Governo francês capitula na batalha pela alma dos seus cidadãos muçulmanos Voltar
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É simples: os muçulmanos que não aceitarem viver sob as leis da França, que saiam dela. É tão simples. Há 50 paÃses muçulmanos no mundo, logo eles podem ir morar em qualquer um destes paÃses.
O problema é que o problema não é simples. kkk São milhares de muçulmanos que vivem na França e região há séculos, constituem grupo legÃtimo de nacionais e estrangeiros, que defendem e reprovam o governo e esse islamismo. As coisas não são de fácil delimitação.
Os jihadistas islâmicos prometem, para quem abater um infiel blasfemador, 72 virgens e um rio de mel, no ParaÃso. Já os jihadistas do pseudo-laicismo ateu franco-teofóbico prometem para seus caÃdos uma cerimônia fúnebre cheia de honrarias, com direito a tÃtulos póstumos de herói libertário. Cada jihadista com suas promessas. E la nave vá...
Prezado Adler, você tem razão quando diz que um bom dicionário indica o registro de lÃngua : français standard, soutenu, colloquial, populaire, argotique, etc. O que acho curioso é que, de todos os -ismes que a lÃngua contém, apenas "islamisme" sofreu esse "glissement sémantique" que, da designação de uma crença religiosa, passou a significar uma visão extremista e radical dessa mesma religião. É isso.
Se você não vivesse na sua bolha de português saberia que « islamism » em inglês, « islamismo » em espanhol » e islamismus em alemã passaram a designar movimentos polÃticos. Deixaram de ser sinônimo de Islã. Passou-se a usar unicamente Islã para designar a religião por própria influência da lÃngua árabe. Os árabes chamam sua religião de Islã. A pergunta seria : por que, em português, não adotamos o Islã como maneira única de designar a religião, seguindo o próprio uso dos muçulmanos?
Se você não vivesse na sua bolha de português saberia que « islamism » em inglês, « islamismo » em espanhol » e islamismus em alemã passaram a designar movimentos polÃticos. Deixaram de ser sinônimo de Islã. Passou-se a usar unicamente Islam para designar a religião por própria influência da lÃngua árabe. Os árabes chamam sua religião de Islam. A pergunta seria : por que, em português, não adotamos o Islã como maneira mais adequada de designar a religião, seguindo o próprio uso dos muçulmanos?
Curioso mesmo. Por que será?...
Uma leitora mais abaixo disse o seguinte: "Se ofendeu, não compra o jornal, ou processa." Perfeito, quando se trata de um jornal. Mas o que faz um adolescente, dentro da sua própria escola pública, quando o professor escolhe uma imagem ofensiva à minoria da qual ele faz parte? Abandona ou processa a escola? É óbvio que o assassinato foi bárbaro e que a radicalização em mesquitas deve ser coibida; como também qualquer manipulação do sentimento religioso (inclusive no Brasil).
Tenta-se abrir uma sindicância e não se mata ninguém. A sindicância já tinha sido aberta contra o professor por um dos pais, o mesmo exaltado que iniciou a campanha virulenta na Internet contra o professor. Já se sabe que sua filha faltou a aula, isto é, não estava presente quando o professor abordou a questão da liberdade de expressão. Aliás, está sindicância está sendo feita post-morrem. Aparentemente, o professor era gentil e amado pelos alunos, inclusive pelos alunos muçulmanos.
Acho que é a primeira vez em que vou concordar com algo que Demétrio Magnoli escreve. Um agente do estado - o professor - a meu ver não poderia ter escolhido como ilustração uma imagem ofensiva para parte de seus alunos, sobretudo os membros de uma minoria. Fosse ela uma imagem ridicularizando religião, gays, judeus, etc. O estado não pode atacar gratuitamente parte de sua população. Um jornal, sim, pode publicar o que quiser, em termos de humor.
Posso ter entendido mal. Cada um o julgará. Há uma vÃtima decapitada. Eu explico que a aula fora respeitosa e que a polêmica começou com o pai de uma menina que não fora à aula. Testemunhas confirmam uma aula séria.. Então, você diz que o professor talvez tenha sido mesmo « vÃtima de atitudes equivocadas do povo e do governo francês ». Se não foi o professor o verdadeiro culpado, teria sido então o povo e o governo francês? É isso? Se for isso, não concordo. Penso que o culpado é o assassino.
Paro por aqui. Está colocando em minha boca palavras que eu não disse. "Depois diz que quem matou o professor foi o povo francês". Onde escrevi isso?
Eu não sei o que estamos discutido aqui. Você fala de dignidade e ataca um morto. Depois diz que quem matou o professor foi o povo francês.. Qual dignidade foi atacada? Minha dignidade não é violentada, enquanto Cristão, se fizerem uma paródia de Jesus sem me atacar na minha pessoa, na minha crença, nem na minha comunidade. Trata-se claramente de uma obra de sátira. O romance de Rushdie não merecia que ele ficasse parte da sua vida escondido. É difÃcil entender isso?
"A liberdade de expressão e o direito à dignidade são dois princÃpios que devem ser conciliados". Jacques Frémont, reitor da Universidade de Ottawa. Le Journal de Montréal, 20 de outubro de 2020. (Tentei colocar em francês, mas foi rejeitado pela Folha. Vi nas regras que os comentários devem ser em português.)
Sr. Costa, não entendi e não aceito sua agressão. Tenho liberdade de ter minhas opiniões sem ser ofendido por elas, não tenho? Ou a liberdade de expressão que o sr. defende só vale para quem defende suas ideias?
O senhor é que foi imoral justificando uma decapitação e tentando incriminar (pois o senhor o tentou) a vÃtima. Para sua informação, professores e alunos estão defendendo o professor, que era muito apreciado na escola.Quanto ao jornal, não há nada imoral em satirizar uma figura histórica e dizer claramente que não se está zombando de nenhuma comunidade. Imoral é matar, decapitar, explodir mães e pais de famÃlia.
O senhor é que foi imoral justificando uma decapitação e tentando incriminar (pois o senhor o tentou) a vÃtima. Para sua informação, professores e alunos estão defendendo o professor, que era muito apreciado na escola.Quanto ao jornal, não há nada imoral em satirizar uma figura histórica e dizer claramente que não se está zomba de nenhuma comunidade. Imoral é matar, decapitar, explodir mães e pais de famÃlia.
Ponto? Leis não são tudo. Há leis boas e leis más. Há leis falhas. Há coisas que não infringem leis e mesmo assim não são prudentes, bonitas ou morais.
Para mim, não há complexidade no assunto, senhor Cansado. Dizer que é complexo é um ato de renúncia ou má fé. Charlie Hebdo não infringiu nenhuma lei. Todos os processos nÃ¥o deram em nada porque o jornal sempre evitou qualquer discriminação contra uma comunidade ou minoria. Ele faz sátira, entre outras, de figuras históricas: Júlio César, Napoleão, Jesus, Ãtila, Maomé, De Gaulle, Marx ou Roosevelt. Isso não é ilegal em nenhuma grande democracia. O decapitador cometeu um crime. Ponto.
Caro Adller Sady Costa, obrigado pelos esclarecimentos. Talvez o professor, individualmente uma pessoa do bem (expressão infelizmente tão deturpada ultimamente no Brasil), tenha sido vÃtima de atitudes equivocadas do povo e governo francês, que parecem atribuir mais importância a uma liberdade de expressão exacerbada que desculpa ofensas a minorias do que à marginalização de parte da minoria islâmica na França. Sei bem que parte da própria minoria se marginaliza... o tema é complexo...
O professor, aparentemente, não atacou ninguém. Teria dado uma aula séria e respeitosa sobre liberdade de expressão, na qual, entre outros exemplos, teria abordado a questão das caricaturas, sem negar seu caráter polêmico e sendo cuidadoso com os alunos muçulmanos. Segundo os testemunhos divulgados nos jornais, era um professor atencioso, divertido, tolerante, aberto, gentil, amigo e amado pelos colegas e alunos.
Apesar de não designar mais, na sua acepção contemporânea, a religião muçulmana em sua totalidade, apesar de não ser mais sinônimo de « « Islam », o termo « islamisme » em francês é problemático, pois pode designar coisas tão distintas como Al-Qaida, o EI, a Irmandade Muçulmana, o Ennahda tunisiano e o próprio AKP de Erdogan. O caso do AKP é interessante. Os jornais franceses costumam defini-lo como parti islamiste modéré, o que mostra o caráter « radical », problemático e elástico do termo.
Quando Baudelaire afirma que tal mulher é uma liseuse, ele quer dizer que é uma leitora voraz (liseur/liseuse). No Petit Robert, tal definição é dada sem indicar o registro arcaico. Já o Petit Larousse indica que tal acepção é « vieillie « (envelhecida, arcaica). Hoje quando eu digo que tenho uma liseuse quero dizer que possuo um leitor eletrônico, um kindle. Num bom dicionário tem de constar a lÃngua do passado que vive nos livros, a lÃngua dos grandes mestres, e nossa lÃngua de hoje.
Senhor Herbert, «islamisme « não é mais sinônimo de Islã. Não necessito de dicionário para sabê-lo. O Petit Robert não indica registros de lÃngua (coloquial, chulo, arcaico, etc.). Vou jogar esse jogo tolo: o Petit Larousse indica registros e define « islamisme » como fundamentalismo polÃtico-religioso e dá a acepção de Islã como arcaica, não mais em uso. Por que manter uma definição arcaica num dicionário? Porque Voltaire, Rousseau, etc. são tão vivos quanto nós. Temos que saboreá-los.
Uma outra acepção, relacionando "islamisme" a um movimento polÃtico extremista. Peço desculpas aos leitores pelos erros de digitação. Estou no celular. O teclado, pequeno, aliado à minha inabilidade motora, produz esses erros.
O Nouveau Petit Robert dá a segunte definição de "islamisme": n. m. (s.m.) 1697.( quer dizer, o primeiro registro da palavra, em francês, data deste ano. "Religion musulmane". Após uma citação do poeta di século XiX, Gérard de Nerval, o lexicógrafo acrescenta: "Movimento polÃtico e religioso que prega a expansão ou o respeito ao Islã".A palavra, portanto, desiganaa uma determinada religião. É possiÃvel que, com os acontecimentos das últimas décadas, a pavra "islamisme: tenha ganho uma
A França está vivendo sua primeira Intifada. Pimenta nos olhos dos outros é refresco! Lembro o princÃpio outrora tão recomendado pelos franceses para os israelenses: Sempre capturar os supostos criminosos vivos! Jamais fazer "execução extra-judicial"! Bonne chance!
Que absurdo Macron proclamou ? Ele disse que o Islã é uma religião de paz e um elemento importante na sociedade francesa. Ele condenou o fundamentalismo polÃtico-religioso que massacra muçulmanos nós próprios paÃses de maioria muçulmana.
O colunista sucumbiu a um falso cognato. Ele falou de islamismo, ou seja, de religião muçulmana, ao passo que Macron usou «islamisme », isto é, fundamentalismo polÃtico-religioso.. « Islamisme », em francês, foi sinônimo de Islã no passado. Desde os ano 70, « islamisme » passou a designar o fundamentalismo polÃtico-religioso dentro do Islã. Bons dicionários de francês dão as duas acepções, mas indicam que a acepção de Islã é arcaica. Demétrio tem um péssimo ou um velho dicionário.
Análise perfeita. "Confundir" o jihadismo com a religião muçulmana é desprezar boa parte dos franceses que professam este credo. A França quer-se cristã, mas se esquece do seu passado de potência colonizadora e despótica naqueles paÃses de religião muçulmana. Agora não reclame
Macron esta usando essa tragédia para agradar a direita francesa e os que apoiam a racista Marine Le Pen, tudo isso visando se reeleger. Macron deveria agir como a Jacinda Ardern da Nova Zelandia quando houve o massacre de 51 muçulmanos que estavam rezando e foram mortos por um extremista cristão. Ela condenou o sujeito e outros extremistas mas não atacou a religião cristã e os cristãos.
Perfeito. Assino embaixo.
Demetrio, acredito que a analise nao seja tao simples quanto seu artigo. Existe a “vista grossa” das comunidades islamitas em relacao às jihadistas. Os motivos sao varios : colonizacao e abandono, cruzadas imemoriais, etc, etc. Porem trata-se de questoes mal resolvidas que vao alem de criticas simplistas. Alem do que pimenta no...nao arde. É muito complexo.
Macron é um imbecil. Vai levar muita gente à morte.
Aconteceu mais um atentado, dessa vez em Lyon. Um padre foi baleado na rua. Vai piorar muito a situação na França, antes de melhorar.
Wishful thinking! Se os muçulmanos repudiassem o terrorismo, as manifestações nos paÃses muçulmanos seriam contra o terrorismo, e não contra a França. Não pisoteariam Macron, mas o terrorista, e o pai que deu a senha pro ataque. Quanto ao "nossos cartuns" não significaria "nossa liberdade de expressão"? Por fim, o ataque não "mirou a escola"; mirou, sim!, a liberdade de expressão!!
Wishful thinking! Se os muçulmanos realmente repudiassem o terrorismo, as manifestações nos paÃses muçulmanos não seriam contra a França, mas contra o terrorismo!! Em vez pisotearem a foto de Macron, pisoteariam a foto do terrorista, e do pai que deu a senha pro ataque. Quanto aos "nossos cartuns", não significa "nossa liberdade de expressão"? Por fim, a decapitação de Samuel Paty não "mirou a escola": mirou a liberdade de expressão!!! Se liga na realidade...
É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar. Os europeus retalharam o norte da Ãfrica e a França elitista tratou como colônias cinco paises de maioria mulçumana. Discriminam até os franceses nascidos na Ãfrica, que são chamados de "pied noir".
Quem decapitou o professor foi um checheno. O que o colonialismo francês tem a ver com os chechenos? O número de mortos na França é insignificante, ainda que toda vÃtima deva ser lamentada. Milhares de muçulmanos na Argélia, no Paquistão, no Egito, na Tunisia, etc., já morreram (decapitados, amputados, estilhaçados, pulverizados, etc.) por terroristas reivindicando um islamismo fundamentalista. Esse amontoado de mortos foram culpados de quê?
Que absurdo Macron proclamou ? Ele disse que o Islã é uma religião de paz e um elemento importante na sociedade francesa. Ele condenou o fundamentalismo polÃtico-religioso que massacra os muçulmanos nos próprios paÃses muçulmanos e na França. Isso é absurdo? Você está fazendo a apologia do terrorismo? Você está defendendo o assassinato do presidente Sadat, de Benazir Bhutto ou o massacre de aldeãos (mulheres, idosos e crianças) na Argélia perpetrado pelo AQMI nos últimos anos?
Bem lembrado Nacib Hetti. A memória do Macron é seletiva, ele lembra apenas coisas como a frase "Liberdade, Igualdade e Fraternidade, mas até poucos anos mantinham colônias no norte da Africa, o caso da Argelia onde subjugavam os nativos e exploravam suas riquesas. É muita hipocrisia do governante atual sair proferindo esses discursos inflamatórios.
Quem decapitou o professor foi um checheno. O que o colonialismo francês tem a ver com os chechenos? O número de mortos na França é insignificante, ainda que toda vÃtima é para ser lamentada. Milhares de muçulmanos na Argélia, no Paquistão, no Egito, na Tunisia, etc., já morreram (decapitados, amputados, estilhaçados, pulverizados, etc.) por terroristas reivindicando um islamismo fundamentalista. Esse amontoado de mortos foram culpados de quê?
É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem madou dar. Os europeus retalharam o norte da Ãfrica e a França elitista tratou como colônias cinco paises de maioria mulçumana. Discriminam até os franceses nascidos na Ãfrica, que são chamados de "pied noir".
O artigo deveria ser retirado e reescrito. Ele contém um erro de tradução, um erro básico de compreensão da lÃngua francesa. Macron não apontou o islamismo (Islam em francês ) como problema, mas o « islamisme » (o fundamentalismo polÃtico-religioso). O erro de compreensão da lÃngua francesa faz do artigo uma fake-news problemática.
Occasion
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Herbert, esta discussão é inútil e surrealista. Macron falou de « islamisme ». Devo dizer que 67 milhões de pessoas na França e tantos outros francófonos fora da França sabem a significação da palavra « Islamisme ». Querer que seja sinônimo de Islã é querer que «cou » signifique c. em francês, e não pescoço. Pegue um bom dicionário ou vá à famigerada mas útil Wikipédia em francês.
O programa da Folha corta os apóstrofos. Onde houver « lislam », leia-se l + apóstofo + Islam, e onde dislam, leia-se d + apóstrofo + Islam.
Mon cher, je parle français. LÂ’islamisme était un terme désuet en français (era um termo pouco usado) pour désigner lÂ’Islam. Il a resurgi (ele ressurgiu) dans les années 1970 pour désigner les mouvances islamiques polÃtico-religieuses. Ce nÂ’est pas un synonyme dÂ’Islam.
O francês possui as palavras jihadisme e jidahiste, qye se referem a posições extremas dentro do Islam Portanto, ao falar em Islam, Macron quis dizer o que quis dizer
Islam, é Islã, em português. Isla misme, é traduzido como islami smo, assim como christianisme e jud aïsme são traduzidos como cstianismo e judaÃsmo, respectivamente. Os sufixos - isme , em francês, e -ismo, em português ,referem-se a visões filsóficas ou religiosas, correntes artÃsticas Existentialisme, Cubisme, Marxisme, etc.(cont.)
A verdade é,os muçulmanos estão matando católicos dentro das igrejas na Europa já tem um tempo.É hora de parar com essa conversa mole e combater essa gente.Tudo o que se fala é motivo para eles explodirem ou esfaquearem pessoas.Abram o olho gente.
Adenilson: não existe guerra entre muçulmanos e católicos.O que ocorre é que uma minoria ataca e mata em nome da religião e os cristãos não são a únicas vÃtimas.Dois exemplos: em 2019, um cristão atacou uma mesquita na Nova Zelandia e matou 49 muculmanos.Em 1994 um americano judeu, Baruch Goldstein matou 29 palestinos em uma mesquita na Palestina. Quando o cristão e o judeu mataram esses muçulmanos dentro das mesquitas ninguem culpou a religião cristã ou judaica.
O colunista sucumbiu a um falso cognato. Ele falou de islamismo, ou seja, de religião muçulmana, ao passo que Macron usou o termo francês «islamisme », isto é, fundamentalismo polÃtico-religioso.. « Islamisme » foi sinônimo de Islã até os anos 60. A partir da década de 70, « islamisme » passou a designar o fundamentalismo polÃtico-religioso dentro do Islã. Bons dicionários dão as duas acepções, mas indicam que a acepção de Islã é arcaica. Demétrio tem um péssimo ou um velho dicionário.
Discordo
Melhor artigo deste colunista em muito, muito tempo. Embora seja discutÃvel academicamente se jihadismo seja o termo mais adequado aqui, resta o fato de que é imperativa a distinção clara entre as extraordinárias religião e cultura islâmicas e os abusos de bestialidade entre alguns de seus membros doentes mentais ou sociais. Estes últimos estarão para sempre presentes em qualquer religião, como ilustrado pela 'ação cristã em nosso próprio caso de certa menina estuprada pelo tio desde seis anos.
Dessa vez Magnoli errou feio. Apoiou toda sua coluna numa única frase e ainda cometeu um erro primário de tradução. Lamentável!
Magnoli deve estar lendo más traduções. Islamiste em francês não é o mesmo que islamique (islâmico); é usado para designar uma ideologia polÃtica dentro do islã. A assembleia dos imãs da França e o imã da grande mesquita de Paris se juntaram ao presidente Mácron no repúdio ao islamismo e alertaram os muçulmanos da França para não se deixarem sequestrar e manipular por essa ideologia perversa que tenta se passar por religião.
Completando o comentário anterior. Também não está correta a tradução de que ele disse "nossos desenhos". A frase foi " nous ne renonçerons pas aux dessins et aux caricatures" quer dizer simplesmente que não renunciam aos desenhos e caricaturas, ou seja, não são eles que vão ditar o quê os artistas, desenhistas, cartunistas, podem fazer ou não. Se ofendeu, não compra o jornal, ou processa. Bem simples. Nada, absolutamente nada, justifica degolar um professor.
Seus argumentos sensatos só valem no Ocidente cristão. Considerando a tempestade de ódio nos paÃses muçulmanos, até na Malásia e no Paquistão, eles preferem outras formas de protesto, facas.
Obrigado pelos esclarecimentos.
Fico em dúvida se este texto foi feito por má fé, ou falta de uma compreensão do idioma. Moro na França, vi o discurso em direto e li os jornais franceses e europeus sobre o discurso. Nenhum o associou à extrema-direita. O termo jihadista é associado às pessoas que fazem juras ao Estado Islamico e lutam por ele. Até onde se sabe o rapaz não era jihadista. O termo islamista não é sinônimo de mulçumano. Assim, como nem todo judeu é sionista, nem todo muçulmano é islamista. O termo foi correto
A xenofobia é um fenômeno recorrente no mundo todo. Seja contra os muçulmanos, seja contra os judeus seja contra os negros seja contra os Ãndios seja contra os orientais, entre outros. Sempre há as vÃtimas da hora. E a França, nesse aspecto, sempre foi um exemplo rico e lamentável
Estou lendo aqui muitas coisas escritas ou comentados por pessoas que pensam ser entendidos e conhecem muita coisa da França.
Na internet todo mundo opina, sobretudo sobre assuntos que ignora. E assim como os franceses têm um condicionamento cultural de discordar por discordar, os brasileiros caem no extremo oposto. Basta escrever qualquer estultice e logo vem uma multidão concordar. Christopher Hitchens, quando participou da feira literária de Paraty, disse que não teria graça vir ao Brasil se não houvesse essas pessoas dispostas a aplaudir tudo e qualquer coisa, mas que o nÃvel de promiscuidade o chocou um pouco.
O Jean Cocteau certa vez disse que os Franceses são como Italianos de mau humor. Da mesma maneira que escondem suas imundices com perfume, eles se especializaram em esconder seu passado colonial bárbaro e violento, com uma imagem de sofisticação na base do liberté, égalité e fraternité. Em 1861, o Napoleão III, teve a petulância de invadir o México, e colocar no paÃs um Imperador laranja, o qual, à parte de ser um bon vivant e amante de vinhos, era um perfeito destrambelhado.
Bom, em compensação, para encobrir o mau cheiro da carne sem geladeira (na época), inventaram molhos fantásticos. Rsrs
Bravo Cloves Oliveira! Muita gente se esquece que no passado reis franceses invadiam o Oriente Médio em nome da religião cristã, as famosas cruzadas,suas espadas afiadas degolavam todos, incluindo crianças e tudo financiado por papas italianos. Estudem o que fizeram nas suas colonias africanas, como por ex.na Argelia dos anos 60s.
Os muçulmanos não aceitam que ninguém salve suas almas exceto o Alcorão. Os fundamentalistas sempre querem impor a sua religião para controlar o Estado. Foi assim também com a Santa Inquisição no cristianismo e a Democracia foi salva com a implantação dos Estados laicos.
Macron é um imbecil. Vai ensanguentar a França. Vamos ver quantas cabeças mais serão cortadas com facas mal afiadas - os jihadistas preferem assim, porque a degola demora mais.
Considerando que são quase 6 milhões de muçulmanos na França, que eles estão em praticamente todas as cidades, até mesmo nos vilarejos, e que nunca se sabe de onde virá um radical com uma faca pra cortar o primeiro pescoço cristão na frente dele, seja quem for, qual a alternativa? É lindo ser valente, contanto que seja o pescoço dos outros, não é mesmo?
Vc parece oferecer a opção da sucumbência pacÃfica!
Os bravos lutadores pela liberdade de expressão absoluta, que não existe, deveriam sair do conforto dos seus apartamentos e se postar na frente de uma das mais de 300 mesquitas radicais da França, segurando um grande cartaz com as charges do profeta deles. Talvez devessem talvez viajar até Nice, para cumprimentar a famÃlia do sacristão e das duas mulheres degoladas e dizer a eles: Orgulhem-se, eles morreram pela liberdade de expressão ocidental - não existe tal coisa nos 70 paÃses muçulmanos.
Um comercial da Globo inspirado no discurso progressista e globalista em que imigrantes em sua maioria muçulmanos cantam o "meu paÃs é a Terra" tenta fomentar de forma subliminar que ninguém tem paÃs, todos são da Terra. Em contradição, defendem que os Ãndios da Amazonia devem ficar confinados nas suas tribos e não podem ser aculturados ou integrados ao resto da nação. Os Ãndios não podem andar nas ruas nus ou de tangas mas é obrigatorio aceitar os trajes muçulmanos em todos os espaços.
Demétrio, vc está errado. Quando Macron fala em "nossos cartuns" obviamente ele está se referindo na nossa "liberdade de expressão" tÃpica das democracias ocidentais. Embora de satirizar qualquer religião que seja, é atitude de mal gosto, isso em hipótese alguma justifica a violência insana do jihadistas. Sim, são jihadistas, e tal radicalismo deve ser combatido, inclusive com deportações. Afinal, se a França é ruim, que vá para onde é "bom".
Os muçulmanos não aceitam o Estado laico. Querem que os princÃpios islâmicos controlem o Estado. O sonho desses Imigrantes muçulmanos é tornarem os estados Democráticos ocidentais sob controle do Alcorão e não de constituições democráticas e isso está sendo facilitado e estimulado pelo discurso progressista.
Samuel, enquanto isso aqui no Brasil os evangélicos ajudaram a eleger um incompetente que envergonha o pais diariamente e através dele e de seus assessores, ex. a ministra Damares, estão transformando o Brasil laico em uma estado i evangélico!
Preconceito anti-islâmico dissimulado em defesa da democracia.
É possÃvel que o professor Magnoli tenha razão, ao desfazer possÃveis liames entre o islã e a jihad, mas também é muito possÃvel que as táticas de reconquista da Europa tenham mudado, e o terror ocorra paralelamente com a difusão pacÃfica do ideário muçulmano. A mim, chama a atenção que as mais influentes lideranças religiosas islâmicas não ajam de forma enfática contra a violência, e permaneçam calados ante as decisões de guerreiros islâmicos desprovidos de autoridade religiosa.
Estou com Macron,e discutir liberdade de expressão em 2020 é uma tristeza, menor que as mortes absurdas,mas uma grande tristeza.
5) Que coincidência: saà daqui e fui para a coluna do Hélio Schwartsman intitulada - só soube há pouco - '''Je suis Paty'''. Ele inicia dizendo ''Estou com Emmanuel Macron. O Ocidente não pode desistir de princÃpios como a liberdade de expressão só porque certas palavras e desenhos ferem suscetibilidades religiosas.''. E eu, mais uma vez - apesar de geralmente gostar das colunas do Magnoli, menos quando ele propõe censuras -, estou com o Hélio.
Continuem publicando as charges - bem feias, por sinal - mas se preparem para muitas cabeças cortadas à faca. Não reclamem das consequências, e pelo amor de Deus fiquem longe de bairros muçulmanos; nunca se sabe de qual viela ou beco vai sair um fanático com uma faca. Conheço bem a França, há muçulmanos em cada aldeia, em cada vilarejo. Pretendo ficar bem longe deles.
4) Se a resposta a qualquer dessas perguntas for positiva, Magnoli estará nos surpreendendo mais uma vez, agora com sua ingenuidade. Decerto os pais dos alunos eram muçulmanos comuns, assim como muitos dos que esfaqueiam e matam; lÃderes muçulmanos, com rarÃssimas exceções, se manifestaram com covardia (condescendência?) contra os grandes atentados. Macron acerta ao dizer que os cartuns são deles, da França, pois é à liberdade de expressão, tão odiada pelos islamofascistas, que ele se refere.
Nenhuma polÃcia do mundo consegue vigiar quase 6 milhões de pessoas num pais inteiro. Portanto, é um grande heroÃsmo continuar mostrando essas charges idiotas em defesa da liberdade de expressão, desde que não seja eu o próximo decapitado.
3) Magnoli realmente acredita que os pais de alunos de Samuel Paty que, escandalizados com a liberdade de expressão que ele ensinava, deram inÃcio à perseguição que culminou na morte do professor eram jihadistas? Magnoli realmente entende que as manifestações de lÃderes reconhecidos no mundo islâmico, sejam religiosos, sejam polÃticos – os quais muitas vezes se confundem – foram firmes o bastante contra os atentados ao Charlie Hebdo, a Paris e a Nice - a toda a França! - em 2015 e 2016?
2) Nem todos os católicos eram inquisidores, mas estes eram católicos (e é como católicos que nos referimos a eles); nem todos os muçulmanos explodem e decapitam, mas os que o fazem por motivos religiosos são muçulmanos. E ainda que consideremos que a maior parte dos muçulmanos não ''ponha a mão na massa'', é inegável que grande parte deles sente aquele gostinho de ''schadenfreude'' ao ver os ''blasfemadores'' pagando o preço por desrespeitar o Islã e seus ''incaricaturáveis''.
Barbara Maidel: o que você opina sobre o massacre ocorrido em Hebron, Palestina em fevereiro de 1994 quando um médico norte-americano e judeu religioso extremista invadiu uma mesquita, assassinou 29 muçulmanos que estavam rezando e feriu 125 outros? Na época ninguem condenou o Judaismo pelo massacre que um extremista cometeu e se bem que a maioria dos judeus condenaram o ato do terrorista, muitos judeus idolatram o sujeito até hoje, ele se tornou um mártir
Sim, continuam no século XII do calendário cristão e século VI do calendário maometano. Durante oito séculos dominaram parte da Europa.
Comparar a cultura medieval da época da Inquisição com o sec XXI é no mÃnimo injusto. O principal motivo de os paÃses muçulmanos continuarem com esta cultura retrógrada e atrasada é o fanatismo religioso, que cega. Me parece que estes paÃses ainda estão culturalmente na Idade Média .
1) Há algumas semanas Magnoli nos surpreendeu (negativamente, por óbvio) ao defender que a Folha deveria ter censurado o texto de Hélio Schwartsman em que este dizia torcer pela morte de Bolsonaro. Agora, mais uma pancada: Magnoli cheio de dedos para tratar de uma religião que está, sim, intimamente ligada à violência, à busca pela aniquilação da civilização ocidental como a conhecemos hoje. Censuremos Macron, escondamos a origem do terror para não melindrar os que se melindram com facilidade?
Barbara Maidel: o ano passado um sujeito cristão invadiu uma mesquita na Nova Zelandia e matou 51 muçulmanos que estavam rezando em um mesquita, não me lembro de ter lido nenhum comentário seu condenando a religião cristã.
A Europa, com seus ideais iluministas, não demora, será menos laica que muçulmana.
Como uma pessoa que ignora informações elementares pode ser colunista???
Injúria: "consiste em atribuir a alguém qualidade negativa, que ofenda sua honra, dignidade ou decoro (Wikipedia)". "Legislação penal a empresas em vigor na França desde 1994, inclui a discriminação racial, a injúria e a difamação. Penas, multas que chegam a US$ 45 milhões, interdição temporária ou definitiva e até a "pena de morte" da pessoa jurÃdica, através da dissolução (Folha, 94)" A Liberdade de Expressão permite a crÃtica mas não a injúria. Erra quem confunde Injúria e Liberdade.
Fazer sátira sobre figuras históricas, seja ela Napoleão, Cleópatra, Jesus, Pilatos, Carlota Joaquina, Maomé, bispo Sardinha, Costinha ou Truman se enquadra perfeitamente na liberdade de expressão. Todos os processos contra Charlie não deram em nada como os contra Monty Python, na Inglaterra dos anos 70-80. Por não haver injúria nem incitação ao ódio ou à discriminação, Charlie Hebdo não cometeu crime algum segundo as leis brasileiras, francesas, inglesas, etc.
Fazer sátira sobre figuras históricas, seja ela Napoleão, Cleópatra, Jesus, Pilatos, Carlota Joaquina, Maomé, bispo Sardinha, Costinha ou Truman, se enquadra perfeitamente na liberdade de expressão. Todos os processos contra Charlie não deram em nada como os contra Monty Python, na Inglaterra dos anos 70-80. Por não haver injúria nem incitação ao ódio ou à discriminação, Charlie Hebdo não cometeu crime algum segundo as leis brasileiras, francesas, inglesas, etc.
Por outro lado, enclaves étnicos, culturais, sócio-econômicos e religiosos, nunca deram bom resultado. Formam-se guetos, xenofobia, e noção de aversão ao "outro". Migrações assÃncronas de cultura superior levam à submissão e humilhação dos nativos. De cultura inferior levam à submissão e exploração dos migrados. A situação dos migrantes islâmicos, nas favelas da periferia de Paris, é um caldo de sofrimento e rancor.
A sina da espécie é tatear entre a sombra e a escuridão, sob crescente domÃnio dos credos.
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