Demétrio Magnoli > Governo francês capitula na batalha pela alma dos seus cidadãos muçulmanos Voltar
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O colunista se deixou enganar por um falso cognato. Ele falou de islamismo, ou seja, de religião muçulmana, quando Macron usou, na verdade, o termo francês «islamisme », ou seja, fundamentalismo polÃtico-religioso. Palavras semelhantes podem ter significados diferentes. Por exemplo, um cientista, em português, é um homem de ciência. Um « scientiste » em francês é um adepto do cientificismo, doutrina ultrapassada do século XIX. É o termo «scientifique » que designa uma pessoa dedicada à ciência.
Uma lÃngua é algo complicado, senhor Vito. Talvez o próprio Demétrio tenha confiado no triste e incompleto Micro-Robert, muitÃssimo micro, o que é triste para um colunista de um grande jornal.
Senhor Vito, islamismo não é mais sinônimo de Islã. Não necessito de dicionário para sabê-lo. Eu falo francês. O micro-Robert peca por não qualificar o nÃvel de lÃngua (coloquial, chulo, poético, arcaico, etc.) e por ter suas definições reformuladas em perÃodos longos. Muitas definições do Robert datam dos anos 70-80. O Petit Larousse, que se renova anualmente (o meu é de 2018), define « islamisme » como fundamentalismo polÃtico-religioso e dá a acepção de Islã como arcaica, não mais em uso.
Nenhum francófono entenderá « islamismo» como designando a religião muçulmana. Chamar grandes escritores como Kateb Yacine ou Ben Jelloun de islamistas é um delÃrio ou um erro de francês na própria Argélia. Eles são muçulmanos. O partido FIS, de cunho salafista, é islamista. O Robert, diferentemente do Larousse, peca por não qualificar suas definições (coloquial, poético, arcaico, etc.). O Larousse põe claramente « vieilli » (arcaico) antes da definição de islamismo como Islã.
No dicionário Micro Robert está Islam: "Religión prêchée par Mahomet et fondée sur le Coran" ( Religião fundada por Maomé e fundada sobre o Corão ) e "islamisme aussi en ce sens" ( e islamisme também nesse sentido ). Então temos que concluir que "islamisme" se refere também à religião muçulmana e não apenas a fundamentalismo polÃtico-religioso.
Não nos façamos de rogados o Islamismo compactua em ser temido. A punição aos que desafiam, debocham ou relativizam os seus dogmas é vista com prazer pelos seus fiéis. Em verdade aprovam, mesmo por que demonstrar oposição ou denunciar os atos radicais perpetuados por seus fiéis pode gerar problemas. Antes ainda condenavam os atos na mÃdia, hoje nem amis este teatro fazem. Com certeza preferem ser temidos que simpaticos.
É precisa voltar à s aulas de francês. O uso do termo « islamisme » não é esse salto enorme alegado pelo colunista. Aliás, o termo islamisme foi aplicado em 2015 nas manifestações presidenciais e da população em geral. Islamisme em francês não se traduz em português pelo termo islamismo, este podendo ser sinônimo de religião muçulmana. Já em francês, a religião é o Islam. Islamisme, desde os anos 70, designa movimentos polÃticos fundamentalistas, muitos de cunho revolucionário.
Exactement Monsieur Farias Costa. Tem que ter muito cuidado com o que se escreve sobretudo num tema tao sensivel como esse. Dizer que a França “capitula na batalha pela alma dos seus cidadaos muculmanos” é realmente nao entender nada da sociedade francesa e da historia recente do paÃs precursor do lema : liberté, égalité, fraternité. Ideais bem impregnados na sociedade francesa e que continuarao prevalecendo, se Deus, Allah, quiser, eternamente.
É precisa voltar à s aulas de francês. O uso do termo islamismo não é esse salto enorme alegado pelo colunista. Aliás, o termo islamisme foi aplicado em 2015 nas manifestações presidenciais e da população em geral. Islamisme em francês não se traduz em português pelo termo islamismo, este podendo ser sinônimo de religião muçulmana. Já em francês, a religião é o Islam. Islamisme, desde os anos 70, designa movimentos polÃticos fundamentalistas, muitos de cunho revolucionário.
A visão do colunista é perfeita em termos 'doutrinários', mas talvez as nuances que se imponham ao governante num ambiente pluralista apontem em outros sentidos. Afinal, a retórica 'nossos cartuns' é ou não é fiel ao 'nosso' estilo de vida liberal?
Os terroristas não agem num vácuo. Para cada um que mata, há alguns milhares que simpatizam com o ato. Talvez a mensagem seja para eles.
Texto muito bonito mas a realidade é um pouco diferente. Tem que haver um trabalho de inteligência militar para identificar quais são as ameaças reais, identificar seus lÃderes e segidores, caçá-los e matá-los sem dó nem piedade.
Idiotice. Vc precisa viver na França, principalmente nos arredores das grandes cidades, para entender o que ocorre por lá.
consequência da derrota da na Argélia e repatriamento de argelinos muçulmanos com cidadania francesa
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