Hélio Schwartsman > A tirania do mérito Voltar
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Parece que o autor nunca leu Nietzsche, ou não entendeu nada. Não faltam dados para corroborar a tese, faltam argumentos. Questionar talentos e comparar talentos, virtudes e sorte não ajuda muito a a enfrentar a questão da meritocracia.
Se não mudarmos o acesso as boas Universidades sempre será ditado pelo privilegio,.o acesso livre seria o ideal,porém impossÃvel pelo número escasso de vagas,o Sorteio é uma forma inteligente e real de corrigir distorções.
O sujeito que gosta que as pessoas morram agora é contra o talento e o mérito também. Quem tem sorte é que joga e ganha na loteria, idiota !!!
O sujeito que gosta que as pessoas morram agora é contra quem tem talento também. Sorte é jogar e ganhar na loteria, idiota !!!!
Rift = fenda ou desentendimento
Nesta quarta-feira, 28/10, em "Fronteiras do Pensamento", Paul Collier, da Universidade Oxford falou da relação entre capitalismo e democracia. Nos últimos 40 anos a relação saiu dos trilhos formando "identidades opostas", fissuras( "rifts") sociais e econômicas que explicam o Brexit e outras coisas. Parece que o discurso meritocrático é parte da culpa das fissuras sociais de nossa época. Na narrativa do vencedor arrogante ungido no "mérito" e o perdedor "fracassado" que aceita essa narrativa.
Volta e meia aparecem filósofos, sociólogos, economistas a tratar do clássico conflito distributivo, social e individual. O Velho Barbudo quando jovem rascunhava manuscritos filosóficos, além dos econômicos: 'De cada um segundo a capacidade, a cada um conforme a necessidade''. Pode-se espernear, não gostar, mas a equação continua insuperável para tratar, democrática e equitativamente, o mérito esparramado aleatoriamente pelas fortunas dentro das linhas de força da tirania das necessidades.
Não é preciso se humilhar ao ponto de querer 'ser alguém na vida' - essa absurda divisa da ficção meritocrática liberal - mas, como mostrou Freud no 'Futuro de uma ilusão'', essas ficções da ordem sempre têm sua funcionalidade. Um exemplo é a disciplina pessoal, o pensamento metódico e a circunspeção como meios (não infalÃveis) de atingir metas de bem-estar sustentável. São recursos 'aleatórios'? Talvez. Mas põem em boa rota a agência humana.
Qual a fonte desta citação?Por favor.Que Deus nos ilumine a todos e um abraço fraterno em agnósticos e ateus!Namastê!
A questão, a meu ver, não é ter "aquele ou este talento", a rigor todos os temos dos mais variados em maior ou menor escala, e, é isso que dá a harmonia da "orquestra", o que um não executa, outro o fará. O ponto é, que destino devemos dar aos talentos? Neste caso, Paulo foi inigualável: "ainda que fale a lÃngua dos homens e dos anjos, tenha o dom de profecias, conheça todos os mistérios e toda a ciência se não tiver amor nada serei." O amor é a maior expressão da racionalidade humana"!(NVG).
Concordo, a vida é aleatoriedade, nós é que conferimos uma narrativa crÃvel para dar uma sensação de controle, inclusive criamos a ilusão do mérito, quando na verdade somos fruto de uma combinação de ações sobre as quais não temos domÃnio algum. Apertem seus cintos, o Piloto sumiu desde sempre!
Um abraço, Nelson! ;-)
Concordo!Temos Livre-ArbÃtrio mas não domÃnio!Que Deus nos ilumine a todos e um abraço fraterno em agnósticos e ateus!Namastê!
Pode-se radicalizar e atribuir tudo à sorte. Assim foi sorte o Pelé nascer com talento, em uma famÃlia estruturada e num paÃs que valorizava muito, inclusive financeiramente o futebol. Talvez, mas o que é certo é que seus filhos terão um patamar patrimonial muito acima da média, e aà sim sem nenhum merecimento especial. Moral da história: as heranças deveriam ser muito mais taxadas que são hoje, e uma massa de jovens herdar esse bolo arrecadado para ajudar em seu inÃcio de vida profissional.
Exato. Ainda que o talento dependa da sorte, a ideia da meritocracia não é de todo errada, nem que seja por sua eficiência. Mas o conceito de herança patrimonial é perverso. Há algum tempo, reis herdavam para si nações inteiras, apenas por direito de sangue. Hoje esta ideia soa ridÃcula na grande maioria dos paÃses do mundo. Por que não achamos também absurdo que, por exemplo, o filho do Mark Zuckerberg herde as dezenas (centenas?) de bilhões de dólares (um império) amealhados por seu pai?
O colunista aparentemente acredita em justiça cósmica. Pior ainda, coloca a justiça cósmica no mesmo nÃvel da justiça social, à qual todos nos temos direito. A crença na justiça cósmica tem um pequeno problema: para que ela impere terÃamos que mudar as leis do universo. Muitas pessoas se dedicam a essa nobre e inútil função porque não têm mais o que fazer. Para eles todos têm o direito de cantar como o Andrea Bocelli, pular como o João do Pulo e jogar basquete como o Michael Jordan.
É exatamente o inverso do que você disse. Como a justiça cósmica (Deus) não existe, cabe à justiça humana mitigar os efeitos perversos deste fato. Não é que todos devam ter o direito a ter a fortuna do Bill Gates. E que não dá para haver alguns Bill Gates e milhões (bilhões) de pessoas que mal tem o que comer. E Bill Gates concorda, por isso que doou a maior parte de sua fortuna ainda em vida.
“Talento é sorte e não mérito”. Ao ler a frase, lembrei-me de Oscar, o grande jogador de basquete, que dizia ter percebido algo incrÃvel: quanto mais treinava, mais “sorte” tinha em seus arremessos... Pobre Oscar: não sabia que não precisava treinar, pois era só questão de sorte, e não de treino (mérito)... Mérito, certamente, não é tudo. Mas também não é nada!
Cristina, então você concorda comigo: se o Oscar não treinasse muito (mérito), o talento dele poderia ser desperdiçado. O mundo está cheio de talentos que, sem o esforço (mérito), não chegaram a lugar nenhum. Se o mérito é insuficiente, ele ainda é muito importante, fazendo, sim, a diferença. No meu “mundinho”, Oscar chegou onde chegou pelo talento e pelo esforço. No seu mundinho, seria diferente? Ele chegaria só pelo talento?
Carlos, comece a treinar basquete hoje mesmo, 12 horas por dia, seis dias por semana, e veja se em 5, 10 ou 20 anos terá 10% do rendimento do Oscar. Só no seu mundinho de fantasia é que basta treinar muito para ter excelência em qualquer ramo de atividade competitivo. Esforço é muito importante, mas talento nato é fundamental.
1 Sou contra universidades. Ñ vou me meter na area privada. Mas, sera q o merito justifica ter privilegio publico, vaga na univer/e e emprego, publicos? Ñ! Sera q tais privilegios tem sido devolvidos diferenciada/e a sociedade? Ñ! E justo q quem ñ tem merito pague pra quem tem? Ñ! Pegue-se um medico formado em uma univer/e publica, seus precos serao maiores. O privilegio e dele ñ do povo. Se ñ tem pra todos ñ tem pra ninguem. Emprego publico tbem deveria ser sorteio, max 5 anos. Rotacao no poder
Talento é loteria genética e divina. Deus não tinha para dar para todos, por isso escolheu alguns. É o caso do Pelé, Einstein, Pavaroti, Roberto Carlos....
Sim mas deveria ser aleatorio na vida e no.mercado ñ atraves do setor publico imoral
Sem recompensas para quem é mais capaz e se esforça mais, a tendência seria o comodismo e uma repetição, em escala global, da ineficiência econômica da antiga União Soviética. Sorteio para saber quem vai ingressar nas universidades de elite significaria a destruição dessas universidades. Elas somente são "de elite" porque tem os melhores alunos, rigorosamente selecionados. Ademais, seria triste e trágico ver um novo Einstein ou um novo Newton não sendo contemplados no sorteio.
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