Lisboa entende pouco de imposto e gasto. Nunca correlacionou o gasto com juros da dívida aos impostos. Faz a cortina de fumaça da bancocracia e plutocracia ao não desvelar que antes do Real a relação juros/PIB era inferior a 3%. O Plano Real trocou a espiral inflacionária por dívida explosiva . A relação juros/PIB chegou a 13%. Daí o aumento da carga fiscal de 24% a 34% do PIB. Disfuncional é a reciclagem de imposto por juro. Marcos esconde o principal. Há mais espuma que chope nessa tulipa.

O articulista não toca num ponto importante da demência tributária brasileira: o fato de que alguns produtos têm tributação que depende do uso que será dado ao mesmo. Como o vendedor não tem controle sobre isso, o comprador indica sempre que o uso será o de menor alíquota, o que torna a legislação inteiramente ineficaz. Exemplo: a mesma autopeça para carro de passeio ou para trator.

Lembrando que o animal do Geraldo Alkmin taxou com IPVA (não havia) automóveis de mais de 70 mil de preço final. Resumo: a pessoa além de ser deficiente tem que é o e adquirir "carros populares" ou pagar 4% do valor final (se se esquecer que): 1) o IPVA - imposto inventado como TRU (taxa rodoviária única - para substituir pedágios!!) e virou "isso" é o equivalente a um seguro total do veículo e 2) São Paulo tem o maior IPVA do Brasil. Ridículo!

Felicito o articulista por tratar de assunto de suma importância,com o conhecimento e dedicação necessárias,ainda mais porque,não vejo grandes possibilidades de alguma melhora desse sistema,nem no médio prazo.Parabéns!

Quando existe uma brecha, as pessoas e empresas a ocupam. O caso da isenção para carros novos é típico. Juntam-se o interesse das concessionárias em vender e dos consumidores em ganhar o benefício. E o espírito da lei deve ser defendido por um perito solitário submetido à pressões de todos os lados. Por vezes, até uma bursite emplaca.

A complexidade do sistema tributário não depende do desenvolvimento econômico; o sistema Americano é mais complexo do que o nosso. A complexidade vem, entre outros fatores, do fato de que em muitas sociedades, nem todos estão convencidos de que devem pagar impostos. Existem sociedades que não pensam assim, o Japão é uma delas. Não é por coincidência que o sistema tributário Japonês é um dos mais simples do mundo. Aqui a tributação tem outros objetivos além da geração de receita.