Ruy Castro > A fuga pelo assobio Voltar
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O que não faz um cronista sem assunto. A sorte é que Ruy é talentoso para fazer do nada uma crônica deliciosa.
Ufa! Enfim uma coisa que Ruy Castro não sabe. Por sinal uma coisa de relevante importância. Me faz lembrar um episódio da Pepa Pig que assisti com minha neta. Mas minha neta já me contou que a Pepa aprendeu. Ruy ainda tem esperança.
Tenho na memória uma marcha de John Sousa e assobiava para chamar o Fufu. Ia fazer compras, prendia no porta do mercado. Se eu me atrasasse ele começava a latir. De dentro do assobiava a Marcha para ele se acalmar. Meu companheiro de bar em Balneário Camboriú.O Fufu partiu e assobio para os sucessores: Nina Maria, Bolt, Apolo... e por telefone! E o Dog não escuta mais.
Eu assobio e aprendi para fazer como meu pai, que assobiava muito, e bem.
Lamento! Não serei modesto nesta pandemia: eu assobio!
Assoviar para chamar alguém já é difÃcil, variar e controlar as notas para assoviar uma melodia é para mim um assombro. Sou dos que não sabem assoviar é óbvio.
Passarinho é bonito livre, solto e voando por aÃ. Passarinho em gaiola dá tristeza!
Certeza que esse salgado popular no Brasil e em Portugal, empadinha, aparecia num musical de Sondheim? American pie, provavelmente, né?!
“Pie”, segundo o Dicionário Inglês-Português do respeitado Leonel Vallandro, significa “Pastel, empada, pastelão”. Logo, por que não empadinha? Tudo menos “American pie”, como sugeriu alguém, porque o musical de Sondheim se passa na Londres de 1849. Sabe disso qualquer um que viu a peça ou ouviu o disco e se deliciou com a canção “The worst pies in London”, interpretada por Angela Lansbury enquanto preparava a massa e matava moscas ao mesmo tempo.
Que delÃcia de crônica para um dia de Finados. SaborosÃssima! Muito legal, Ruy!! (Eu sei assoviar)
Penso que Caetano Veloso é o melhor assobiador da MPB, faz isso com uma facilidade de causar inveja.
Eu sabia. Depois de uns implantes o que sai são os chiados horrÃveis. No meu tempo eu gostava de boleros.
Eu não sei assoviar e sempre tive inveja de quem assovia com os dedos. Taà um ótimo exercÃcio para os dias de quarentena, acho que dá pra aprender com a repetição, isso sem falar que deve ajudar na dicção, exercitar-se no assovio deve valer como um exercÃcio vocal.
Ruy, o que há de bom em tudo isso é que você, homem de moral, não pediu ao passarinho que te ensinasse a usar a navalha e fazer empadinhas. Temos que, incorporadas estas capacidades, num eventual encontro com o Bozo, resolvesse exercê-las. Não temo pela m.or-te do Cavalão, nem por seu encarceramento pelo as.sas.si ,nato (as.nossi.nato?). Temo, e muito, e justificadamente, pela intoxicação coletiva derivada das empadinhas. O Jesus da Goiabeira que nos liberte de tal petisco m.ald-ito...
Hahahaha!, Ayer, minha meda é bem concreta, intochicassão mesmo, daquelas do figo e dos intestinos, de botar os bofes para fora. Acho que é que nem uma dinamização homeopática: façam-se 50 milhões de empadinhas com um único Bozo na receita. A toxidade contida numa fornada de mil delas, amplia-se exponencialmente quando dinamizada para o nÃvel das dezenas de milhões. Aliás, gostei da ideia de um "Bozofrenicum C aganeris, c. 50000000", mas teria um medo horrÃvel dessa poção.
O metabolismo humano das massas tem uma infinita capacidade de superar intoxicações pelos mais diversos tipos de 'empadinhas'. A Alemanha pós-nazista conseguiu, assim como a Itália, a Espanha e Portugal. Na Banânia é mais complicado, pois todos vivem de assobiar em registros antagônicos, mas, mesmo assim, depois do Estado Novo e o interlúdio de Dutra e Getúlio, tivemos assobios mais afinados de JK (aliás, nenhuma 'brastemp') e alguma fumaça onÃrica com Lott. Depois desandou.
Grande Ruy, nestes tempos sombrios até nós humanos temos dificuldade em assoviar. As vaias também parecem que ficaram esquecidas. O brasileiro cansou e desistiu ? Temo isso
Cara, que saudades das vaias. Daquelas, mesmo imerecidas, no Caetano em S.Paulo. Hoje tudo e qualquer porcaria se aplaude de pé.
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