Lendo esse artigo no momento em que são apurados os votos dos americanos. A eleição de Biden representaria, como o ilustre economista aponta, uma excelente ajuda na definição de rumos e no empenho em prol de soluções para as crises ambientais.

Será preciso produzir muito menos do que produzimos hoje. Teremos de produzir seletivamente, do essencial para o menos essencial, e certamente teremos de levar uma vida mais simples. Todas as atividades precisam entrar nos cálculos de custo/benefício. Hoje, o consumo da natureza praticamente não entra na conta. Por exemplo, a questão do transporte: teremos de abandonar o uso de milhões de veículos individuais e adotar o transporte coletivo. Acabou o "cada um por si e Deus por todos".

Países tropicais como o nosso sofrerão mais. Os incêndios florestais são só o começo.

Se o artigo tivesse terminado no antepenúltimo parágrafo, estaria perfeito. Mas então ele avançou na fantasia das "medidas tecnológicas e cooperação internacional"... sem lideranças? Quem vai determinar os objetivos, a hierarquia de necessidades e avaliar os resultados? Aliens?

O nó da questão é que ainda não encontramos um substituto para o crescimento econômico que cria empregos e permite que as pessoas economizem para enviar os filhos para as universidades. Só o crescimento econômico possibilita a estabilidade financeira dando aos trabalhadores mais poder, pois o empregador sabe se despedi-lo ele encontrará facilmente outro trabalho. É da exploração das riquezas naturais que vem a maioria do crescimento econômico não importando o tipo de tecnologia que usemos.