Ilustrada > Não dá para atribuir desgraças da África só à Europa, diz Mabanckou Voltar
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Atitude não tem cor. Os negros vÃtimas da escravidão, foram vÃtimas dos europeus sem escrúpulos, dos americanos que levaram ao extremo a crueldade em relação aos escravos, mas também dos traficantes e reis africanos, principalmente de Daomé, que trocavam seres humanos por produtos de luxo. E isso não tira a responsabilidade de ninguém. A Ãfrica é imensa e não se via como um único povo por causa da cor da pele. Talvez porque a cor realmente não define nada mesmo.
O colonialismo foi o maior flagelo que se abateu sobre o mundo. Na famigerada reunião de Berlin de 1884, a Ãfrica foi dividida entre os paÃses Europeus, cabendo à Bélgica, ou melhor ao rei Leopoldo II, a região do Congo. A exploração do marfim e do latex por Leopoldo foi sangrenta. Os nativos que não preenchiam as cotas estipuladas pelos mercenários tinham as mãos decepadas, sendo que entre os soldados, a maneira de mostrar sua eficiência era colecionar mãos decepadas.
Leopoldo ficou bilionário com a exploração do Congo que se estendeu até o Século 20, tendo cessado apenas devido à pressões internacionais, principalmente de Americanos como o Mark Twain. Mesmo assim os parasitas Belgas exigiram uma reparação do governo Congolês, a qual em valores atuais seria mais de US$ 2 bi. O mais revelador é que essa reparação, supostamente para ressarcir a infra-estrutura feita no Congo, teve como avalistas o Banco Mundial e o FMI.
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