Maria Herminia Tavares > A sombra do populismo Voltar

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  1. Alberto A Neto

    As persistências da desigualdade e segregação sócio-racial, o encolhimento dos bons empregos, entre outras coisas, induzem as forças políticas tradicionais a incorporar em seu portfólio parte das agenda e soluções da extrema-direita. O risco onde a direita não chega ao poder é os governos cederem demais na recepção de demandas xenófobas e racistas e restrição das liberdades civis, sem melhorar as condições materiais das pessoas insatisfeitas com o status quo. O mal a cavalo galopa no caos.

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  2. Alberto A Neto

    Há lapso sobreposto a equívoco. A bruma populista sempre esteve aí; não é de hoje. Nem se asilou noutra galáxia. Faz parte das nossas entranhas, aqui e alhures. A República é ontologicamente populista! O pior cego, segundo Millôr Fernandes, é aquele que quer ver. Não faltam cegos millordianos, incluso Hermínia, a quererem ver a democracia republicana com pundonores. Aliás, não fosse a concorrência socialista soviética e comunista chinesa, o 'Welfare State' sequer teria nascido na Europa.

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  3. Hercilio Silva

    Enquanto chamarmos autoritários de populistas não teremos solução para isso. São coisas distintas, quem tem bandeiras anti populares como aqui não pode ser chamado de populista. E também não tem solução enquanto não se tratar o problema de fundo, o neoliberalismo gerando desesperança, a esquerda e a direita ninguém mexe no modelo. Se algum autoritário alterar o que precisa, a ditadura é certa. Lembrem que coube a Hitler suspender as inviáveis reparações de guerra da Alemanha. Ninguém fez antes

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  4. João Orlando Santos

    Foi prazeroso ler o seu texto com conteúdo lógico,inteligente e real. O populismo se sustenta na falta de conhecimento e de cultura dos povos. Não existe nenhum instrumento de transformação de uma sociedade que não seja a evolução humana através da educação e do conhecimento Enquanto a humanidade não descobrir que não existe riqueza enquanto existir fome e miséria e que está situação só se transforma com o conhecimento que propicia o desenvolvimento humano.

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  5. Mauricio Soares

    Dona Hermínia eu retiraria o Conte de sua lista italiana, pois não chega a ser propriamente populista, e incluiria o Umberto Bossi, este sim, maleficamente populista. Foi ele quem semeou o futuro Salvini...

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  6. Vladmir Magalhães

    Professora, excelente texto!

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  7. Gabriel Ghilardi

    Senhora, será que o povo não tem bons motivos para não confiar nos partidos políticos? Bolsonaro caiu do céu? De fato, a democracia precisa mostrar serviço, pois "democracia" é uma palavra vazia para muita gente.

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  8. MARCOS BENASSI

    Prezada Dona Hermínia, muito se discute sobre educação, mas relativamente pouca atenção se dá aos processos de aprendizagem social. A aprendizagem vicária (observacional) compõe parte fundamental de nosso desenvolvimento, em todos os lugares e momentos da vida. Ao observar a fraude e seus bons resultados, vai-se formando o fraudador; vendo a violência e seus frutos, constitui-se @ violent@. Não importa o discurso: ao constatar os ganhos da burla às regras, é instituído seu desrespeito.

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    1. MARCOS BENASSI

      Caro Paulo, pena que demorei a voltar e responder seu aparte. Uma coisa não exclui a outra, de forma alguma, apenas quis enfatizar que a aprendizagem vicária é pouco considerada, especialmente quando falamos de comportamentos sociais. Fala-se, ao considerar a educação formal, da aquisição de fatos e de processos, e se perde a dimensão do comportamento, presente na escola e fora dela. Isso dá pano pra manga...

    2. Paulo Roberto Schlichting

      Caro Marcos, você fala da primazia das virtudes como aprendizado para o convívio social, e sabe que foi essa a utopia dos iluministas ingleses. Não há dívidas de que deixaram um legado, mas, de volta ao chão, sem a educação como processo formador, no sentido mais substantivo do termo, não há legado que que vingue. Sem esperanças, só um campo fértil para o vício.

  9. Herculano JR 70

    Os elitistas inventaram o populismo para desqualificar o popular, aquilo q eles acreditam ser o ideal do mundo, o seu mundo. Trump e Bnaro foram eleitos popular/e justamente pq se opõem a esse elitismo pegajoso. Justamente pq tem discurso mais franco e ñ tem a postura dos maus com cara de bonzinhos, vide Doria, discordam do politicamente correto, tese dos elitistas. O fato essencial e q a democracia n consegue impor limites a expansão dos estados, ñ importa o nome do ocupante de plantão

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    1. Mauricio Soares

      Que mistureba ideológica! Contra as elites! (não que as haja, aqui; aqui temos uma caquistocracia, o governo dos piores.) Viva os medíocres!

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