Maria Herminia Tavares > A sombra do populismo Voltar
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As persistências da desigualdade e segregação sócio-racial, o encolhimento dos bons empregos, entre outras coisas, induzem as forças polÃticas tradicionais a incorporar em seu portfólio parte das agenda e soluções da extrema-direita. O risco onde a direita não chega ao poder é os governos cederem demais na recepção de demandas xenófobas e racistas e restrição das liberdades civis, sem melhorar as condições materiais das pessoas insatisfeitas com o status quo. O mal a cavalo galopa no caos.
Há lapso sobreposto a equÃvoco. A bruma populista sempre esteve aÃ; não é de hoje. Nem se asilou noutra galáxia. Faz parte das nossas entranhas, aqui e alhures. A República é ontologicamente populista! O pior cego, segundo Millôr Fernandes, é aquele que quer ver. Não faltam cegos millordianos, incluso HermÃnia, a quererem ver a democracia republicana com pundonores. Aliás, não fosse a concorrência socialista soviética e comunista chinesa, o 'Welfare State' sequer teria nascido na Europa.
Enquanto chamarmos autoritários de populistas não teremos solução para isso. São coisas distintas, quem tem bandeiras anti populares como aqui não pode ser chamado de populista. E também não tem solução enquanto não se tratar o problema de fundo, o neoliberalismo gerando desesperança, a esquerda e a direita ninguém mexe no modelo. Se algum autoritário alterar o que precisa, a ditadura é certa. Lembrem que coube a Hitler suspender as inviáveis reparações de guerra da Alemanha. Ninguém fez antes
Foi prazeroso ler o seu texto com conteúdo lógico,inteligente e real. O populismo se sustenta na falta de conhecimento e de cultura dos povos. Não existe nenhum instrumento de transformação de uma sociedade que não seja a evolução humana através da educação e do conhecimento Enquanto a humanidade não descobrir que não existe riqueza enquanto existir fome e miséria e que está situação só se transforma com o conhecimento que propicia o desenvolvimento humano.
Dona HermÃnia eu retiraria o Conte de sua lista italiana, pois não chega a ser propriamente populista, e incluiria o Umberto Bossi, este sim, maleficamente populista. Foi ele quem semeou o futuro Salvini...
Professora, excelente texto!
Senhora, será que o povo não tem bons motivos para não confiar nos partidos polÃticos? Bolsonaro caiu do céu? De fato, a democracia precisa mostrar serviço, pois "democracia" é uma palavra vazia para muita gente.
Prezada Dona HermÃnia, muito se discute sobre educação, mas relativamente pouca atenção se dá aos processos de aprendizagem social. A aprendizagem vicária (observacional) compõe parte fundamental de nosso desenvolvimento, em todos os lugares e momentos da vida. Ao observar a fraude e seus bons resultados, vai-se formando o fraudador; vendo a violência e seus frutos, constitui-se @ violent@. Não importa o discurso: ao constatar os ganhos da burla à s regras, é instituÃdo seu desrespeito.
Caro Paulo, pena que demorei a voltar e responder seu aparte. Uma coisa não exclui a outra, de forma alguma, apenas quis enfatizar que a aprendizagem vicária é pouco considerada, especialmente quando falamos de comportamentos sociais. Fala-se, ao considerar a educação formal, da aquisição de fatos e de processos, e se perde a dimensão do comportamento, presente na escola e fora dela. Isso dá pano pra manga...
Caro Marcos, você fala da primazia das virtudes como aprendizado para o convÃvio social, e sabe que foi essa a utopia dos iluministas ingleses. Não há dÃvidas de que deixaram um legado, mas, de volta ao chão, sem a educação como processo formador, no sentido mais substantivo do termo, não há legado que que vingue. Sem esperanças, só um campo fértil para o vÃcio.
Os elitistas inventaram o populismo para desqualificar o popular, aquilo q eles acreditam ser o ideal do mundo, o seu mundo. Trump e Bnaro foram eleitos popular/e justamente pq se opõem a esse elitismo pegajoso. Justamente pq tem discurso mais franco e ñ tem a postura dos maus com cara de bonzinhos, vide Doria, discordam do politicamente correto, tese dos elitistas. O fato essencial e q a democracia n consegue impor limites a expansão dos estados, ñ importa o nome do ocupante de plantão
Que mistureba ideológica! Contra as elites! (não que as haja, aqui; aqui temos uma caquistocracia, o governo dos piores.) Viva os medÃocres!
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