Djamila Ribeiro > Ser pessoa negra é uma conquista árdua e se desenvolve pela vida afora Voltar
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Djamila tem dado uma contribuição fundamental às questões da negritude no contexto contemporâneo brasileiro, e a coleção Feminismos Plurais, que ela coordena, tem livros fundamentais para compreender as diversas e múltiplas intersecções de classe, raça e gênero, aqui e alhures. Salve, Djamila!
Muito bom. Posso concluir que estou enegrecendo ainda que minha pele ostente tamanha branquelice. Ou entendi errado?
Mas tenho receio de que a construção da identidade negra crie uma uma separação entre brasileiros, como por exemplo havia - não sei se ainda há - a exclusão de brancos no bloco Ilê Ayê.
Não têm que ter branco mesmo no Ilê e ponto. E isso não é discriminação. É direito, é identidade.
Pensando assim, a sociedade brasileira já é separada já que, até hoje, foram os negros os excluÃdos.
Sendo branco da classe média paulistana e criado por pai e mãe que incutiram nos filho a ideia de que todos são iguais, demorou muito para eu entender a importância do dia 20 de novembro. Assim como também fiz oposição às cotas na USP, onde me formei. Eu acreditava que o problema central no Brasil é de classe, e que as cotas deveriam ser para estudantes de escola pública, onde os pobres estudam. Não é assim. É de extrema importância lembrar tudo o que no Brasil é negro e africano de origem.
"Ser negro ou ser negra é nunca se deixar ser o chicote na mão de uma pessoa branca a ser desferido contra o lombo de uma pessoa negra." Perfeito. Estou em lágrimas pensando no homem negro morto no Carrefour.
Vou reler : " Não somos racistas ", de Ali Kamel.
O capital fica sempre de fora deste tipo de discurso. Tudo justo, tudo válido, mas e a luta de classes, não existe? Esse discurso suaviza as relações e não muda as estruturas, pois o capital o absorve. Contudo, bom discutir.
E por falar em Lélia Gonzalez, até que enfim saiu o livro dela, com dezenas de textos fundamentais: Lélia Gonzalez, POR UM FEMINISMO AFRO-LATINO-AMERICANO, pela Zahar.
Texto necessário. Urgente! Obrigado.
Não entendi. É construir outro povo, outra nacionalidade dentro do Brasil? É isso?
Comece lendo toda a Coleção Feminismos Plurais, que ela cita. E o livro da Lélia Gonzalez, que outro leitor citou. Vai começar a entender.
Sigamos, Djamila!!! Há um longo passado à frente!!
Sempre enriquecedor ler Djamila.
Bravo.
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