Ruy Castro > O crime com vídeo e áudio Voltar

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  1. FABRIZIO WROLLI

    O próprio presidente do Carrefour admitiu a inadmissibilidade do crime, o ambiente racista, a motivação torpe e vergonha do desfecho. Mas sempre tem, aqui entre nós, os que relativizam o ocorrido, os que se referem à vítima como teoricamente culpado e os que não admitem o racismo estrutural que predomina em nossa sociedade desde 1888. Será uma longa jornada, mas chegaremos lá. Um dia, talvez.

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  2. Maria Piedade Oliveira

    São três os assassinos, os dois vigilantes e a gerente do supermercado (mandante) que tudo acompanhou para verificar se a vitima seria devidamente punida (?!!) e vários cumplices que a tudo assistiram sem registrar nenhuma reação.

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  3. Alexandre Miquelino Levanteze

    Perfeito Ruy!!

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  4. Nei Cruz

    Para mim o que causa mais asco é essa platéia que a tudo assistiu e nada fizerem para evitar esse massacre. Cambada de covardes, pusilâmines que já tem lugar garantido no inferno. Quanto aos seguranças, mereciam serem linchados assim haveriam menos gastos com a justiça. Esse vai ser o dia da consciência pesada para nós.

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  5. FABRIZIO WROLLI

    "Homens e mulheres negros são vítimas diárias de toda espécie de violência, mas esse crime é um divisor de águas. Foi filmado, tem dezenas de testemunhas e não há atenuante possível. Mais vídeos surgirão, de novos ângulos, com os gritos de dor de Beto Freitas. Mais do que o choro, o samba ou o funk, esses gritos são a verdadeira trilha sonora dos negros brasileiros. Para Bolsonaro e Mourão, presidente e vice, não há racismo aqui. Escutamos isso e sentimos nojo deles e de nós mesmos."

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  6. Nivaldo da Costa Pereira

    Terror explícito. Hediondo. Asqueroso.

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  7. LUIZ GON ALVES DOS SANTOS

    Parabéns ao governo bozo, ao vice, seus ministros e toda população que apoia este desgoverno. Menos um preto para incomodar a sociedade hipócrita; sigam com suas bandeiras da intolerância e do ódio, cujo o mote é: "bandido bom é bandido morto", exceto quando se trata de bandido de colarinho branco, rachadinhas e outros crimes, estes sim tem direito a ficar calado, tem direito ao contraditório, tem direito a ampla defesa, tem direito a recorrer até a ultima instância e permanecer impunes.

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  8. LUIZ GON ALVES DOS SANTOS

    No brasil é sempre assim a culpa é sempre da vítima (geralmente um preto ou preta), pune-se os agressores que geralmente também são miscigenados (como diz nosso PR), mal remunerados, mal preparados e nada muda, porque os verdadeiros responsáveis por estas tragédias são os dono do capital. Nosso governo corrobora aquele antigo ditado: "bandido bom é bandido morto", então se vc tem ficha na polícia meu irmão eu destino já está traçado pela sociedade hipócrita, exceto se vc for bandido da elite.

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  9. SERGIO saraceni

    Mais uma bela crônica de Ruy Castro, de chorar de tão impactante. Mourão e Bolsonaro falam em nome de milhões de brasileiros. Tragicamente, está é a verdade. Brasil, um país em total decomposição e esfarelamento.

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  10. Rafael Faria

    Esse vídeo a que Ruy faz referência é o mais emblemático. Estilo George Floyd foi a morte desse cidadão. Absurdo.

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  11. NACIB HETTI

    Um miserável morreu espancado e outros dois irão mofar na cadeia. E a sociedade racista e hipócrita ficou "indignada".

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  12. Peter Janos Wechsler

    Foi um crime bárbaro e hediondo. Não há dúvida de que a vítima havia se comportado de maneira inconveniente no supermercado e quando escoltado pelos seguranças deu um soco na cara de um deles. A reação foi desproporcional e selvagem. Os seguranças mostraram total despreparo para a função. Fica a pergunta: como eles teriam reagido se um cliente branco lhes metesse a mão na cara?

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    1. FABRIZIO WROLLI

      Conhece. Não há brancos. Mas há muita miséria, econômica e moral. O Lumpenproletariat de antiga e sempre viva memória. Os que se sujeitam a tudo por um prato de comida e os que sabem que tem gente que se sujeita a tudo por um prato de comida. Um, de um lado da equação. Outro, da outra.

    2. Peter Janos Wechsler

      Você tem razão. Sei tão bem quanto você. A única ressalva que este trabalho escravo não conhece raça.

    3. FABRIZIO WROLLI

      Há trabalho escravo em muitas residências de classe média, em confecções paulistanas que empregam bolivianos, em carvoarias de norte a sul, em muitas fazendas com trabalhadores temporários.... Não há espaço aqui para continuar. Mas vc sabe de tudo isso. Quem sou eu para lhe lembrar?

    4. Peter Janos Wechsler

      Obrigado Fabrizio. Eu me referia ao continente americano, mas posso estar de novo errado. Há quem diga que ainda há trabalho escravo (ou quase) no nordeste.

    5. FABRIZIO WROLLI

      Os últimos países a abolir a escravidão foram a Tunísia, o Gâmbia, o Madagascar, a China, Marrocos, Arábia Saudita e, por última a Mauritânia em 1981 .

    6. FABRIZIO WROLLI

      Os que açoitavam pessoas escravizadas (não se usa mais , graças a Deus, o termo escravos) também eram pardos. Isso nada justifica, nada explica, nada atenua o fato em si.

    7. Peter Janos Wechsler

      Não duvido nada e não é só no Carrefour. Nós ficamos muito abalados pela morte da cachorrinha também obra de um segurança.

    8. Peter Janos Wechsler

      Nisto, em termos genéricos, concordamos plenamente. A minha pergunta era específica, pois os seguranças são pardos pelo que li. Último país a abolir a escravidão. Comentei isto , me parece ontem, numa outra coluna fazendo analogia com os Estados Unidos bem menos hipócrita apesar de todo o racismo. E também toquei no assunto na coluna do Amparo hoje em outro contexto.

    9. FABRIZIO WROLLI

      Se tiver tempo e estômago leia, por favor, o relato "Juíza e defensor relatam que mulher negra foi estu e tortu em Carrefour no Rio em 2017 ou 2018." nesta Folha.

    10. FABRIZIO WROLLI

      "É difícil brancos entenderem o que houve com José Alberto para além da violência brutal, porque nós a distinção entre espaço público e privado é ininteligível: como brancos, estamos acostumados a transitar com facilidade entre o privado e o público, em ambos vistos a priori como consumidores-cidadãos, ao passo que negros são vistos, no público, como cidadãos incompletos, a quem garantias legais não se aplicam e, no privado, como consumidores suspeitos cuja carne é barata e a dor gratuita".

    11. Peter Janos Wechsler

      Quanto a isso eu não tenho detalhes de quem xingou quem. De qualquer modo, deixei bem claro que o comportamento dos seguranças foi indefensável apesar da agressão. Estamos falando em círculo. Ninguém está defendendo os seguranças. Apenas conjecturando se a reação bárbara foi motivado por racismo.

    12. FABRIZIO WROLLI

      Nem eu sei como teria reagido se fosse xingado ou humilhado ou ofendido pelo segurança.

    13. Peter Janos Wechsler

      Olá, Fabrizio. Não sei. Também não sei como o segurança de quem vc fala teria reagido após levar um soco na cara.

    14. FABRIZIO WROLLI

      Outro dia, foi ao Carrefour do Shopping Eldorado. Na fila do caixa, havia um senhor (branco) atrás de mim sem máscara. Disse-lhe educadamente que máscara era obrigatória seja no Carrefour, seja no Shopping todo. Ele começou a xingar, gritar e ofender a mim e ao caixa. Chegou um segurança (um daqueles de camisa branca): nada disse, nada fez e nem ao menos acompanhou o dito cujo até a saída. Fica a pergunta: como ele teria reagido se o cliente não fosse branco?

    15. LUIZ GON ALVES DOS SANTOS

      No brasil é sempre assim a culpa é sempre da vítima (geralmente um preto ou preta), pune-se os agressores que geralmente também são miscigenados (como diz nosso PR), mal remunerados, mal preparados e nada muda, porque os verdadeiros responsáveis por estas tragédias são os dono do capital.

    16. Peter Janos Wechsler

      José Bernardo. Esta é a sua interpretação que nada tem a ver com o que escrevi.

    17. José Bernardo

      Clara responsabilização da vítima. A um passo de justificar o ocorrido.

    18. Peter Janos Wechsler

      Não creio. Experimente.

    19. Eduardo Rocha

      "Disculpe dotô! O sinhô machucou a mão?"

  13. MARCOS BENASSI

    Primeiro, caro Ruy, foi a vergonha. Em tempo integral, alheia e própria. Depois, o nojo, tanto quanto. Possivelmente, em breve, o auto e hétero ódio, que trará duas novidades: o ódio de si mesmo por haver deixado as coisas chegarem onde chegaram. E o ódio generalizado do outro, o heteródio, que nem precisará da singularidade de odiar um certo gênero, bastará odiar. Assim caminha nossa desumanidade.

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  14. João Larizzatti

    A negação do racismo por parte da sociedade mostra um povo doente da alma.

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  15. Roberto Gomes

    Este assassinato perpretado por funcionários do Carrefour é o exemplo da barbárie racista que assola este país, que deveria fazer o impeachment de Bolsonaro e de seu vice. Já.

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