Ilustrada > Bisneta de Monteiro Lobato quer apagar o racismo de sua obra com novas edições Voltar
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Meu Deus, esse revisionismo. O mundo é o mundo e há os contextos históricos. Negrinha (órfã torturada e morta ainda criança) uma história super triste ( Chorei e pensei no hoje sobre várias injustiças) vai ter o titulo a branquinha? Claro que violências ocorre com crianças de coes e sexos diversos.
Parabéns à neta de Monteiro Lobato. EmÃlia faz grande bem ao autor e ao Brasil. Não vai ser a primeira e nem a última obra a ser atualizada. Aos ignorantes de plantão, só lamento.
Quem propõe estudo crÃtico para deixar o leitor fazer suas análises está esquecendo que são crianças. Quem acha que não se deve fazer alterações esquece que as crianças podem introjetar o racismo contido nas obras e naturaliza-los, a não ser que a leitura seja acompanhada por um adulto que a oriente discutindo as passagens racistas. Não fazer nada é que não pode!
uma grande bobagem quem irá ler uma obra mutilada, com pó de arroz? só se for alguém racista.
Todas essas adaptações da obra de Lobato que têm sido lançadas me parecem, cada vez mais, com a censura stalinista, que apagava pessoas das fotos à medida que se tornavam inimigas do regime. Censura, nada mais.
Prefere a propagação e persistência do racismo?
Recentemente fiz questão de comprar de um sebo a coleção completa da literatura infantil do Lobato (edição de 1957, da Brasiliense, a mesma que li quando criança). Foi o meio que encontrei para ajudar a garantir a preservação da obra. O que essa tal bisneta está fazendo é uma aberração, além de burrice. Não se elimina o racismo reescrevendo o passado, fazendo de conta que ele não existiu.
Então você precisa explicar isso para as crianças que forem ler os seus exemplares.
Não concordo com a revisão também, mostra a evolução de um pensamento que não evoluiu, a nossa sociedade sempre "cria" o neo, tudo é neo, ou seja, o mesmo em outras palavras.
A questão é que o racismo é um câncer enfronhado na sociedade de forma que se tornou cultural, por isso o combate tem que se dar a esse nÃvel, desnaturalizando as suas manifestações e expressões. Você vai explicar isso para cada criança que vier a ler as obras ou vai deixá-las assimilar as condutas e expressões racistas?
À revelia do debate de racismo, ou de qualquer outra forma de preconceito registrado em obras literárias do passado (atitudes preconceituosas essas que também considero desprezÃveis), não sei se essas edições cirúrgicas das obras originais serão eficientes ou se, na verdade, não estão é abrigando caminho para o domÃnio totalitário que se vislumbra em "Farenheit 451" e "1984"...
Uma coisa são as obras de literatura adulta, de quem se pressupõe que tenha capacidade de entender que o racismo eventualmente contido na obra se explica pelo contexto histórico do autor. Outra é a literatura infantil. Você acha que as crianças conseguem deixar de introjetar o racismo contido nas obras fazendo uma análise crÃtica e histórica do contexto do autor?
Para a Bisneta: se pudesse ir para o passado e modificar, seria a 1ª a apoiar. Tenho sangue indÃgena, certamente, teria desviado a frota de Cabral, para não pisar aqui.Idem Colombo.A suposta América,hoje, seria apenas nossa, dos nativos.Ou! Não teria deixado expulsar os JesuÃtas, não teria escravidão, e Militares não teriam derrubado a Monarquia.Só que!Não se pode apagar o passado no presente.O passado é para servir de exemplo no presente e que não ocorra no futuro! Não se apaga!
José Padilha: cabe ao adulto educar as crianças. Ensino meus sobrinhos a respeitarem o próximo. Não se pode apagar os malfeitos do passado, até para evitar a repetição.
Mas é as crianças, Neli? Vamos deixar que absorvam o racismo das obras? Acham que elas conseguem fazer uma análise crÃtica historicamente contextualizada do que estão lendo? Toda leitura terá sempre um adulto ao lado ajudando a a entender o contexto histórico do racismo ali contido?
compre a versao original, vai valer muito no futuro....
Nunca li! E não tenho nenhum livro em minha vasta biblioteca.
É caçar chifre na cabeça de cavalo.
Cavalos tem chifres racistas?
Lobato se expressou conforme mentalidade da sua época. Nunca vi racismo explÃcito naquela época. Havia sim muita, muita inocência. E mudar o texto original? Isto é, a meu ver, inaceitável a qualquer justificativa. Vai acontecer como nas Biblias de hoje, cada edição vem com uma alteração gráfica qualquer, feitas por indivÃduos até mesmo com domÃnio insuficiente da lÃngua pátria.
Caro Padilha, cada época tem sua mentalidade. Outros 100 anos e os preconceitos, quaisquer que sejam, serão lembrados como pura curiosidade de mentalidades sociais pretéritas.
Não era inocência coisa nenhuma. O racismo estava, e ainda está, cultural e materialmente introjetado nas pessoas e na sociedade. Não se esqueça que as obras desse autor dirigem-se ao público infantil. Vamos deixar isso persistir justamente com as crianças?
Mutilação. Moça, aproveita o embalo e "corrige" a IlÃada, o Corão, O PrÃncipe...
Nenhuma dessas obras é destinada ao público infantil. Aproveita e aponta o racismo contido nelas. Não se esqueça que a escravidão na antiguidade não tinha a raça como critério.
Várias gerações se formaram lendo Monteiro Lobato sendo racista na voz da boneca EmÃlia. Macaca, tição, carvão se tornaram palavras comuns para se referir aos negros. Parte do racismo estrutural brasileiro está ligado à quela forma de ver o mundo que Lobato eternizou em suas obras. Eu não leio mais, não li para minhas filhas, não vou ler para meus netos, não li para meus alunos e não vou ler também. A literatura é vasta e me permite uma quantidade imensa de possibilidades.
É isso mesmo. Esse é o problema desse tipo de obra destinado a crianças, naturaliza o racismo!
Leu mesmo? Sei não! Eu li, achei muito boas, um autor que respeitava a inteligência das crianças e as alertava para os percalços da vida. Nunca me tornei racista. Pelo contrário! Tia Nastácia fez parte da minha infância.
Não se pode reescrever a história, muito menos transportar os tempos de um lado para outro, fazendo julgamentos com os novos conceitos. É preciso saber o que acontecia na época. A história será melhor compreendida, ajudando a se fazer um mundo mais justo e melhor..
Você vai explicar isso para cada criança que ler uma obra dessas?
Não estão enxergando que com estas intervenções estão criando uma juventude frouxa, fresca, sem força, sem esperança. Época boa que meus amigos era o negão, luizão, gordo, macarrão, cachorro e eu era o graveto.
Você está esquecendo que até ontem era natural discriminar, humilhar, achincalhar negros? Sempre foi assim? Então vamos deixar persistir? Você, talvez! Nós NÃO!
Concordo com você. Eu era o Bizorrão.
Que penas as pessoas mais jovens quererem alterar obras literárias. Entendo as obras literárias como testemunhas oculares do passado. Alterar, adaptar é um assassinato de ideias, não vai ajudar em nada no contexto atual sobre racismo e ainda vai tentar encobrir a verdade do que era o Brasil na primeira metade do século XX. Amo as obras de Monteiro Lobato e mesmo tendo pontos polêmicos entendo ser um recorte de como as pessoas pensavam naqueles tempos. O que deveria nos escandalizar é o hoje.
Essas obras são destinadas a crianças, esqueceu? Acha que todas elas tem capacidade de compreender contextos históricos do autor e assim explicar os seus racismos culturais e não se deixar introjetar por eles? É nisso que consiste a naturalização do racismo tornando-o cultural.
Essa moça quer aparecer e usar o nome do bisavô para se promover. Ela não tem o direito de mudar a obra desse grande escritor.
De certa forma, a obra de Lobato está recebendo tratamento semelhante ao que ele mesmo deu a outros clássicos infantojuvenis que ele *deturpou*. (Em Chapeuzinho Vermelho, por exemplo, ele deu um jeito de salvar a vovozinha…) Com o agravante que, na sua época, as crianças não tinham como acessar as histórias originais, e nem ficavam sabendo que haviam sido enganadas pelo tradutor. Agora, pelo menos, as obras originais dele com todos os seus preconceitos, continua de fácil acesso para quem quiser.
Bem observado! E não podemos esquecer que são obras destinadas ao público infantil, que ainda não desenvolveu ferramentas de sndd as lises crÃticas necessárias para se compreender os contextos e estando em formação podem introjetar o racismo dos personagens.
Ela deveria ler 1984 de George Orwell e ver o monstro que está criando.
Deveriam deixar como Lobato escreveu e acrescentar uma nota de rodapé. Em Capitães da Areia há homofobia explÃcita, racismo implÃcito e uma cena de estupro. Pedro Bala derrubava "negrinhas" no areal. Pelo menos uma delas ele estupra, tá lá no livro a cena. Apesar de ter derrubado tantas delas, foi por uma menina branca, Dora, que ele se interessou. Pra sexo as "negrinhas" serviam. Pra casar não. Mas é um livro de 1937. Jorge Amado tinha 25 anos. Seria um absurdo tirar todos esses trechos.
Em março de 2001, por ordem do governo fundamentalista Talibã, foram destruÃdas as gigantescas estátuas dos Budas de Bamiã . Esse é um enorme exemplo de como certo tipo de pensamento negacionista da história pode ser perigoso sobre o nosso passado . Apagar o passado em nome de quaisquer que sejam os motivos ( mesmos honrosos como no caso do racismo ) é um atentado grave a civilidade e a humanidade como um todo. Devemos aprender com o passado , jamais tentar cancelá-lo a força .
Deveriam mudar umas duas mil passagens da BÃblia, barbaridade por barbaridade... O Lobato é muitÃssimo maior do que detalhes de sua obra. Ao invés de ensinar a criançada a ler, contextualizar, permitir a discussão, não: vamos adoçar a coisa. Passe bem, vá na próxima reunião da turma da Damares...
A tua grosseria é tua mesmo. As tuas palavras, ao invés de ofender, falam sobre você e mostram o teu caráter frustado e ressentido com algo que talvez nem você mesmo saiba. TÃpica de um perdedor, a sua personalidade é que é raquÃtica, portanto.
Querer adaptar , modificar , cancelar , censurar ou apagar obras de literatura , história , produção cinematográfica , arte ou qualquer manifestação da evolução social humana para seguir os parâmetros e paradigmas que norteiam a civilidade contemporânea é uma grande tolice e atenta a própria evolução humana . Não se pode querer cancelar os erros das culturas passadas em nome dos valores contemporâneos . É preciso conhecer o que existiu de errado para alicerçar os paradigmas e valores atuais.
Vá tentar colocar racionalidade nessas cabeças vazias...
Monteiro Lobato era um racista e um ser desprezÃvel enquanto tal. Quem diz o contrário se lambuza na mesma imundÃcie racista que ele com tanto esmero cuidou. Lobato é racista hoje e também naquela época, pois ninguém era abobad-o ou desinformado já naquele perÃodo. Quem quiser ler que leia e seja feliz. No entanto, o mundo não é só feito de Lobato. Há muitos outros escritores, outras ideias e gente decente. O destino correto da coisa racista é o lix-o.
Não leia a obra. Simples assim. No tempo dele não havia o politicamente correto, pessoas mimizentas e cheias de rancor. Era tempo de fantasia, criatividade, algo que pessoas como você estão destruindo por conta de uma narrativa ideológica desprezÃvel.
Está vendo co.o funciona um ataque racista de brasileiro? Covardes, eles usam artimanhas para o ataque. Querem praticar o racis.o sem serwm racados de racistas. Não falam diretamente o que querem dizer. O racismo plantado por Nina Rodrigues, Monteiro Lobato e outros e ainda disfarçado por Gilberto Freire irá acabar. Nós ire.os exterminar os mecanismos desse sistema.
Cara, Monteiro Lobato é um brasileiro cujas obras deveriam ser estudas nas escolas. Foi uma personalidade Ãmpar na sua época: combativo, pioneiro (fundou a primeira editora brasileira, criou a nossa literatura infantil), nacionalista, apanhou muito numa luta para que o Brasil pudesse ser dono do seu próprio petróleo. Chamar de desprezÃvel alguém que você não conheceu, que não está aqui para se defender e, tenho certeza, cuja obra você ignora por completo, revela a sua mentalidade tacanha.
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É estupidez querer mudar obras do passado com base nesse odiento "politicamente correto". Ora! O passado é história e devemos aprender com ela.
Arre, que bisneta !!!! Acho que o Monteiro Lobato deve estar revirando sem parar no seu túmulo. Que postura mais racista desta bisneta. Eu não a quereria na minha arvore genealógica em hipótese alguma. Daqui a pouco este pessoal que na minha opinião são os verdadeiros racistas enrustidos vão querer mudar até BÃblia. Me poupem desta idiotice sem fim do "politicamente correto". Precisam é estudar mais e aprender a analisar os fatos de acordo com a época, costumes, etc.
Não tem que mexer em nada e Monteiro Lobato não era racista. Se alguém pensar diferente, basta ler o comovente conto A Negrinha.
Éverton, você sabe por que as editoras americanas não publicaram Lobato? Provavelmente porque não viram retorno retorno econômico! Em vários estados americanos havia um racismo violento: negros não podiam frequentar as mesmas escolas que os brancos, não podiam usar o mesmo bebedouro, tinham que ceder seu lugar no ônibus a quem fosse branco. Isso só foi proibido vinte anos depois da morte de Lobato. Você acha que o editor americano ficou chocado ca história do presidente negro?
Ele era um autodeclarado racista e eugenista. Há vários textos e cartas dele nesse sentido. Até mesmo editoras norte-americanas recusaram publicar suas obras, o que prova que naquela época já se sabia que aquele pensamento era retógrado e antiético (refutando a idéia de que ele "era apenas um homem de sua época"). Mas fazer o quê? Num paÃs em que o Presidente da Fundação Palmares e o vice-Presidente da República afirmam não existir racismo, não se poderia esperar outra coisa.
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