Opinião > Jornalismo ou linchamento? Voltar
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Caso grave. Precisa ser apurado com rigor pelos editores da Folha; não basta apenas permitir que o acusado se manifeste , pois nem todos irão ler as justificativas dele. Também deveria ser dada a oportunidade da Jair da jornalista se manifestar. Se a Folha não se posicionar sugiro uma representação na Justiça , alegando calúnia e difamação.
Alexandre Andrada, você não me pediu, mas tem minha solidariedade. Folha de S. Paulo, é na condição de assinante de 30 anos que eu exijo um claro posicionamento sobre isso. Dona ombusdman, você tem um grande trabalho pela frente. Quero explicações. Detalhadas.
É, esse episódio ficou bem mal parado... Um pequeno cuidado editorial diminuiria claramente o problema: a sugestão de investigação superficial, feita no tÃtulo da matéria, já enviesa sua leitura. Quando se acrescentam outros elementos do texto, a situação do acusado pela moça ainda piora. A lógica de automatizar a credibilidade da palavra feminina para os casos de aborto subsequente ao estupro, que a protegem no ambiente hospitalar/policial, é excessiva quando se trata do jornalismo.
O caso é gravÃssimo e a Folha precisa se posicionar. Parece ser falta de editores realmente compromissados em fazer um grande jornal. Uma rápida reunião entre repórter e editor, que realmente se interessasse em apurar os fatos reais, teria resolvido a questão.
Se não tivesse o Coutinho e a Tati, há muito teria deixado de ler a folha de são paulo. Tenho lido com muita frequência a coluna do ombudsman e vejo que ela se debate fortemente contra algumas editorias do jornal. Uma pena, mas depois da morte do Sr. Otavio, que incentivava o "saco de gatos", mas não abria mão da decência, o jornal não é mais o mesmo.
Como reconhecer erros e pedir desculpas é muito difÃcil para pessoas e/ou organizações carregadas de arrogância e empáfia, a FSP concede esse espaço ao “acusado” e fica tudo por isso mesmo. É uma vergonha, mais uma, como comentários anteriores à esse texto já ressaltaram.
Diante de repetidos casos de acusações oportunistas de estupro se faz necessário mais prudência na divulgação. Há inescrupulosos de todos os gêneros, raças e profissões.
Creio que cada caso tem suas particularidades e devem ser analisados de forma individualizada. Mas me parece que está havendo ultimamente um abuso do termo estupro. Oras, se o ato só pode ser praticado sem o consentimento, supõe-se que é necessário haver violência ou uma chantagem/ameaça para que ocorra, e a vÃtima provavelmente teria sequelas emocionais de grande impacto. Uma eventual relação, posteriormente objeto de arrependimento, não se enquadra neste escopo.
Ao término do expediente, um dos gerentes, tentou me beijar à força, no refeitório da loja.Fui para casa com asco. Nada disse para minha defunta mãe, então viva(52 anos!), no dia seguinte, cheguei na loja e pedi demissão. Ao acertar as contas, fui acusada de furto e tive que ir à Segurança e minha irmã foi junto. Era humilde, pacoteira. Fiquei 3 meses desempregada. Para minha irmã, narrei o que houve há uns 10 anos. Em 1972! Hoje? Iria à delegacia!
Isso foi assédio.
Estupro, tentativa, violência doméstica, são tipos de crimes cuja pena carcerária é pÃfia. O trauma que fica é eterno. Ao narrar o caso, há quase 50 anos, ainda me emociono. Todavia, há que se ter bom senso para que não ocorra injustiça. Acabei de ler, na Universa, reportagem que o vice prefeito eleito é acusado de violência doméstica. Fiou-se em um boletim de ocorrência ,em 2011!E Alguém condenado em 3 Instâncias,Judiciário! é inocente e o vice é culpado, por um B O? E no seu caso: igual
A FSP já deixou de ser um grande jornal há muito tempo. O seu ódio editorial e os venenos de seus colunistas demonstram isso. Agora com essa calunia contra esse senhor, deveria se envergonhar e fazer a mea culpa. Nunca o fará. Prefere todos os dias se apequenar cada vez mais. Que pena. Isso é UMA VERGONHA!!!
Jornais e jornalistas podem publicar Fatos ou Opiniões. Existe espaço para as duas em um bom jornal, mas nunca essas coisas podem ser misturadas. Em função do poder que dispõe, jornais e jornalistas deveriam ser julgados com ainda mais rigor de crimes de injúria e difamação comprovados.
Muito estranho a pessoa ser estuprada e levar 1 semana para fazer a ocorrência .
Tão grave quanto o estupro é a falsa acusação de estupro. Quando a falsa vÃtima comunica um suposto estupro, o acusado sofre danos irreparáveis, ainda que prove sua inocência enquanto a suposta "vÃtima" sai livre sem qualquer responsabilização criminal.
A FSP dá muito crédito ao intercept .
Aà vc falou uma verdade, falou tudo. Também pensei isso.
Alexandre, na próxima vez que precisar se defender de estupro não passe um texto inteiro desconstruindo a vÃtima, analisando suas postagens no Twitter, suas fotos e a ausência de tristeza (leu “o estrangeiro” do Camus). Lamentável e triste que ganhando esse espaço você esqueça da crÃtica que seu tÃtulo propõe e use toda sua energia e espaço para praticar o tal linchamento com uma mulher.
O que você quer, Elisabeth? Que o acusado prove um não ato? Só se prova inocência em novela e conversa de polÃtico, o que tem de ser provado, aqui, é a farsa, a conduta de quem acusa, a denunciação caluniosa.
Concordo com Bárbara. A conduta de uma pessoa diante de um fato como este, pode sim mostrar se está dizendo a verdade ou mentindo.
Mas é óbvio que as postagens dela nas horas seguintes ao suposto crime são importantÃssimos elementos na defesa da inocência dele! Alguém injustamente acusado de um crime tão repugnante passará a vida inteira tendo que negar e sendo visto com desconfiança. Até hoje muitos consideram Woody Allen abusador da própria filha mesmo tendo provado duas vezes sua inocência em tribunais e tendo passado por polÃgrafo (o que Mia Farrow se recusou a fazer).
A folha perdeu totalmente a decência.
Uai sô! Você é juiz? Aonde está a decência. Será que está no moralismo ou no respeito à diversidade de opiniões.
A Folha é boa em linchamento público. Ela entrega à massa o que a massa quer: sangue. A checagem, quando ocorre, é feita após o linchamento. Noutras palavras, sabe aquela história do policial que mata para depois perguntar, o que é, aliás, tanto criticado pelo jornal? Então, é a mesma coisa. Agora, se a palavra é estrupo ou alegação de crime racial. Aà ela toma isso cegamente como verdade.
Verdade, Anderson. A folha às vezes parece ser tocada por um bando de pessoas sem noção.
5) Teria que me estender demais para elencar outros casos em que a Folha e seus jornalistas agiram como justiceiros, atuando ao mesmo tempo como acusadores, julgadores e executores com a rapidez exigida pelos praticantes do ''ódio do bem'', destruindo vidas, arrancando a cabeça dos acusados-julgados-executados e, erguendo-a em direção à horda que clama por linchamento e sangue jorrando, dizendo aliviados: ''A justiça está servida. Assine a Folha. Sua assinatura é muito importante para nós''.
Excelentes comentários, cheios de fluidez e clareza, que você me fez ler integralmente e com atenção. Queremos um posicionamento à altura
Parabéns pelos comentários, Bárbara. Ontem tive a mesma sensação lendo o absurdo sob a foto da pintura em questão. Às vezes parece que a folha cai para folhinha, um jornal feito por pessoas sem noção da realidade e dos fatos, onde o importante é esta, às vezes, abominação chamada " politicamente (in) correto.",
4) Outro caso recente de linchamento promovido pela Folha há poucos meses foi o da ‘’escravocrataÂ’Â’ do Alto de Pinheiros que mantinha uma ‘’idosa escravaÂ’Â’ em sua residência. A dona da casa teve a vida pessoal e a carreira profissional destruÃdas por uma acusação gravÃssima, fruto de uma história estranha que precisaria (como ainda precisa) ser cabalmente comprovada na Justiça, mas a Folha já sentenciava a mulher a carregar a pecha de escravocrata antes mesmo de ouvi-la.
Aspas no primeiro uso de ''escravocrata'' e na expressão ''idosa escrava'', que constavam no meu texto original mas não foram reconhecidas no momento da publicação do comentário.
3) Aliás, irônico que a própria jornalista citada neste artigo também foi acusada injustamente de racismo por emitir uma opinião contra a forma de agir de um stalinista que se acha ‘’intocável’’. A jornalista se ajoelhou, se humilhou, pediu perdão, mas os sedentos pelo sangue da vingança nunca se satisfazem com pedidos de desculpas, e ela, claro, seguiu sendo massacrada, culminando por ser comparada pelo próprio ‘’treteiro de redes sociais’’ a integrantes da KKK e colonizadores belgas.
Aspas em ''treteiro de redes sociais'', que constavam no meu texto original mas não foram reconhecidas no momento da publicação do comentário.
2) No corpo da matéria, a sentença: se a artista é negra e o desenho é de uma mulher negra com sÃmbolos africanos, está explÃcito o racismo, disse uma entrevistada. O homem pode não ter gostado das multicores chamativas do desenho - assim como muitos abominamos as multicores de Romero Britto -, ou do útero que compõe a obra, ou da obra toda como um todo - nem os maiores pintores da história da humanidade são unanimidade! - mas, nada disso, está explÃcito o racismo de um racista!
Corrijo aqui a óbvia redundância de ''obra toda como um todo''. Leia-se ''da obra toda''.
1) Há 25 anos a Folha foi um dos jornais que ajudaram a destroçar a vida de seis inocentes no caso da Escola Base. Por alguns anos procurou evitar recair no erro, mas parece que a ''turma'' atual, que não deve fazer ideia do que foi aquele caso escabroso, é ainda mais feroz na busca pelo julgamento sumário e linchamento imediato. Ontem mesmo estampou-se sob o chamativo e atualÃssimo nome ''Racismo'' a manchete sobre um homem que não gostou de um desenho na fachada do prédio em que mora em BH.
Nossa. O texto é cheio de julgamentos à vÃtima. Ou seja...
Em se tratando do Intercept e de excelente Bom tom verificar a informação diversas vezes pois é patente que são especialistas distorcer as coisas. Em se tratando da folha esse tratamento ao site não se aplica nunca
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