Quem concorda com esse sujeito, sobre a "sorte" dos descendentes de negros escravizados, não reconhece a marca que os grilhões deixaram na alma da humanidade, e o que suas vítimas ainda sofrem na pele, seja na América, seja na África ou onde estiverem. Para ficar no aqui e agora, duas meninas mortas, 3 e 7 anos, obviamente sem histórico de vida que possam imputar a elas próprias a morte, como de costume... Essa tem sido a "sorte" de muitos.

O fato é que o Sérgio Camargo é um negro, falando sobre os negros no Brasil. O importante é saber como o que fala é recebido por eles. A opinião de brancos como o colunista não é muito relevante.

foi a melhor casa noturna de SP entre o fim da década de 80 até o começo da de 90. bem Punk

Quem quiser saber mais alguma coisa sobre Madame Satã, é só correr os olhos em duas obras fundamentais sobre a homossexualidade no Brasil: Devassos no paraíso; a homossexualidade no Brasil, da Colônia à atualidade, de João Silvério Trevisan; e Além do carnaval; a homossexualidade masculina no Brasil do século XX, de James N. Green.

Sabe, Seu Álvaro, as atitudes do Antipático, que ele quer fazer parecerem bravas - no sentido de corajosas, embora bem covardes na sua autocracia - nem poderão ser qualificadas como odiosas. Melhor dizê-las "ódiogênicas", na medida em que dão uma raiva desgraçada. Na fogueira das vaidades que ele monta para consumir a si próprio, acabo achando que falta crueldade. Bozificando-me, faz-me preferir o método do microondas, aqueles pneus postos ao redor do indivíduo, aos quais se ateia fogo. Venceu.

Sérgio Camargo vai demorar para ser esquecido. Pelo que sei foi o primeiro a perceber e a ter coragem de dizer uma verdade incontestável e que incomoda os politicamente corretos: "A escravidão foi terrível, mas benéfica para os descendentes.Negros do Brasil vivem melhor que os negros da África." De fato, por qualquer ângulo que se olhe - renda per capita, alimentação, moradia, vestimenta, educação, saúde, respeito aos direitos humanos - negros no Brasil, em média, vivem melhor que na África.