Luiz Felipe Pondé > As vozes dos nossos ancestrais ainda falam em nossa mente Voltar
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Esse assunto é fascinante e o texto do professor sempre com referências que aguçam nossa curiosidade. Aliás, parece-me que os comentários a este artigo foi aprovado com unanimidade, diferente de muitos outros.
Excelente texto.
Pondé bizarro de bom!
Cara, que texto chocante. Eu só mantenho minha assinatura na Folha por causa do Pondé.
O texto de hoje é uma janela aberta para filosofar. Luzia é uma amerÃndia de aproximadamente 11 mil anos. No local de sua descoberta foram encontradas evidências do respeito do seu povo com os mortos. Hoje, sacos de luxo e guarda sol são usados para tampar as pessoas mortas em supermercados e padarias para o comércio não parar. O exame do DNA de Luzia prova que ela é Tupi. Os Tupis são os povos mais antigos da América com menor propriedade privada no momento.
O mapeamento do genoma brasileiro prova que a maioria dos brasileiros é descendente de um homem europeu com uma mãe indÃgena ou negra. Não adianta fugir do que somos. Tupiniquins com orgulho!? Nem isso os europeus nos deram chance de sermos. Muito longe de incentivar o ódio ao europeus, mas até a busca do autoconhecimento pode ser dolorosa ao ponto de embaçar a realidade. Que a filosofia e a lucidez não nos abandone.
É irônico que tivéssemos a capacidade de mudar o mundo, mas nos mesmos não conseguimos nos libertar dos nossos instintos primitivos. Já não fazemos parte da cadeia alimentar, mas continuamos a viver sob a lei da escassez e da territorialidade, ainda que produzamos mais do que possamos consumir. Mas o maior desafio é que a nossa solidão permanece a mesma, pois não conseguimos desenvolver mecanismos para sentir a dor alheia. Vivemos uma vida de desespero silencioso, como diria H. D. Thoreau.
Que comentário top. Parabéns.
Muito bons os comentários até agora publicados.
Ponde, pior que fazer filosofia da história para quem ainda precisa dela é fazeres vezes de historiador. Pergunto te: quem na História considera a reflexão de Braudel válida ou pertinente ao Tempo Presente?Voltaire, esse de fato um philosophe, deve estar se revirando no Panteão de Paris, pelo continuo esforço que fazes em reduzir os humanos em animais quadrúpedes de outras espécies. Esse teu pseudo niilismo é outra forma para reduzir humanos a condição mÃtica de nossa existência.
A teoria é de uma simplicidade e obviedade incrÃveis! Milhares e milhares de anos de crença numa “espiritualidade” fundada sobre a imaginação! Grato pelo ótimo texto!
Pondé acena com um olhar erudito e bem-pensante para as virtudes da História, mas não consegue disfarçar seu fascÃnio pela matriz primal do espÃrito do 'sapiens': a mitologia.
Não sei se concordo. O espÃrito no contexto é a voz interior. Então de mitologia não haveria nada.Eu enxergo muita psicologia e psicanálise. A mitologia são as armadilhas mentais e psicológicas que inventamos para que nós mesmos caÃamos nelas.Uma destas armadilhas ou mitologias atuais é acreditar que jovens adolescentes sem muita experiência de vida irão nos salvar de nós mesmos.
O grande mistério é o motivo do homem primitivo retratar apenas a n i m a i s e nunca a si mesmo, não ser bonecos sem rosto, como representados por crianças na primeira infância. Mesmo quando avançamos mais no tempo e chegamos à arte egÃpcia, as pessoas eram representadas somente de perfil nas pinturas. O rosto frontal somente em representações 3d nas esculturas
O que falta ao ser humano é assumir verdadeiramente o medo da morte, do abandono e do fracasso. Não precisamos voltar para cavernas. Precisamos olhar no espelho e criarmos vergonha na cara por fabricar tantas mentiras e desculpas para salvar nossa insignificância cósmica achando que somos relevantes e importantes para a história. Essa humilde consciêncientização por si só nos traria um salto evolutivo enquanto civilização extraordinário.
O Capitalismo pelo bem e pelo mal trouxe um antropocentrismo predatório. Não cabe mais no mundo tanta orgia e megalomania. Não haverá à gua e oxigênio suficientes para tanta p... loquice. Nem em Marte ou em Titan caberá o sofrimento egóico infantil e mimado da civilização do séc. XXI. Ou mundo para com essa fantasia de Walt Disney do consumo ou a natureza se encarregará dos castigos para 80% da população.
Eline, acredito que o ser humano é tão complexo que nunca teremos a totalidade do que somos em vida. Isso é um exercÃcio para nossos entes queridos depois da nossa morte. É até ele terão dificuldade é não alcançarão o objetivo de forma plena. É como se fôssemos um sopro. Acho que a sabedoria é se comportar como um sopro de vida mesmo.
É isso aÃ, Pablo. Acho que o homem, ser tão narcisista quanto hedonista, recusa reconhecer sua real e ambivalente dimensão de grandeza e fragilidade, mergulhando na busca de um sentido supostamente relevante que justifique sua existência .
Muinto bom o tema e o texto.Obrigado.Sigo crendo que a maior parte de nossa decisões,tem origem em nossa mente primitiva.Mesmo com processos sociais complexos,ainda temos o chip do processador principal animal.Polimos nossos comportamentos,por não mais depender de um grande esforço para nos mantermos vivos.Assim como se amassam animais selvagens,com disponibilidade de alimentos e abrigo.Talvez a maior conquista Sapiens,seja juntamente a harmonia entre as duas realidades de que somos feitos.
Texto inspirador. Em visitas a sÃtios de pinturas rupestres pré históricas como a Serra da Capivara (PI) e a Serra de las Manos Pintadas, na Patagônia, concluà que nossos ancestrais se inspiravam e eram atraÃdos pela beleza cênica daqueles locais. Suas lindas pinturas, usando a tela da natureza, pareciam dizer: também posso criar algo belo e imortal. Aqui Nietzsche estava certo- a Arte salva. Desde as épocas ancestrais.
Excellent ! Texto muito legal! Referência de livros pertinentes, um assunto completamente filósofo se baseando em fatos. Abre espaço para uma atividade intrapessoal intensa. Como tentamos buscar a eternidade em nós mesmos. A cobra comendo a si mesma e criando armadilhas mentais para culpar o outro dentro de si mesma. Inventar o outro da forma que queremos dentro da nossa eternidade Ãntima. A diferença é que hoje gastamos energia elétrica para isso nas baterias dos celulares.
A busca dos ancestrais pelo animal interno chega ao fim, quando a caverna com pintura de 18mil anos é fechada por deterioração por turistas , quando Luzia é queimada dentro do Museu e se constrói um aeroporto à 5 minutos do local onde Luzia foi encontrada. É a ânsia da humanidade querendo fazer parte da essência sacra do animal irracional, como se a racionalidade humana estivesse vindo conjuntamente com alguma humanidade que diferenciasse do mundo irracional.
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