Painel do Leitor > O que você aprendeu em 2020? Conte para a Folha Voltar
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Aprendi que não posso nem devo duvidar que existe gente com sentimentos com nivel abaixo de zero, mesmo tendo sido posto no cargo mais importante do paÃs pelo voto do eleitor.
Uma certeza infeliz abateu sobre todos nós. Atrás de uma cortina de solidariedade, levantava uma muralha de oportunismo, onde comerciantes aproveitavam da desgraça e infortúnio das pessoas aumentando os preços abusivamente; politicos e administradores da coisa pública aproveitando para enriquecimento ilÃcito com licitações fraudulentas com justificativas infundadas sob o manto da emergência, desvios de verbas, superfaturamento e as mais variadas formas de roubar os recursos públicos.
Tendo dedicado minha vida inteira à Ciência e Tecnologia, aprendi que a ignorância e a indiferença humanas são muito maiores do que eu supunha. Em relação ao Brasil, saio de 2020 com a triste certeza de que, medida pela tamanho de nossos passos, a regressão foi imensa. Porém, do ponto de vista da história da humanidade, cujos passos têm tamanho de milênios, talvez apenas o Brasil tenha estagnado. Apesar de tudo, a inteligência e o conhecimento seguirão crescendo inexoravelmente.
Idosa e morando sozinha, redescobri o prazer de estar comigo. Aprendi e me apaixonei pelo tingimento botânico . Me fez, rever valores e tornar-me mais gentil com o meio ambiente. Cada trabalho uma surpresa e uma emoção para alegrar meus dias, que têm ficado curtos com tanto trabalho.
Que tudo pode piorar....
Aprendi que entre escolher um sociopata e um ladrão, a segunda opção é menos danosa. Além disso, se não for cleptomaniaco, um ladrão pode ser regenerado, enquanto a sociopatia pode ser controlada, mas não tem cura.
Aprendi que não adianta eu estudar as propostas dos candidatos e escolher aquele que é minimamente coerente. Preciso convencer outras pessoas a fazer o mesmo. Olha o inferno em que a gente se meteu por eleger Jair Bolsonaro.
Aprendi que a união de corpos em uma mesma residência já não basta para garantia de cumplicidade, constatando de vez, o fim do modelo famÃliar tradicional. Hoje o importante é saber sobre e dialogar com os outros. Onde isso vai parar! Triste!
.."tradicional". .no sentido dos diálogos entre os partÃcipes da famÃlia.
Aprendi como é perigoso um governo de extrema direita. Quem, como eu, perdeu parente e emprego para a covid, sabe como são terrÃveis as consequências de um governo irresponsável e despreparado.
Não aprendi. Apenas confirmei que a Folha de SP é um órgão de imprensa que passa pano pra necropolÃtica e que acha que todos devem fazer autocrÃtica, menos ela. Apesar disso leio, pois, repórteres tem pouco a ver com editores e informação, mesmo quando tratada de forma conveniente, é meio de criar consensos, e opinião pública ainda vale algo nesse projeto de ditadura que virou o paÃs.
Aprendi a ter resiliência,tomando rivotril e ansioliticos.
Que o conceito de pior é infinito.
Eu aprendi, como professor que realmente o ensino a distância, embora para quem monta as aulas no classroom, seja exaustivo, a aprendizagem dos alunos foi muito menor, embora com certeza foi ofertado mais conteúdo, aprendi também que o Estado (São Paulo) não perde uma oportunidade, para prejudicar os funcionários públicos - professores - que embora esteja a anos sem receber aumento, deve seus rendimentos congelados, mas a luta vale a pena, o governo passa mais os professores ficam, acorda Brasil
Aprender não, mas confirmar que colocaram um psicopata no comando do paÃs!
Eu aprendi a usar o Google Meet!
Eu também. E o Moodle. E a gravar vÃdeos no notebook, narrando apresentações do PowerPoint.
No meio de tantas distrações do dia a dia, o isolamento social facilitou o encontro do eu comigo mesmo!
Isso não vale para mim somente, para cada um de nós: aprendemos que, dependendo da situação, o distanciamento passou a ser considerado um ato de respeito e amor pelo próximo e até mesmo por pessoas que estão dentro de nossas próprias casas.
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