Ana Cristina Rosa > Vidas negras importam? Voltar
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A objetividade cientÃfica exige neutralidade. Percebi, nos comentários, a existência de um método corriqueiro entre os "opinantes": o problema está no negro (é ele quem rouba, não estuda, envolve-se em atividades clandestinas e ferem a lei). Ora, assumam o racismo que vcs carregam em si mesmos, a falta de compromisso em salvar vidas negras como demonstra o belo artigo de Ana Cristina Rosa. Rebeca (7anos), Emily (4), Edson (20) e Johrdan (17) foram assassinados no RJ e estão nas estatÃsticas.
O Brasil é o paÃs mais miscigenado do mundo. Exceto raras excessões, não existe racismo, existe sim uma péssima qualidade da educação pública, além da cultura de não valorizar a educação. Esta agenda de cotas faz com que o complexo seja incentivado evitando atacar a real causa da não ascenção social.
Esse argumento de que pretos morrem mais porque cometem mais crimes é de uma estupidez racista quase infinita. Ela não responde a seguinte pergunta, por que osso acontece? Não falam de mais de 300 anos de escravidão e das sequelas de uma "abolição" literalmente para inglês ver. São os mesmos que reclamam do sistema de cotas, por não entender o genocÃdio que essa população sofreu. Por fim, não colocam em suas estatÃsticas os crimes de colarinho branco, de gente branca, que mata no atacado.
Nelson, se você visse a sua vizinhança acima e abaixo, não dormia essa noite. Jesus da Goiabeira que te proteja, Nelson...
Não existe racismo estrutural no Brasil, não há uma lei, uma instituição, um partido polÃtico e nada contra os negros. O fato de mais negros morrerem de forma violenta é porque eles se envolvem mais em crimes. E puxam para baixo as estatÃsticas de violência fortemente. Essa é a dura realidade.
É mesmo??? E os crimes de colarinho branco, cometidos por gente branca, não conta?. São crimes "leves" para você" ?. Eles matam no atacado, e quase nunca são punidos.
Da mesma forma como apurar e divulgar notÃcias é tarefa dos jornalistas pagos, a segurança pública é ramo dos respectivos especialistas. Vai querer que as autoridade se alinhem a seu pensamento, colunista? Tô fora!
Basta que as "otoridade" pensem, Chang, em qualquer direção, mas pensem. Ah, que respeitem a lei; e quando não o fizerem, sejam punidas.
Dona Ana, pelo que percebo, a maior tarefa é trabalhar a percepção de existência do racismo. Como o colega Paulo, abaixo, gente que tem miolos continua crendo que uma inerente tendência do preto à criminalidade é a galinha e, seu encarceramento e/ou posição de vÃtima da violência, é o ovo. Ao rés-do-chão, discutir análises de variância e covariância, capazes de isolar, da cor da pele, uma série de elementos e extrair causalidades, é ingrato. Há muito ainda que se fazer, não? Boa sorte e bom trab
A autora se esqueceu de dizer que as taxas de criminalidade para negros sao maiores do que para a população em geral. Segundo o verbete “Race and Crime in the United States”, na Wikipédia em inglês, a taxa de homicÃdios per capita cometidos por negros eh seis vezes maior que para brancos. No caso de roubos per capita, as diferencas são ainda maiores.
Você tem razão, Marcos. Escrevi que a analogia era fajuta. Não me ocorre outra.
Correndo o risco de poluir o espaço aqui, e já poluindo, acredito que não seja particularmente boa amostra para inferir nada. O continente africano, invadido por ingleses, franceses, portugueses, holandeses e belgas (faltou algum ladrão aÃ?) herdou mazelas administrativas e polÃticas. Quando, por alguma circunstância, formaram-se governos locais, no mais, militarizados, os herdeiros do trono contavam com a benção branca. Mudou a cor, permaneceu o odor. De falcatrua de conquistador.
Marcos. Não sei se há no Brasil bastantes negros em posição de poder para montar uma estatÃstica. Fazendo-se uma analogia fajuta com paÃses africanos, eu chutaria que os negros se comportariam (ou se comportam) exatamente como os brancos.
Peter, com licença, pergunta boa, deu coceira. A gente teria que dar uma olhada na literatura, né? Nas análises dos crimes comuns há grandes massas de dados, e dá pra usar bons testes - e as questões relacionadas tem relevância social muito grande. Mas a sua advocacia do diabo põe uma questão que é menos comum, populações menores, com menor influência direta na vida das pessoas. Seria muito interessante comparar pretos e brancos em situação de poder. Dona Ana, ajuda a gente!! ;-)
Prezado Marcos, de minha parte agradeço pelo pitaco, e pela fina ironia...
Perfeito. Por que não mostrar o outro lado da estatÃstica? O percentual de crimes cometidos por grupos raciais e, naturalmente, tentar explicar até que ponto o racismo vigente induz à criminalidade. Se considerarmos os crimes não violentos, não apenas os homicÃdios, tipo colarinho branco, igualmente ou mais graves, como fica a estatÃstica?
Meus caros, peço licença para dar um pitaco, me corrijam se necessário. Não, José, não há proposta de solução, o Paulo constata a diferença. Quem propõe solução, compartilhando parte da perspectiva do Paulo, é o Herculano: como ele faz uma atribuição ao fator econômico, ele crê que equalizar economicamente as populações branca e preta resolverá a questão. Subjacentemente, entende que isso será feito no sistema capitalista convencional, regulado por mercado, com mÃnima presença de estado.
Se um artigo menciona, ainda que remotamente, a questão do racismo e já se tem a certeza de encontrar seu comentário, em cruzada obstinada baseada em dados "cientÃficos". O que o sr. propõe para resolver o problema? Eugenia?
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