Marcelo Viana > Nossas escolas ensinam matemática do século 19 Voltar
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Toda criança ao terminar o sétimo ano deveria ser capaz, sem calculadora, de calcular porcentagens, de somar, subtrair, multiplicar e dividir números inteiros positivos e também negativos com qualquer número de algarismos, de interpretar e realizar operações com quaisquer frações tanto ordinárias como decimais. Isto é uma meta da nossa educação que não pode ser menosprezada.
As novas descobertas da matemática são tão complexas que apenas matemáticos as entendem. Como ensinar isso para quem não aprendeu nem o básico? Integrais, derivadas, equações diferenciais, estatÃstica... tudo isso remonta ao século XIX. Vamos incluir tudo isso no currÃculo do ensino médio? Como já disseram aqui, ao invés de um discurso utópico, seria muito mais útil propor mudanças viáveis para a nossa situação. Antes de grandes revoluções, precisamos fazer o básico direito.
Cabem se reunirem e cobrar do MEC melhorar a qualidade da Educacao para ser igual a de paÃses desenvolvidos.
Vamos para o segundo tempo do jogo... do ensino da Matemática. Para facilitar: em que nÃveis esta o problema? Espero a proposta do articulista bem detalhada. Dizer que a parede está torta é fácil, criticar métodos é simples. Reclamar do Mec... falar em notebooks... afirmar que foi enganado... mas, qual é a proposta do articulista?
Excelente reportagem, como aluno e atualmente professor sinto o quanto fui enganado nas aulas do ensino de matemática do segundo grau. Temos que mudar isso urgentemente
Acho "engraçado" quando alguém diz que está tudo errado no ensino, mas não faz a menor ideia do que fazer para melhorar. Que está errado, sabemos, já que temos péssimos Ãndices. Mas dar ideias reais e factÃveis para melhorar, ninguém dá. E não me venham com robótica...
A matemática que estudamos é do século retrasado assim como o método de ensino. Esse senhor ai é diretor do IMPA, o único instituto de pesquisa de ponta que o Brasil possui. Quem retruca porque acha que é educador devia se enxergar e lembrar que somos um dos piores paÃses de ensino de matemática do mundo. Quem aprendeu mal não ensina direito, não é culpa dos professores da ponta, é culpa de todo um sistema.
Professor, agora você me deixou ansioso, aflito mesmo. A geometria que ensinamos no ensino básico é a euclidiana, de 23 séculos atrás. Isso terá que ser revisto?
Não precisa...a geometria euclideana esta contida em geometrias curvas de n-dimensões...é um caso particular em que o senso comum esta acomodado e necessaria para prosseguir...toda caminhada começa com um primeiro passo.
Salvo engano, esse foi o artigo mais comentado do matemático Marcelo Viana. E sem nenhum engano, prova de que ele acertou no tema.
Prezada FSP, favor permitir a complementação de meu comentário que de ofensivo não tem nada. Esse ai deveria voltar para o Instituto e ler algum teório da EDUCAÇÂO e das ETAPAS do DESENVOLVMENTO Cognitivo. Melhor faria se voltasse a estudar.
Boa tarde/Noite. Eu sou um professor e não gostei do artigo. Não porque a tematica não seja importante, mas por que o próprio autor parece desconhecer profundamente o desenvolvimento educacional do aluno, para fzer um gancho de quem conhece escolas por literatira e institutos afirmar que a crise poderia ser pretexto para modificar a educação ( p. nehuma, cade a distrubuição de nootebooks para os alunos?) Deselegante EU. que nada.
Estranho! Ele parou o artigo em pleno desenvolvimento do tema, não entendi.
O jornal oferece espaço limitado aos seus colunistas. Pelo que entendi ele continuará o artigo numa próxima edição.
parou porque não entende de educação
Parou por que não entende de educação e dos processo cognitivos de aprendizagem.
Gostaria que comentasse de forma objetiva o que deveria mudar, eliminar e acrescentar no conteúdo de matemática para torná-la mas útil na formação dos jovens. Merecemos um artigo sobre isto.
Sim. Detalhe que aspecctos inovadores são estes - que não se aplkcam no Brasil - no enino da mais cartesiana das Ciências. Seja professor, seja didático mesmo!!!
Aqui o professor faz de conta que ensina e o aluno de conta de aprende! Aqui nunca foi e nunca será será um paÃs sério!
Marcelo gostaria de ter tido você como professor. Instigante tua matéria de hoje. São vários os fatores para se construir um quatro de professores e tb do alunato motivado. Sem dúvida a matemática deveria ser o assunto da criança desde o maternal. Com ênfase no seio familiar... aguardando tua próxima coluna. GratÃssimo! Mestre Mû
Tem razão ao afirmar que a escola no Brasil ainda está no século 19, mas esse paÃs ainda não conseguiu sair do século 16. Ainda vivemos no modelo de exploração colonial. Professor, vá conhecer a realidade da grande maioria dos alunos da escola pública brasileira, experimente dar aulas em uma escola de periferia. Para muitos desses estudantes a merenda é a única refeição do dia. Será que eles fariam bonito na escola do século 21?
Fariam sim, com menos bla, blá, blá e distribuiçãod e equipamentos como ntebooks para os alunos e cursos para os professoes em software e aplicação de problemas e modelos por computador.
Na fÃsica houve algo parecido ao da matemática. O fÃsico, prêmio Nobel, Richard Feynman esteve no Brasil em 1952 dando aulas e comentou o atraso das aulas de fÃsica no Brasil, dando enfase à memorização e ausência de atenção à pesquisa cientÃfica. Elogiou a escola onde o fÃsico brasileiro Cesar Lattes lecionava no Rio. Este último trabalhou em Bristol na descoberta do meson pi. Suas "Lectures on Physics" (Lições de FÃsica) eu levava na praia nas férias pois era instigante.
...quando aplicou um teste teórico sobre optica os brasileiros se sairam muito bem, quando levou um polaroide e pediu para eles acharem uma direção que a luz chegava polarizada...nada...apesar das dicas de Feynman que se encostava na janela aberta para a baia de Guanabara...moral, o estudo da fÃsica é igual ao estudo de um mapa da natureza, não deve ser confundida com a própria...estudantes mal preparados.
O grande segredo é a capacidade de um professor em motivar e criar o "gosto" pela matemática do aluno...basta isso...o estudante motivado irá atraz das ferramentas de ensino disponÃveis...professores,livros e conteúdos de mÃdia.
Com toda certeza, Richard Feynman sabia motivar seus alunos, tocando "pandeiro" em aula para ensinar acústica e até em escola de samba em desfiles de Carnaval no Rio. Concordo com você Germano.
Ciência é Ciência, seja exatas, humanas ou biológica, a Matemática é uma invenção do homem e, como tal, deve acompanhar a evolução , demonstrando mudanças fÃsicas, bioquÃmicas e humanas ao longo do tempo, não tem segredo! Os professores, não por culpa deles, é que ensinam a matéria como se fosse um bicho papão, tirando sua naturalidade, sua estreita e indissolúvel relação com a vida. A Matemática é simples, a vida também, vamos estuda-la.
Uma pena que a serrapilheira não pensa assim. Submeti um projeto neste contexto, exatamente para compartilhar com os pares os meus 27 anos de experiência e uso das novas tecnologias no ensino das ciências exatas. Preferiram apoiar um projeto de podcast da folha SP. Neste paÃs não são só os rios que correm para os mares. Os fomentos também e por isso nada muda e as mãos são sempre as mesmas, não só na serrapilheira, mas em outras entidades de apoio a ciência. Viva o século XIX.
Como professor posso afirmar que isso reflete também no ensino de fÃsica, ensinamos a fÃsica do século XIX, arranhando de leve, quando o tempo permite, as grandes discussões que levaram ao surgimento da fÃsica moderna. Essa discussão, o que ensinar e como ensinar em pleno século XXI, é extremamente complexa, pois envolve muitas variáveis, e uma das mais importantes é o vestibular, que engessa boa parte do nosso atual sistema de ensino, pois nele se cobra somente a fÃsica do século XIX.
Mesmo a fÃsica do século 18 é ensinada de modo esquemático por falta de instrumental matemático em minha opinião. Sem uma base de cálculo de várias variáveis, (já existente naquela época), como demonstrar uma coisa básica como por exemplo que órbitas elÃpticas decorrem da lei de gravitação de Newton?
Acho que se os alunos realmente aprendessem a matemática do século 19 em nossas escolas estarÃamos em outro patamar. Uma vez minha mãe me mostrou o caderno dela do seu último ano escolar, lá pelos anos 30, correspondente ao ensino médio de hoje. Fiquei surpreso com o conteúdo, que incluÃa noções de limites e derivadas.
Mas seguindo ainda nessa linha de raciocÃnio das escolhas que a escola deve fazer sobre o que ensinar, não seria mais interessante estudantes aprenderem sobre as ferramentas matemáticas por trás de big data e machine learning - incluindo a discussão de seu uso para personalizar publicidade e postagens em redes sociais - do que as relações trigonométricas do tipo cos (a + b)? Acho nós dois dirÃamos que sim, sinal que estamos pensando parecido aqui, só nos atentando a pontos diferentes.
Exato, José Cardoso. Note que não me manifestei contrário ao ensino de conceitos anteriores ao século 21, apenas destaquei a necessidade de desenvolvimentos atuais. Por isso exemplifiquei que aprender limites e derivadas em 1930 não era aprender atualidades. Uma das questões da escola é o que aprender, mas não é a única. Por que aprender, como se aprende, com quem aprender e o que se faz com o que se aprende são algumas outras (e isso para ficar só na função de qualificação da escola).
Alysson, o uso que cada pessoa fará com os conteúdos é o mais variado possÃvel, dependendo de sua trajetória de vida e profissional. Mas sem aprendê-los, é certo que não haverá uso nenhum. E o fato de algo ter sido desenvolvido séculos atrás não quer dizer que deixou de ser relevante. As missões espaciais usam a gravitação de Newton, não a de Einstein por exemplo.
Mas veja, limites e derivadas é matemática do século 17, o ponto não seria mostrar (i) como é o atual desenvolvimento da matemática; (ii) como a matemática pode impactar na vida individual e coletiva? Não vejo com bons olhos um estudante que sabe propriedades logarÃtmicas ou derivadas de funções harmônicas, mas é incapaz de interpretar um gráfico de curva exponencial e refletir sobre as consequências disso seja no sistema prisional ou no inÃcio de uma epidemia.
Espera aà pessoal, o autor do artigo foi tomar uma água e já volta pra terminar de contar onde quer chegar... Esperem sentados
o papel da matemática em nossa cultura está contido em suas raizes etimológicas: são as técnicas (ticas) de conhecer (matemá) o mundo. Por isso, seu ensino deve ser contextualizado.
Marcelo, acertada a escolha do tema que tanto desconforto causa aos "tradicionalistas". Acontece em todas as disciplinas e a Matemática não deve, e não pode, ser exceção. Mas decidir qual conteúdo ensinar será uma luta deveras inglória...
A grande pergunta não é o que ensinar....é o que o aluno quer aprender. Aprender para a vida sem essa visão desconectada da realidade. No Brasil então é mais complicado. Não da para ensinar o mesmo no Amazonas e em São Paulo. É preciso contextualizar mais, tanto com a realidade que nos cerca, quanto a visão de mundo do estudante.
O tema é interessante. Mas o artigo não é uma novela do Machado de Assis que ma faça curioso em voltar e procurar a continuação da história. Este texto merecia o arremate aqui mesmo. Apresenta o motivo e parte para a conclusão. Ponto.
Ensinam Gauss, mas não ensinam Euler, nem Pitágoras?
Continuará nos próximos, não!!! Vc pode até começar no próximo, pq o artigo de hj só serviu pra encher linguiça e nos apresentar ao Klein
Folha, vamos dar mais espaço aos colunistas. É o fim da picada ficar lendo uma argumentação por fascÃculos
Achei muito superficial, qual é a matemática dos séculos 19, 20 e 21? Qual a matemática que deve ser ensinada no século 21? É possivel ensinar uma matemática no século 21 sem as bases da matemática dos seculos 19,18 ?
O artigo é de utilidade pública. A maioria das pessoas pensa que a matemática não reflete a evolução humana, que é a mesma desde a geometria euclidiana. E para os apressadinhos, lembro que identificar um problema já é parte da sua solução. Parabéns, Marcelo Viana. Não perderei o próximo texto.
Parabéns pelo abordagem do tema de suma importância. Precisamos urgentemente enfrentar esse desafio significativo de construir um currÃculo voltado para o futuro
Fraca mesmo. Podia ter explicado o que é matemática do século 19, e o que fazer para superar o problema.
Decepcionante vc lê um texto que só tem tÃtulo. Estou até agora esperando o final do texto.
Sabemos do problema. Queremos soluções.
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