Opinião > Diante do espelho: brancos e o antirracismo Voltar
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O principal da luta antirracista é jogar luz sobre a branquitude. Branquitude é um comportamento criado por pessoas brancas, mas hoje muito difundido. O racismo não é problema do negro apenas, pois se o negro está sofrendo racismo, quem está causando?
O preconceito não se restringe a brancos contra negros, mas tem muito a ver com status social. Pelé nunca foi barrado no Ritz de Paris, ou qualquer outro grande hotel do mundo. Na nova Ãfrica do Sul surgiu uma comunidade de negros ricos, os quais discriminam os negros pobres, ou seja, negros de Ferrari olham torto para negros pobres. No Rio, moradores das partes baixas dos morros discriminam os que moram mais alto, os mais pobres. Os exemplos são intermináveis, e o espaço aqui é pequeno.
Excelente observação. Mais que tudo, as desigualdades econômicas e delas decorrentes sociais, como num paÃs desigual como o Brasil, é que falam mais alto.
Os principais agentes de mudança devem ser os próprios descendentes de africanos. O papel dos brancos está mais em alertar e ou não reforçar atitudes racistas entranhadas de outros brancos. Por exemplo, uma coisa que aprendi de um colega negro é que a expressão inocente "neguinho" como sujeito indeterminado, sinônimo de "cara" é racista. Podem reparar que na frase que vem a seguir, o "neguinho" faz algo negativo.
Curiosa essa opinião de construir uma sociedade onde os postos e cargos são ocupados olhando a cor da pele para combater o racismo... Vai entender! Não é a vertente marxista do proletariado tomando o poder pelo fato de ser proletário? E uma vez no poder... a economia desmorona por ineficiência de quem governa. Vide URSS.
Entreino site do Instituto Ibirapitinga pra dar uma olhada. A diretoria é composta pelos autores do texto: ambos brancos. Dos 4 gerentes, duas são negras e dois são brancos. Ou seja: 2/3 do Instituto é branco e 100% dos maiores cargos são brancos. E é essa duplinha que quer vir ensinar os outros sobre como "vencer o racismo". Afff
Cloves e Paulo César não entenderam o espÃrito da coisa. Seus comentários parecem bisonhos, ainda que sejam sinceros. Sim, Cloves, o racismo é sintoma de debilidade e insegurança, mas o sistema que o sustenta obviamente responde por grande parte das manifestações racistas, "legitimadas" por esse sistema de perversidades e clichês. Clichês que Paulo César repete. Não se trata de hierarquizar as pessoas de acordo com o QI, César, e sim de aproximá-las, com direitos iguais. O QI que se da ne.
Textos descabidos e repetitivos como esse não ajudam no combate ao racismo, mas atrapalham. Só iremos resolver o racismo depois de nos convencermos que ele é um sintoma de uma saúde psicológica debilitada. É um sinal de falta de integração psicológica, baixa auto estima e insegurança Ãntima. Pessoas saudáveis psicologicamente não são racistas e não precisam de apoio dos seus pares para construir uma identidade. A xenofobia é o comportamento resultante, mas pode e deve ser tratada.
Discordo. O racismo é praticado pela branquitude totalmente saudável psiquicamente. É uma estratégia de exploração e manutenção de privilégios, aprendida por todos desde crianças. Mas existem algumas questões psicológicas que envolvem o subconsciente, como a vergonha, a negação, o narcisismo.
Caro Cloves, discordo de que o racismo seja algo apenas ligado ao psiquismo do indivÃduo. Isto até pode existir, mas não suplanta o racismo enquanto fenômeno coletivo, social, alheio à s idiossincrasias, aquele racismo construÃdo durante séculos e que permeia a cultura e o próprio desenho social, e ao qual, assim como o machismo, chamamos de "estrutural". Logo, é necessário combater atitudes individuais racistas, mas é ainda mais urgente mudar a estrutura racista que forma nossa sociedade.
Ulha, Raymundo, como é curioso o mundo: dois cabras a fazer arrazoados, no mesmo post enviado duas vezes, um em cada encarnação, fazendo-o na mesma direção. Se nosso colega estiver aqui disposto efetivamente a debater, ótima oportunidade. Se não... não! ;-) Mas a posição está demarcada. Os pontos de partida entre diferentes pessoas são sempre distintos, ainda que entre brancos. É um trabalho de séculos de convencimento, que não se desfará simplesmente, mas tentar ainda não é baldado, creio.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Paulo, digno de Hitler seu comentário eugenista. Dezenas de estudos já desbancaram essa pseudo-ciência há décadas. Uma recente meta análise reúne esses resultados: Racial and ethnic group differences in the heritability of intelligence: A systematic review and meta-analysis.
Joy, excelente a matéria que você desenterrou. Vale a pena ler, Paulo. E não confie cegamente na Wikipédia
Há um artigo muito bom que saiu há alguns anos na folha sobre a relação entre raça e QI. Sugiro que leia: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1612200703.htm
Paulo, falá pocê, mano, cê é impermeável. Resiliente também pode ser um adjetivo aplicável, é uma escolha que não farei no momento. Vamos lá. Afirmo que sua asserção é excessivamente estreita e epidérmica. QI é uma das possÃveis medidas de inteligência, nem a melhor, nem a mais complexa. Não é como falar que fulano mede 1, 5m e outro, 2 m; tem vieses, é uma medida indireta, baseada em construto, uma tentativa de medir uma abstração. Não use ciência pobre para sustentar opinião, só dá Herda.
Citar Wikipédia é tÃpico de eugenista de quinta categoria. Não tinha nada melhor?
Há também um clássico que sempre merece ser lido: "A falsa medida do homem" de Stephen Jay Gould. Se tiver um tempo leia, é muito agradável
A propósito, talvez você não tenha lido direito suas próprias fontes. Excerto de uma delas: The current scientific consensus is that there is no evidence for a genetic component behind IQ differences between racial groups.
Sei. E a Terra é plana, e vacinas são um crime, e o aquecimento global é uma farsa. Aguarde a visita do Papai Noel.
O sr passa por cima de muita coisa ao apoiar-se nos testes de QI para afirmar a igualdade de oportunidades. Os inventores dos testes de QI tiveram que suar bem mais a camisa para validar seu instrumento. Sua hipótese sequer iniciaria uma pesquisa. Ela não é cientÃfica, embora "sofisme" em nome da ciência. Muito comum esse "erro" entre pessoas ignorantes ou mal intencionadas. Mas afinal, aqui é lugar de opinião, coisa que todo mundo tem. Não basta usar números para fazer ciência.
Fontes: verbetes "Race and Intelligence" e "Heritability of IQ", na Wikipedia em inglês, e "Race Differences in Intelligence", de Richard Lynn.
Assassinar significa matar alguém intencionalmente. Assim, George Floyd não foi assassinado, pois morreu por asfixia ou ataque cardÃaco enquanto estava sendo imobilizado após resistir à prisão. Já estava passando mal antes da imobilização e aguardava a chegada de uma ambulância e não de um camburão, fato que a mÃdia não divulgou.
Mais uma definição do Wikipedia? Procura a diferença de culpa e dolo, decora e depois vem aqui de novo
Se assassinar significa matar alguém intencionalmente, então George Floyd foi assassinado. Você está em negação, o que é tÃpico da branquitude envergonhada, porém sem coragem ainda de abrir mão de seus privilégios.
Mimimi fascista.
Que Deus não permita que mais nenhum ser humano na face da terra seja asfixiado enquanto aguarda uma ambulância. Amém!
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