Opinião > O racismo de Lobato Voltar
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Adoraria ter lido toda obra de Lobato quando criança. Ficaria mais culto e não mais racista por isso!
Concordo com o texto. Melhor manter a obra tal como concebida originalmente e usar os trechos preconceituosos para combater o racismo. Ou, se for o caso, que se publique a obra "revisada deixando ao leitor a opção de escolher.
Creio que o mais adequado é não mexer na obra e, no caso do público infantil, aproveitar os trechos para comentar sobre a mudança de maneira de pensar entre a época e os dias atuais. Mas não deixa de ser uma saia justa.
Nada substitui o bom senso !!! Parabéns !!!
Ai meu Deus! Que falta de ocupação !
Eu li e gostei muito do Monteiro Lobato na infância. Mas era outra época, em que ter uma babá ou cozinheira preta e analfabeta era tão comum, que para uma criança parecia fazer parte da ordem natural das coisas. Acho que essas obras tem interesse histórico, mas talvez sejam datadas e longe da realidade das crianças de hoje. Mas em vez de modificá-las o melhor é escolher outras.
Ora, se formos destruir todas as obras, nacionais e estrangeiras desde a BÃblia, passando pelo Alcorão, IlÃada, Shakespeare, Malcolm X, Audre Lorde, Chimamanda Ngozi Adichie, Machado de Assis, Kipling, Gilberto Freyre, Lobato, Emicida etc., estarÃamos destruindo todo o legado intelectual da humanidade. E pergunto, o racismo seria eliminado da História e da face da Terra? Acorde racistas!
Não se pode analisar o passado com olhar do presente. Não dá para voltar ao passado e corrigir. Se pudesse, a gente deveria mandar Colombo aportar em outra freguesia e deixar as Américas para os povos autóctones. Ou mandar o Marechal Deodoro continuar a sua aposentadoria, sem dar golpe de Estado. Ou em 1964 fosse apenas um primeiro de abril e não as trevas de 20 anos. O passado é para servir de exemplo no presente e não se repetir no futuro. A neta está errada ...e o editorial também!
Perfeito!! Seria uma lobotomia em nossa cultura. Os humanos somos seres de contradição. Não existe ortopsiquismo que enquadre a dinâmica cultural, sobretudo a nossa, tão mestiça, por isso tão rica. Esses fatos devem ser apreendidos pelo espÃrito do tempo, com muito pouco espaço para o tema do racismo frequentar as agendas. E iluminado pelos valores que pretendem disseminar, hoje.
Melhor seria escolher obras de Lobato em que o racismo não fosse tão explÃcito. A ideia de contextualizar ignora a baixa faixa etária do leitor-alvo. Por outro lado, tratar um livro infantil como um texto sagrado em que qualquer supressão seria um sacrilégio é colocar um purismo estético (?) acima do bem-estar de leitores mirins pretos e pardos.
Escolher para que? Devemos construir uma bolha estéril para a educação infantil? E o racismo é explÃcito para nós, não seria tão claro no passado. E o texto incomodar o "bem estar" de pequenos leitores pode ser ótimo, se isso o levar a questionar sobre quem escreveu aquilo e por que. Acho desnecessária a "adaptação" e mesmo prejudicial, mas não vejo problema em que seja feita, ainda que fosse de bom tom advertir de saÃda: "Adaptada para a sensibilidade mais frágil dos novos tempos."
Tem meu apoio. Sendo mais imparcial e apresentando opiniões variadas a Fsp manterá mais suas posições no mercado.
Faço o impensável, concordo com Camargo: mutilação politicamente correta. Existe um abismo entre a cultura atual ("do cancelamento"?), que quer limpar o ambiente e as pessoas de qualquer traço racista, e a de tempos passados que vivi, quando buscávamos em nós mesmos os traços de possÃvel racismo.em vez de negá-lo (hipocritamente) a priori. Éramos mais honestos, conosco e com os demais, não posávamos de virgens vestais.
Sim, as passagens revelam racismo por parte das personagens, mas daà deverÃamos concluir que Monteiro Lobato, a pessoa mesma, era racista? Não sou conhecedor da figura de Lobato, mas sei que o racismo já foi moeda corrente. A ciência mesma, hoje nega de pés juntos, mas já aceitou que as diferenças raciais explicavam a diferente prosperidade entre os povos (e não foram apenas os nazistas). Leio a passagem citada como a expressão ingênua de uma criança aproximando tia Nastácia, e não excluindo.
Neste caso, penso que seria melhor ouvir a opinião de pessoas ligadas aos movimentos antirracista.
O texto começa errando a partir do tÃtulo, "O racismo de Lobato". Bom colocada a questão, o racismo não é de Lobato, mas da sociedade mundial à época, e de suas teorias supostamente cientÃficas, que eram racistas. Logo, textos como de Lobato são muitos, são documentos da época, e em vez de CENSURADOS devem ter mediações. Em vez de usar um autor de bode expiatório, deve-se apontar para a responsabilidade das classes dominantes e de seus interesses, responsáveis por disseminar tais ideologias.
Se alguém é bom em futilidade, esse alguém é o n.egã-o de Palmares. Futilidade, burrrrrrice, grossssura, para citar poucas de suas inúmeras qualidades. Parafraseando o "se hay gobierno soy contra", em 99% das vezes vale o mote "se veio do ne-g.ão, sou contra". De tão do contra é o sujeito, que o mote, nesse momento especÃfico, não é válido. Sujeitinho marrento, esse Camargo...
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