Joel Pinheiro da Fonseca > O Brasil pode ensinar o mundo, mas só se fizer a lição de casa Voltar
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O melhor das colunas deste articulista, Joel, é ler os comentários. Quem sabe em 2021 a Folha também os leia e note o quanto dispensável são as matérias.
Racista mas miscigenado, diz Joel. Como se a miscigenação atenuasse o racismo e não fosse o resultado dele num paÃs formado com o extermÃnio dos homens negros e Ãndigenas e o estupro das mulheres negras e Ãndigenas. Pesquisadores da USP estudaram o genoma do povo brasileiros e descobriram o que os sociólogos de esquerda já sabiam. Temos somente 14,5% de herança genética de homens negros e menos que 0,5% de homens indÃgenas. Já nossos genes herdados das mulheres tem 36% de negras e 34% indÃgenas.
Baixou o Dr. Pangloss no Joel que vive no PaÃs da Alice. Fonseca incorpora o sedutor Cândido e prega a democracia plural inexistente nos trópicos; algo comum aos meninos da USP. A polarização polÃtica é o que define e giza o campo do real concreto. O bloco de poder no poder realiza seu destino preferencial. O mapa do possÃvel, com pragmatismos ocasionais e intermitentes, apenas se presta à acumulação de dilema e lamaçal sob tapetes palacianos. A oposição é tÃbia e dócil; mas polÃtica é força!
Achei essa teoria da miscigenação sem pé nem cabeça... Claro que o Brasil é racista, homofóbico e machista, os números gritam, não é nenhum mimimi da esquerda. E a existência de paÃses com Ãndices piores que o Brasil não alivia em nada nossa realidade.
É necessário demarcar territórios quando se fala da esquerda, a "esquerda"identitária tem se situado no campo da direita, ao manifestar apenas revolta, buscando inserção sistêmica, se equivale á direita "esclarecida", que financia pesquisas para fragmentar a classe trabalhadora e encobrir a exploração dos que vendem a força de trabalho, revoltado, não é revolucionário, é só, revoltado!
M
Mais uma 'batatada' da redação (que não está no texto): a sintaxe de transitividade de ensinar ('ensinar o mundo', objeto direto) não é correta no padrão culto - se ensina alguma coisa a alguém. Por um 'lapso', o uso do tÃtulo só é correto no sentido de 'dar treinamento a (animal); adestrar: ensinar um cavalo'.
É o paÃs do futuro. O Stefan Zweig estava certo, mas nós somos apressados. Assim como lá pelo final do império romano o futuro estava com o godos de lÃnguas germânicas. Só que levou mais de 1000 anos para se organizarem como Alemanha, SuÃça, Holanda e Ãustria.
Como sempre, nunca leio percepções alheias antes de registrar as minhas. Fiquei surpreso com seu teor, inclusive de alguma violência, pequena, mas incontida. Se algum colega leitor puder refletir sobre, conta com minha curiosidade.
Desacreditado que estou no Brasil, ao completar seis décadas, enxerguei um copo meio cheio no texto do articulista. O Brasil tem, sim, muito a ensinar ao (e a aprender do) mundo. Espero que não acabem com o paÃs antes disso.
Caro Fernando, mal registrei minha surpresa quando me deparo com a antÃtese do que me espanta. Um salve a seu copo meio cheio, também creio na potência da nossa pedagogia - e, sim, isso inclui Paulo Freire.
Caro Joel, essa sua visão é tremendamente otimista e, mesmo eu não sendo um, aprecio vê-la e, em parte, com ela concordo. Acho adorável que tenhamos afetos vivos, esse é o ponto em que me sinto mais roubado pela pandemia, quasi-matado, por ter os abraços e beijos transformados em vetores de morte. Paradoxalmente, não tenho esperança alguma no mundo, no longo prazo: creio que meus trisnetos-sobrinhos (não procriei) viverão sob domos, e olha lá. Não haverá lição de casa que nos faça passar de ano.
Fiquei feliz, com a devida modéstia, obrigado do "abraço" - sei que é sincero e caloroso e "Brazuca". E com o respeito que tenho pelos seus miolos, Ayer, não me é pouca coisa. A sabedoria do Brás é precisamente a mesma da minha covardia de paternidade - não suportaria criar um tampinh@ e ver nel@ minhas misérias.
'Afetos vivos' e 'vetores de morte' - há muito o que pensar aqui. Brilhante. Brás Cubas diria: 'Não deixei a ninguém o legado da nossa miséria' - no caso, a miséria de um tempo ('zeitgeist', sorry!) que sequestrou a convivialidade e a alegria genuina.
Esse colunista é muito ruim. A matéria de hoje (veja o tÃtulo) mostra o quanto flerta com o terraplanismo.
Prata enferruja?
Sei não, parece-me estar precisando de algum kaol, Prata. E olha que eu reconheço meu próprio viés opaco.
brasil acomodado,subdesenvolvido,decadência social e corrupção endêmica ensinar o mundo?kkkkk ótima piada e imaginação fértil.
Quem está precisando fazer a lição de casa é a FSP que insiste em ter esse colunista completamente desnecessário em seu quadro...
Como sempre raso, superficial e plano ao tentar igualar a extrema direita reacionária a nossa meia esquerda, enquanto nega fatos concretos. Temos sim a elite mais egoÃsta do planeta.
Joel faz parte dessa elite. Não tenho dúvidas que é uma das piores do mundo.
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