Nascem na miséria, comem miseravelmente, estudam miseravelmente, crescem miseravelmente, vivem miseravelmente, trabalham miseravelmente: haja ócio! O Estado não têm nada a ver com isso: os miseráveis não fazem parte da nação. Os ricos não têm nada a ver com isso: os miseráveis não fazem parte da humanidade. O mundo não tem nada a ver com isso: eles são imundos!

É isso: os ricos devem pagar o ócio dos desempregados estruturais e dos acomodados e pt. Certo?

Um estado de exceção, afinal, não acontece do nada, por geração espontânea. É um projeto gradual, que por ocorrer lentamente permite que as pessoas se acostumem a ele, buscando alguma ilusão de normalidade para seguir a vida mesmo sob mudanças visíveis. O thatcherismo e o reaganismo fizeram a primavera neoliberal à qual aderiram os governos, sem exceção, a partir de Collor de Mello, nos anos 90. Cada um a seu modo e nuances desmanchou o Estado de Bem Estar propugnado pela Carta de 88.

Se fosse o Nelson Barbosa falando, teria um monte de especialistas " liberais" o achincalhando. Que o façam agora com o prêmio Nobel

Porque não conhecem o Brasil, inclusive, esse jornal, em defesa da ideologia, é das últimas trincheiras.