Mario Sergio Conti > Quem começa a ler Drummond pela prosa periga nem chegar à poesia Voltar
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Parei no Nelson repulsivo...
A poesia é demode e o Brasil continua sendo um pais de poucos leitores! E entre estes a grande maioria navega de forma excludente e categórica do velho mar da ressentida e vira lata mente provinciana: eurocentrica e academica ou entupida de enlatados e artigos inúteis de auto ajuda. Literatura? Poesia? Necadejiquitiriba
Visão preconceituosa, reducionista e arcaica sobre a crônica. Há citação indevida do crÃtico A. Candido que, ao contrário, defende a poeticidade, a grandiosidade mÃnima, não a natureza "menor". E não, crônica não é "descartável", é literatura de muita qualidade (informativa e inventiva), publicada em livro sobretudo a partir da década de 1970. Este jornal possui acervo digital de crônicas. O poeta não se "apequena" ao escrever crônicas. Crônico é o sensor que insiste em etiquetar o que é poesia.
Olha, classificar Nelson Rodrigues como cronista "repulsivo" é, no mÃnimo, boboca!! Depois pode se pensar em parcialidade, inveja, falta de carater...!!
Opiniões à parte, é injusto, é objetivamente errado dizer que Drummond "não se abalou" com a ditadura. De fato, ele apoiou o golpe num primeiro momento, como outros intelectuais também o fizeram. Mas Drummond depois se posicionou na oposição. Lembro, por exemplo, de uma crônica lida na adolescência em que o poeta ironizava o Colégio Eleitoral. Conti se equÃvoca. É pena.
Que bom! Sempre achei a prosa de Drummond enjoada. Mas, se Conti está aqui sendo apedrejado por “especialistas”. Quem haveria de...
ExcelentÃssimo, vaidosÃssimo colunista, suas reflexões sobre Carlos não fazem sentido a minha humilde inteligência, haja vista nem a sua. O poeta, sensibilÃssimo Drummond, possuÃa limitações, é claro, que acaba modorrento. Mas está aà sua genialidade singular. O senhor, talvez, tivesse Sete Faces, com Sete cérebros, conseguiria entender. Afinal, não é preciso uma psique desinibida para ser o melhor, basta somente a elegância humilde de um par de ombros caÃdos para suportar o mundo.
LAMENTÃVEL! Imperdoável sob quaisquer aspectos a assombrada condenação de 2 inexcedÃveis cronistas; gênios universais da melhor literatura, poesia e teatro da alma insondável da criatura (in)humana. Conti está sob severo efeito antidepressivo e tensão ansiolÃtica com nervos fibrilando sob eflúvios de cloroquinas e tubaÃnas. Quem leu 'As Impurezas do Branco' e 'A Vida como Ela É' dá-se conta de que Conti não aprendeu nada da Aldeia Campista e desaprendeu tudo das Minas do Itabirito.
Pô, Mário Sérgio! Dá um tempo! Quem é você na fila do pão para desqualificar as crônica de Rubem Braga? Faltou argumentação, faltou alicerce nesse achismo com pretensões lacradoras. Faltou conhecer a fundo a arte da crônica que você pratica com resultados mofinos, pedestres. Admita: Braga escreve crônica muito melhor do que você! O sublime no cotidiano não é algo que você consiga alcançar. Você prefere desqualificar, truque manjadÃssimo de quem cobiça as rebarbas de fama do que apedreja.
Angélica, a Srta. tá falando de Rubem Braga ou de Drummond? O autor do texto diz que Braga era um bom cronista, melhor no gênero que Drummond, que é o tema da coluna.
Na minha história de leitor deu-se exatamente o contrário da profecia do Conti. Jovenzinho, comecei a ler com avidez e entusiasmo as crônicas que Drummond publicava no Jornal do Brasil e depois parti para a leitura integral da sua poesia. Drummond já era um poeta consagrado e com obra relevante, mas cultivava como poucos o estilo médio da crônica. Nestes tempos atuais de lacração, talvez o cronista Drummond já não atraia mais a atenção do leitor acostumado ao artifÃcio das querelas inúteis.
Em 1965, a cantora Nara Leão, após entrevista corajosa a um jornal, teria sido ameaçada de prisão pelo governo militar. Drummond publicou naqueles dias um poema de ocasião, intitulado "Apelo", que se inicia pelos versos: " “Meu honrado marechal/ Dirigente da nação/ Venho fazer-lhe um apelo/ Não prenda Nara Leão".
Piorou! Esses versos de rima pobre vêem ao encontro do artigo de Conti.
Sempre um prazer ler Conti! Algumas crônicas mais de juventude que conheço são algo boas. Quanto à poesia, não concordo com isso: *Por consumarem uma necessidade Ãntima e vital, seus versos não têm nada de frouxo*. Ideal romântico de poesia, nos faz buscar vida-obra. Muita gente tem tal necessidade e não escreve poemas como D. Acho, a razão é outra, sem poder dizer qual. D. escreveu Máquina do Mundo, mas também poemas ruins. Acho perigoso essencializar, em poesia. Até a próxima coluna!
A patrulha ideológica sempre dando as caras. Lastimável.
Gosto bastante dos seus textos, Mário! Obrigado pelas reflexões. Ótima contribuição intelectual nesse Brasil em transe.
Nelson cronista repulsivo???? Ai ai ai.
O Brasil é cheio de vaquinhas de presépio, contra quem não se pode nem cogitar em tecer crÃticas. Conti presta um ótimo serviço ao dizer com todas as letras que Drummond (o maior poeta do paÃs, em minha opinião) foi um cronista sem graça, cultivava o compadrio e deu uma de odara durante a ditadura, além de péssimo crÃtico de cinema. Chamar as crônicas de Nélson Rodrigues (outra vaquinha) de "repulsivas" também são um alento nessa terra do "eu de elogio e você me elogia".
Rasa e lamentável resenha.
Amo a poesia de Drummond, mas sempre achei suas crônicas meio mais ou menos. Nunca tive coragem de falar isso. Na verdade, não acreditava ter estofo pra tal julgamento.
CrÃtica ( ou opinião?) ousada, desconstruir mitos é arriscado, mas necessário. O insosso me parece foi o necessário para o poeta sobreviver. Picasso produziu milhares de obras menores, era ávido pela comercialização. Fellini não foi sempre brilhante.Quem navega por muitas águas por vezes se perde na correnteza.
Nossa ! Tô chocada! Li as crônicas de Drummond e concordo, algumas são insossas, porém, não me impediram de ler suas poesias, muitas denunciando questões ambientais importantes, como adeus a 7 quedas, sobre a mineração em Itabira...detonar dessa forma Drummond a meu ver chega a ser desrespeitoso com sua obra, além de arrogante e pretensioso!
Generalização.
Fui apresentado pela escola, aos 11 anos, ao Drummond cronista. De fato, isso quase inviabilizou minha aproximação com o poeta. Apenas muito mais tarde e com bastante relutância descobri o grande poeta. Às vezes as escolas cometem esse crime.
Conti, nunca admirei Drummond. Cronicas pulava, poesias raramente eram assimiladas, pois como digerir o mineral que havia no meio do caminho?
Abri esse artigo para lê-lo porque concordei logo com ele, de cara. Comprei há 15 anos, um livro de prosa e crônicas de Drummond e parei na metade. Simplesmente nunca voltei ao livro. Achei-o pouco imaginativo. E era Drummond, vejá só como o nome vende. Agora me dedico a Vinicius de Moraes, vida e obra. Esse tem assunto viu...kkk
Apontamentos necessários, caro Mario. Certa tendência a cultuar alguns vultos da literatura, acaba embotando nossas vistas para aspectos biográficos mais abrangentes. A crÃtica dos escritos, também fica prejudicada pelo peso do nome.
Pra quem escreveu " Elegia 1938 " , " José " e " A Máquina do Mundo " tem crédito suficiente pra escrever a pior prosa do mundo
CRÔNICA corajosa.... É xará... nem sempre se produz best sellers....
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