Opinião > Fila única para a vacina Voltar
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Ética impecável, dialética sofrÃvel, e de execução inviável em ambiente democrático. Talvez dentro de uma comunidade eclesiástica, ou na Coreia do Norte, poderia ser viável. Por aqui, seria introduzido ao trafico de drogas um novo produto, as vacinas.
Texto preciso e precioso.
Perfeito! De qualquer modo, mesmo que dentro do argumento geral do artigo, acho que tem algo que seria ainda mais difÃcil de equacionar e justificar por quem defende a legitimidade da vacinação privada: que é a questão dos grupos prioritários. Pois, só após vacinar quilombolas, pessoas em situação de rua, população privada de liberdade, idosos, indÃgenas, entre outros estratos vulneráveis, é que se poderia começar a discutir a pertinência da participação do setor privado na vacinação.
O artigo é um primor do ponto de vista ético e social, todavia será difÃcil pedir à s pessoas com maior poder aquisitivo aguardarem o dia D e a hora H .
Obrigado aos professores por esse artigo direto e esclarecedor. Certamente muitos apressados, mesmo sem lê-lo, dirão que não concordam: são pessoas que deixam o senso comum prevalecer ao bom senso. Destaco e aplaudo o argumento central: "somente a fila única passa no teste da decência".
Contudo, lendo-o, digo que não concordo: eu quero passar no teste da covid, e a indecente demora federal não permite - somada à politicalha, claro.
Senhores, convenhamos: pode ter lógica, mas a prática da incompetência governamental sugere que, na briga de foice mundial por vacinas, nós continuaremos a ficar para trás. Socialmente justo ou não, tirar um player que tem capacidade de avançar mais rapidamente do que o governo, por quaisquer motivos, é cortar o nariz para desacatar a cara. Sinto muitÃssimo, vamos ficar esperando aqui, sentadinhos no asfalto, com a peste ao lado.
Não é verdade. Israel conseguiu vacinas suficientes para imunizar toda a sua população porque se dispôs a pagar mais. Deixar a iniciativa privada se virar no exterior para tentar comprar vacinas pelo preço que for e vendê-las no Brasil por quanto o mercado definir não irá prejudicar as iniciativas governamentais para conseguir os imunizantes. Se quem tem dinheiro consegue um atendimento melhor e mais rápido que o do SUS(ex. Einstein), por que com as vacinas isso tem de ser diferente?
No atendimento médico pode-se dizer que o benefÃcio é eminentemente individual; na vacinação, não, ocorre o contrário. Em ambos há benefÃcios individuais e coletivos, claro. Uma pessoa que estiver se tratando deixará de ser transmissora, por exemplo. A questão é a preponderância do individual/coletivo.
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