Opinião > Ford vai além Voltar
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Alguns paÃses que nunca tiveram indústria automobilÃstica, apostaram no investimento neste setor e hoje são grandes fabricantes mundiais, casos do Japão na década de 70 e mais recentemente Coreia e China. Será que o governo, não pensa em desenvolver uma polÃtica industrial que vise um produto nacional. Não era hora de ocupar o espaço deixado pela Ford, e ocupar um enorme contingente de mão de obra treinada e experiente. Onde anda o espÃrito de Gurgel????
Comentando com atraso, Amaral Gurgel é a prova da falta de apoio por parte do governo, montou sua fábrica sózinho, e faliu. Uma pena. Nossos governos preferem apoiar alguns Eikes Batistas, acho que dá mais retorno para alguns. E assim perdemos uma grande chance de capacitar gente com experiência e conhecimento técnico para desenvolver uma indústria automotiva nacional.
Pra nossa infelicidade, quem tem o capital, não tem apetite por risco, prefere deixar o dinheiro rendendo a juros e retorno confortável. Se o sujeito for realmente motivado, se manda pra os EUA ou Europa. Triste, muito triste.
A Ford está no caminho certo. Há excesso de veÃculos neste mundo. Urge a necessidade de parar de fabricar esse produto altamente poluidor. O trânsito está caótico, mesmo com a pandemia, não há onde estacionar e não há como respirar. É um produto de exibição, os preços são exorbitantes, os impostos são verdadeiros confiscos e caÃmos na ilusão de possuir um produto que expressa toda a nossa odiosa ostentação. Parou tarde, que sirva de exemplo para outras.
SubsÃdios, incentivos fiscais montaram um parque industrial capaz de produzir 5 milhões de veÃculos por ano. Nosso mercado aborverá só 2,5 milhões. Os custos de se produzir no Brasil são altos, por isto exportamos pouco. Evidentemente o fechamento da fábrica de carros da Mercedes e as 3 da Ford são só o inÃcio de uma reestruturação do setor que só sobrevive à s custas de dinheiro público. É a repetição do caso da indústria naval do Lula e da Dilma.
O último parágrafo fechou com chave de ouro.
O Brasil e a Ford foram os precursores do projeto de industrialização na América Latina, infelizmente, não soubemos (pelo menos na polÃtica) prosseguir e manter esse projeto ativo. Somos o paÃs no qual o processo de desindustrialização mais se acentua, a consequência será drástica para nossa balança de pagamentos, cada vez mais dependente do agronegócio (pouco emprego, mais concentração de renda) e do setor de serviços.
Uai moço - foram os governos dos últimos 30 anos que fingiram haver crescimento econômico oferecendo subsÃdios aos ricos. Ao atual não cabe rasgar a lei. Mas ela vem expirando - fazer o quê.
Realmente a Ford foi além. "Foi" para a Argentina rss.Interessante que lá existem tantos problemas quanto aqui , como inflação alta , juros, economia estagnada , concessões de beneficios fiscais, etc.Parece que o grupo Folha quer mesmo que o Brasil torne-se um paÃs campeão do liberalismo através da extinção do serviço público assistencial, privatizações do Banco do Brasil , Caixa Federal, Petrobras,Hidrelétricas , etc. Quem pagará pelos custos disso tudo serão os pobres e miseráveis como sempre
Nenhuma novidade. Tudo que era sólido continua se desmanchando no ar, menos essas polÃticas econômicas capitalistas. Voltamos ao capitalismo concorrencial do século XIX - "Pela exploração do mercado mundial, a burguesia imprime um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os paÃses...As velhas indústrias nacionais foram destruÃdas e continuam a ser destruÃdas diariamente." Escrito em 1848...
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