Opinião > Posse e porte de armas: o bom senso precisa prevalecer Voltar
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O trecho do texto em que o autor diz "limitarei-me" está errada, inadequada. A forma correta seria: Limitar-me-ei, ou seja, o uso da mesóclise quando o verbo está no futuro do presente ou pretérito ao iniciar um perÃodo.
As pessoas podem não gostar de armas, mas não está ao nosso alcance determinar que elas deixem de existir. Armas servem para matar, mas também para esporte e lazer. A primeira medalha de ouro do Brasil nas OlimpÃadas veio do Tiro Esportivo. Se as armas forem usadas para impedir o mal, serão instrumentos do bem. Em tempo: no meu texto original está escrito ...vou me limitar a comentar...
Uma das obsessões de Nelson Rodrigues era o safardana. Ele dizia: "Ninguém sai na rua e bate no peito berrando: ‘Eu sou um pulhaÂ’". O maior dos safadistas se achava um santo de vitral. Isso mudou muito. Hoje o gatuno se orgulha de sê-lo. Veste-se de terno, bigode e gravata da moda, cabelo pintado, carantonha cÃnica. Antes se ocultava pelos cantos escondido da própria sombra. Hoje argumentam orgulhosos pelo que chamam de armamento populacional e patriotismo polÃtico.
Ter uma arma de fogo em casa é um fato gerador de diversas circunstâncias fatais e nós brasileiros não temos discernimento suficiente para termos uma arma de fogo (vide os casos anuais de distúrbios e brigas domésticas que geram homicÃdios com arma branca). Na verdade, nem mesmo no mundo desenvolvido há discernimento no uso correto da arma de fogo, diversos são os casos de homicÃdios domésticos e coletivos, suicÃdios e dentre outros nos EUA.
Quantos CACs existem no Brasil? Será que o Estado brasileiro sabe? Duvido. Sejam quantos forem, serão uma minoria. Supondo serem todas pessoas de bem, somente essa minoria poderia se beneficiar dos tais incentivos. Além dos bandidos, é claro. No paÃs do jeitinho e da contravenção, quem garante que apenas CACs terão acesso a essas armas? No fundo, a questão é outra: Bolsonaro quer - já disse isso na célebre reunião de 22 de abril - armar a população só para defendê-lo. Esse é o plano.
Espere aÃ. Quer dizer que um CAC tem que cumprir vários requisitos legais para depois entregar o armamento para os criminosos? Eu obtive a autorização de compra pelo exército em outubro e até hoje nem sinal da entrega. Um criminoso não precisa disso. Por isso não diga “supondo que todos são cidadãos de bem”. Só o fato de ter o certificado deferido já e um sinal de que a pessoa está com suas obrigações em dia. E você, será que cumpriria tais requisitos? Desinformação mata.
Sigo os comentários de Marcelo Magalhães e Marcos Benassi abaixo. Congratulações a ambos. A infame polÃtica de armamento da população é exemplar da mentalidade doentia de Bolsonaro. É a promoção da violência elevada à barbárie. Autor da desgastada máxima * um paÃs se faz com homens e livros*, Lobato foi o criador do personagem Jeca Tatu, sÃmbolo caboclo de um tempo de miséria e atraso. EspÃritos miseráveis e atrasados oprimem e estão por aqui a nos assombrar.
A comparação de arma com faca e caminhão foi bem infeliz.
Sem dúvida é um retrocesso, até mesmo na tendência mundial. mas o Coisismo é paga pau dos republicanos americanos. somente o que importa é isso. eles não se interessam por estudos ou números. apenas blá blá blá. ainda bem que são péssimos articuladores no Congresso. se 10% do que desejam passasse no Congresso seria o mais completo caos
Bastante pertinente a sua colocação, agregue a ela o fato de que uma pessoa de bem treinada e em treinamento de tiro frequente de uso de sua arma, ira coloca-la em condições indesejáveis para qualquer bandido. Muito provavelmente essa pessoa de bem estará em condições melhores que o bandido no manuseio e uso de uma arma de defesa. Isso e tudo que o bandido não quer e não deseja: Ter você armado e sabendo usar sua arma como ninguém. Agora, tem que treinar e praticar.
Prezado Dr. José, a gente se prepara para situações reais através da imaginação de cenários hipotéticos. Muitos estudos sugerem uma construção serena e inexorável da catástrofe, da qual saÃmos depois, apesar de arrasados, de cabeça erguida. É fato que o que nos distingue é a capacidade de predição, o difÃcil é diferenciá-la da construção. Peço desculpas, mas leio uma chacina nas entrelinhas do seu texto, Nelson Rodrigues, Quentin Tarantino, ou Martin Scorsese fariam a festa a partir desse intr.
Caro Seu José, o senhor é uma pessoa que usa os bons miolos que tem, e louvo isso. Também creio que, em poucas e restritas situações, armas são úteis. Dito isso, vejamos, para cortar um pão ou uma carne, são inúteis, bem como não transportam nada além de almas para o além. É por isso que ninguém quer o sumiço de facas ou carros - ou inseticidas ou mesmo sacadas de prédios. O poder público quase nunca está presente: se eu apanho numa briga, recorro a posteriori, porque provavelmente estou vivo.
São argumentos frágeis, que não dão conta da discussão. Como você mesmo indicou, todo esse movimento Bozofrênico de desregulamentação/descontrole tem que ser contido, é um imperativo civilizatório. É ele o problema, não a meia dúzia de armas em poder de meia dúzia de pessoas preparadas - e isso não inclui a polÃcia, que anda aparentemente pouco preparada para tal. Essa é mais uma contribuição do Bozo para a nossa barbárie, a ser asseptizada com luz do sol e voto decente. E isso, arma não resolve
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