Samuel Pessoa > Crônica de uma morte anunciada Voltar
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Não temos infraestrutura suficiente para veÃculos à combustão, muito menos ainda para veÃculos elétricos. Dependemos das chuvas para mantermos nossas hidroelétricas funcionando. O setor de transporte rodoviário enfrenta crises cÃclicas, e uma nova greve de caminhoneiros está no horizonte. Desta vez o foco da discórdia é o projeto BR do Mar (PL 4.199/20) que pretende massificar o transporte (de longa distância) de contêineres, via navegação de cabotagem. Neste cenário, a decisão de investir...
... na produção automotiva cabe ao estrangeiro, já que não temos uma marca genuinamente nacional, diferente da Embraer. Só podemos decidir sobre polÃtica e infraestrutura. Sim, é necessário revogar a proteção à indústria automobilÃstica, mas antes precisamos estar preparados para as contingências. Por muito tempo esta indústria foi tratada como carro chefe da economia, justificando o tratamento a pão de ló pela classe polÃtica. Devemos optar por vários carros chefes.
Na época dos governos militares para comprar um automóvel pagava 40% de IPI e as montadoras trabalhavam a todo vapor 24 horas por dia. Aà está o despreparo dos governos civis. Cobram até mais de 60% impostos nos produtos básicos de consumo da população e dão incentivo a compra de automóveis, um produto que só da despesas e deveria pagar impostos caro.
O carro elétrico particular vai continuar sendo urbano, quando você quiser fazer uma viagem mais de 500 km ou mais, você loca, em vez de de reabastecer a cada 400 ou 300 km trocar de carro (por outro já carregado), para longos percursos não vamos ter posto de abastecimento e sim de troca de carro .
Sensacional, Samuel Pessôa.
Os grandes conglomerados hoje dominam a produção e as cadeias de suprimento. É fato e ocorre em todas as áreas. Manufaturados são caros no Brasil quer sejam importados ou produzidos aqui. A produção é cada vez mais automatizada, enxuta e carregada de inovação. Protecionismo e subsÃdios apenas adiam o inevitável. A Embraer encontrou nicho para competir e sobreviver. Quem não encontra é adquirido por um conglomerado. Simples assim, como marca de perfume.
Pau que nasce torto...diante de um paÃs com 50% de analfabetos e rede de esgotos apenas em parte de algumas cidades, o JK definiu suas prioridades: fabricar automóveis e construir uma nova capital do zero.
O carro brasileiro é um dos mais caros do mundo
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