Ah, Pondé ! Todo o esforço será válido. Por outro lado, o instigante é ver tantos eruditos revoltados com uma opinião. Seriam progressistas conservadores ? Tolerância de mãos dadas com a hipocrisia.

No Acordo de Oslo II, assinado na cidade de Taba em 28 de Setembro de 1995, está escrito no Artigo 17 "Saúde": "Poderes e responsabilidades na esfera de Saúde na Cisjordânia e na Faixa de Gaza serão transferidos para o lado Palestino, o sistema de provisão de saúde incluso (...) o lado Palestino irá manter os compromissos de vacinação vigentes e desenvolvê-los de acordo com os parâmetros aceitos internacionalmente (...)" - Vejam o marketing anti-Israel, nas matérias sobre vacinação no País.

Carolina Figueiredo: Tá bem! Muito obrigado pela atenção e seu comentário.

Essa filosofia feita para vender livros fininhos e palestras motivadoras em locais bem diferentes de universidades aposta na ética como era feita por estoicos e epicuristas. Dizer qual deve ser a finalidade das ações, com muitos aforismos, para que o autor se veja citado nas redes, mas jamais em trabalhos sérios. O princípio motivador é relativizar; isso permite fazer palestras para professores ou empresários. É marketing. Não adianta dizer que Foucault, Derrida ou Bauman passaram. Estão vivos.

No século da mentira a principal tarefa da filosofia tem o anagrama de alma: destruir a lama que nos sufoca. .../Claudia F.

Diria até mais, professor Lustosa. Fascismo e nazismo foram tolerados, até incentivados e financiados pelo conservadorismo, a Igreja (na Itália), a monarquia, as classes dominantes, os pequenos burgueses, a polícia e as Forças Armadas para evitar que ideias socialistas se espalhassem pela Europa de então. Mas os dois (Mussolini e Hitler) saíram de contrôle. O capital aceita malucos quando lhe convêm, mas tende a descartá-los quando passam dos limites.

Fabrizio: a) Stalin teve papel vital na derrota de Hitler. A revolução russa nasceu sob miséria, guerra e contra o jugo do Czar: alguns líderes, como Lênin, aproveitaram isso bem (In: Trostsky, L. A história da revolução russa, 3 volumes); b) Stalin acabou com ela: o socialismo real foi reduzido ao stalisnismo (In: Marcuse, H. Marxismo soviético); c) China é capitalista, autoritária, mas fez o atual capitalismo mudar; o Stalinismo foi horrível, mas fez, indiretamente, o Estado de bem estar...

Carolina Figueiredo: obrigado pelo comentário, mas dificilmente escrevo com palavras em caixa alta, pois sei que isso é falar aos gritos, fato que acho sem sentido na vida cotidiana, quiçá pela escrita. Pelo que vc falou, resta a hipótese das ideias. Espero que não seja por isso, já que a proposta, aqui, é respeitarmos diferenças, mesmo discordando.

Churchill, de direita, na II Guerra, uniu Roosevelt e Stalin contra Hitler, evitou que o mundo ficasse fascista à época; Keynes, conservador, criou um plano econômico que foi bom para o capital e para o trabalho, evitou, à época, que o totalitarismo dominasse...E o que temos agora? Só pensadores pró Chicado Boys( antiKeynes), gerando Bolsonaro, Trump...

Me censurara, pelo primeiro comentário. Ainda disse, concordo com alguns textos de Pondé; alguns deles são um contraponto ao negacionismo, fake news do momento. Sim, para alguns Pondé é de direito; contudo, o importante é quem fala ou o que se fala?

Quero fazer crítica ao moderador desse debate: fiz uma crítica, em síntese, dizendo que a dita sociedade perfeita é um mentira: em geral, ela defende partido único (seja idelógico; econômico, religioso etc); tal *partido* é o próprio totalitarismo (seja de esquerda ou seja de direita).

Concordo: a) atualmente, sob preponderância do negacionismo, de fake news, alguns textos de Pondé são contraponto a isso; b) Sim, sociedade perfeita, afora aproximar-se de partido único (econômico, ideológico, religioso etc.),é autoritarismo mascarado de democracia; c) o importante é quem fala ou o que se fala? Ora, é o que se fala: Churchill era de direita (uniu Roosevelt, Stalin contra Hitler); Keynes tb (lançou bases para Estado de bem Estar social): ambos nos libertaram do totalitarismo...

Deve ser realmente difícil conciliar a autoestima nas nuvens da juventude atual com os desafios cada vez maiores de se construir uma vida segura materialmente.

Antigamente, havia crianças normais, paraplégicas e mongolóides. Hoje, há crianças normais, excepcionais e especiais. Antigamente, havia carros novos, usados ou velhos. Hoje, há novos e semi-novos. Antigamente, você podia viajar de primeira, segunda ou terceira classe; hoje, de primeira, executiva e econômica. Enfim, os marqueteiros tomaram conta de tudo!

Marketing: Máquina de convencimento que toma vantagem dos vieses e vícios do cérebro humano com vista a fazer nos desejar o que antes não queríamos.

Essa questão do texto do Pondé é muito forte... muito mesmo...alguém reparou no detalhe que os comentários está semana está comportadinho? Semana passada eu disse que Pondé foi parar na capa do jornal porque tinha muito acesso desde domingo. Dizer isso foi além de fazer marketing negativo para o Pondé de forma mais eficaz, eficiente e efetiva que todos os comentários negativos dirigidos ao Pondé, gerou mudança de comportamento só porque esses comentaristas se sentiram observados.

Só a maturidade e a sabedoria juntas podem nos livrar do poder coercitivo do marketing. Eu mesmo já cai em suas garras em 2002, sob a máquina de propaganda de Duda Mendonça.

Não há dúvidas de que a humanidade caminha para um colapso, e uma das áreas mais atingidas-se não a mais atingida- é o mercado de trabalho. O marketing nos incute a ideia de estar em constante atualização para não “ficar para trás”, mas esconde o essencial: aos 40 anos você será considerado velho e inimpregável, isso se antes não for substituído pela automação e pela inteligência artificial. Ao final, os próprios marqueteiros serão substituídos por algoritmos.

O raciocínio no texto me parece incorreto. O que o homem supostamente "é" hoje, está mais pra aquilo que o tornaram ontem, do que pra qualquer coisa que possamos nos apoiar existencialmente. Desde que o homem é homem, tem gente fazendo marketing (religiões, impérios etc.). Mais: aquilo que é tão, mais tão longo e enraizado ao ponto de pensarmos que nos é intrínseco (e não é), não tem muito o que dizer pro homem moderno (e, na verdade, eu temo aqueles que dizem que têm).

Texto incrível, nem os esquerdequivocados discordarão dessa vez.

Puxa, uma novidade para mim: gostei do seu texto. E gostei especialmente da última frase. Esta noite vou sonhar com nosso mundo sem marketing.

Eu defendo jornada de trabalho de 6 horas diárias só. E salário mínimo de 5.000 reais. Eu sei que para chegar à isso teremos muito trabalho. Muito, mesmo! Por muito tempo porque se a educação e a qualificação do brasileiro iniciasse hoje, só veríamos os resultados em 20 anos no mínimo. Mulheres são mais da metade da população,elas tem que trabalhar porque não tem condições de que mais da metade da população não seja ativa por preconceito e falta de qualificação.

Em relação aos jovens, considerado a opinião do Pondé muito otimista. Os jovens já estão depressivos antes de entrar no mercado de trabalho. Aposto que este jovem, se gostar da atividade que desenvolve e do compromisso com esse trabalho, quando completar 5 anos de trabalho terá já desenvolvido a síndrome de Burnout.

Primeiramente, um muito obrigado à todos em São Paulo, responsáveis por estas gota de esperança nesse mar de desprezo e incertezas. Parabéns!

Não acho que o mundo nunca melhore nem nunca vá melhorar. Comparativamente ao que já foi no passado, melhorou sim. Só não é nem nunca será perfeito. A questão é que a melhora é MUITO lenta e MUITO aos poucos.

Não acho que o mundo nunca melhore nem nunca vá melhorar. Comparativamente ao que já foi no passado, melhorou sim. Só não é nem nunca será perfeito. A questão é que a melhora é MUITO lenta e MUITO aos poucos.

Difícil discordar, em alguns aspectos, dessa análise. Para isso caminha a humanidade!!?

O proverbial anti-feminismo e descrença em jovens do mediático filosofo, em roupagem pretensiosa, tortuosa e falsa brilhante

Professor Pondé sem rodeios.

Um texto maravilhoso, mesmo a mensagem que teremos um mundo distópico em breve. Parabéns, professor Pondé!

Esta distopia tem um 'pé' no mundo real, ainda que seja um 'real' inominável: um dos 'gadgets' mais vendidos pela internet é o chamado 'sugador de clitóris' - especialmente um com formato de pinguim com a boquinha redonda aberta e receptiva a todos os prazeres interditados aos que ainda têm esperança no 'revival' do sexo convencional a dois.