João Pereira Coutinho > Destino da democracia nos EUA depende de derrota clara do trumpismo Voltar
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"repelindo “listas negras” de republicanos que colaboraram com a administração Trump (há sempre essa tentação revanchista) e optando, antes, pelas causas estruturais que o tornaram possÃvel.". Se, numa realidade alternativa, fosse o oposto, e os republicanos tivessem ganhado depois de um governo democrata desastroso, aposto a fortuna do Elon Musk como eles faria a lista negra dos democratas.
Pela tradição dos EUA ele deve perder importância rapidamente. Como o Obama após o Bush em 2008, o Biden deve surfar na recuperação eonômica pós Covid.
Para tachar como fascismo o movimento trumpista é necessário aguardar sua postura diante das eleições? Ora....é necessário mais que o ataque ao capitólio para se enquadrar Trump/trumpismo como fascista? Por vaidade intelectual defende-se cada uma....
Trump obteve 73 milhões de votos, o Trumpismo veio para ficar e ele voltará.
Fascismo é um dos ramos do totalitarismo, que por sua vez, é uma forma extrema do autoritarismo. Qualquer cogitação ou movimento autoritário é preocupante. É como o ovo da serpente, está nos avisando que se nada for feito, a serpente viverá entre nós. É pouco efetivo discutir se um novo totalitarismo está brotando, não importa se chamem de trumpismo, bannonismo, bolsonarismo, erdoganismo, chavismo, orbanismo ou qualquer outro termo. Todos se assemelham em algum grau ou aspecto, e todos visam...
... manter o poder a qualquer custo, eliminando ou neutralizando os opositores, a fim de operar transformações profundas no status quo. Quando termina (e nem eles sabem como vai terminar), o status quo será outro, e também a sociedade e a oposição serão outras.
Quem decide se um povo vai viver num sistema democrático ou não é sua Constituição. Nunca, jamais, em momento algum da História a esquerda derrubou um governo legal e democraticamente eleito. Já não posso falar o mesmo da direita. Não é mesmo?
É pura fantasia pensar que se a Alemanha tivesse sido destruÃda na 1a guerra o fascismo não teria existido. Ele brotava em vários paÃses europeus (e em outras partes do mundo), e como câncer, se espalhava. Uma Alemanha destruÃda talvez o recebesse com menos resistência. Trump pode ser derrotado, mas o espÃrito fascista está enraizado na sociedade americana, não basta derrotar Trump. Existem outros pretendentes, com Ted Cruz.
Ao longo da História a direita (já especifiquei embaixo o que é direita) se aproxima e se serve desses "toscos" para se livrar de um fantasmagórico perigo esquerdista. Isso sempre aconteceu e continua acontecendo. Salvo, no meio do caminho (pra trás), perceber que criaram cuervos e los ojos da burguesia estão em perigo. Bolsonaro é um desses marionetes que livrou-se dos cordéis que o seguravam à (hipotética) decência, à inteligência, à cultura, à competência... Agora é tarde.
Luiz Cândido Borges. Existem sistemas fascistas "bem sucedidos" e outros que permanecem na fase intermediária da tosquice truculenta e vandâlica. Alguns tem teóricos, ideólogos e background pseudocultural e outros apenas porões e massacres. Em todo caso, todos eles nascem protegidos por grupos paramilitares, apoio da imprensa, da mÃdia, do capital, da burguesia assustada e dos grupos conservadores que dela se aproveitam. Não tendo quase nunca maioria eleitoral, recorrem a golpes e intentonas..
Sr. Fabrizio, posso conceder que o fascismo como regime de estado sobreviveu mais trinta anos em Portugal e na Espanha, até porque eram "de raiz", criados nos ano 1920/30, quando o fascismo era levado a sério. Eram paÃses periféricos e podiam ter alguma utilidade na "luta contra Moscou". Seus demais exemplos nunca passaram de ditaduras toscas, o Chile tendo uma demãozinha de tinta neoliberal.O O regime de 64 nunca chegou a ser fascista, era só truculento e assassino mesmo. O Bozo quer reativá-lo
O que a imprensa optou de chamar de trumpismo não é um fenômeno ideológico, mas psicológico, e não sobrevive sem o DJT. Para ele, aplauso é mais importante do que poder, algo que não existe em nenhum outra peça importante do partido Republicano. Trump mostrou para um segmento do eleitorado que é possÃvel ser indigno sem perder a popularidade, já que manteve seus Ãndices de popularidade praticamente estáveis até a invasão do Capitólio. DJT é acima de tudo um anti burguês e não um protecionista.
O "trumpismo" pode acabar se o Trump sofrer impeachment, mas o "fenômeno psicológico" permanece inalterado. Isto é o principal, é o que chamei de "mentalidade subjacente de uma parte de população". O principal é a frustração, impotência e medo, a expectativa que um "homem forte", um "verdadeiro alemão", um "verdadeiro americano" venha resgatá-lo. Na Alemanha derrotada e economicamente arrasada era compreensÃvel (não estou justificando), mas nos EUA de hoje é patologia coletiva.
Todos os europeus que estudaram um pouco de História sabem que não há fascismo sem Fasci di Combattimento ou sem Sturmabteilungen. As milÃcias paramilitares de Mussolini e Hitler encontram padrões de atuação em Portugal e na Espanha dos anos 30, em toda a América do Sul e Central dos anos 60-70-80 e no Brasil atual. Se olhar bem, até nos EUA de Trump. Enquanto houver permissividade, conluio, descaso com elas haverá fascismo latente.
O exemplo da Alemanha em 1918 não pode ser aplicado à Itália. A Itália ganhou a Primeira Guerra e o fascismo, mesmo assim, vicejou, floresceu e avançou até a Marcha sobre Roma no outubro de 1922. A Itália não foi destruÃda pela Grande Guerra, mas foi deliberadamente esquecida pelas Grandes Potências e humilhada pelos Estados Unidos de Woodrow Wilson.
Sr. Luiz Cândido Borges. O fascismo "morreu" na Espanha em 1975 e em Portugal em 1974. No Brasil em 1985. No Chile em 1990. Só para citar alguns exemplos. Poderia continuar elencando os regimes grego, colombiano, argentino, hondurenho, guatemalteco....
Nem todos são facistas só os que abdicam de pensar e analisar e entao pulam no vagão sem olhar pra onde vai o trem. Caro gajo o neoliberalismo e democracia não coexistem. Ou segue um ou segue outro. Pelo jeito vc ja escolheu, órfão do Salazar, mas seu pai adotivo Trump já era.
Concordo com a avaliação de que fascista passou a ser qualquer pessoa que não pensa como os militantes de esquerda mais toscos (a maioria...), mas não com a ideia que o (nazi-)fascismo foi derrotado em 1945. Os estados que tinham esta ideologia como inspiração e prática, de fato o foram, mas a mentalidade subjacente de parte da população, aquela que embasou a ascensão de Mussolini e Hitler, continua presente e se expandindo: este é o maior perigo para a democracia.
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